Capítulo 23 — Epílogo

Passo após passo, era assim. Pepper sorriu assim que olhou para Tony e contemplou o sorriso dele. Ian a segurava enquanto a levava por aquele tapete vermelho. Tony usava um smoking preto e com uma rosa vermelha no bolso do paletó, o cavanhaque de sempre e o cabelo penteado com elegância, seus olhos não conseguiam se desviar do rosto de Pepper, ela estava linda no vestido branco tomara que caia e de calda, o cabelo em um coque e o véu. Stark sentia seu coração a cada segundo ficar mais acelerado. Por fim Ian alcançou Tony e entregou a mão de Pepper para ele, por dentro ele não se continha, pois ele, Tess, Howard e Maria aguardavam por aquele momento há muitos, muitos anos.

A música de entrada da noiva cessou e Tony mergulhou dentro dos olhos azuis de Pepper, que sentia os olhos arderem, mesmo com o dia corrido que ela teve e o fato de não ter comido quase nada aquele sábado, não tirava a alegria, emoção e energia que ela ainda sentia por estar ali, no altar, ao lado dele, Tony Stark, seu futuro marido.

A cerimônia passou de uma forma vaga para Tony e Pepper, pois ambos estavam concentrados um no outro, ora Tony apertava delicadamente a mão dela, ora ela suspirava e o fazia olhar para ela, ora apenas sorriam, ora se olhavam.

De repente uma música soou dentro da cabeça deles e ambos se viraram para trás. Lá estava à princesa entrando, Rachel estava mais delicada ainda trajando aquele vestido branco e com a coroa sobre os fios de cabelo castanho claro, ela trazia as alianças. Ao se aproximar ela sorriu para Tony e para sua mãe, que balbuciou um “você está linda”. Rachel entregou as alianças e se manteve ao lado deles.

Tony pegou a aliança e colocou no dedo de Pepper assim que ele repetiu o que o pastor lhe pediu para repetir.

— Eu te amo. — Disse por fim.

Logo foi a vez de Pepper e ela fez a mesma coisa, repetiu as palavras do pastor e colocou a aliança no dedo anelar de Tony.

— Eu te amo. — Disse também.

— Pelo poder concedido a mim, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. — O pastor falou sorrindo e Tony passou a mão direita gentilmente pela maçã do rosto dela e a beijou ternamente e docemente, selando ali uma aliança, tendo Deus como testemunha.

Dez anos depois...

O pé, calçado por um ostentado sapato social preto, batucava o chão sem cessar, aquilo a estava deixando mais impaciente e irritada.

— Eu vou te dá uma surra se você não parar com isso Tony. — Pepper o avisou e ele riu.

— Eu estava apostando comigo mesmo quanto tempo você agüentaria até me ameaçar. — Retrucou colocando a perna por sobre o joelho e se recostando a cadeira do aeroporto.

— Engraçadinho. — Ela suspirou e deitou a cabeça no ombro do marido.

— Daqui a pouco ela vai está aqui. — Ele tentou tranqüilizá-la.

— É. — Ela não pôde deixar de sorrir com esta constatação.

— É incrível o que ela está fazendo.

— É incrível o que Deus está fazendo. — O corrigiu e ele riu.

— Verdade. Desde pequena sabíamos que ela seria um grande instrumento nas mãos de Deus, mas veja só, tão novinha e já está em sua quinta viajem missionária para fora do país.

— Nem tão novinha pai, já vou fazer dezessete anos. — Uma voz de sinos disse chamando a atenção dos Stark.

— Filha! — Pepper deu um pulo da cadeira e abraçou a garota de um metro e sessenta e oito de altura, cabelo até o meio das costas castanho escuro e de franja. Ela vestia uma calça preta e uma blusa verde.

— Ei! — Foi à vez de Tony abraçá-la. — Você fez falta.

— Senti saudade também. — Eles se separaram e a olharam.

— Rachel Potts Killer, onde estão suas malas? — Pepper perguntou.

— As malas? — Tony perguntou. — Mulher olha direito. — Disse apontando para os pés dela. — Onde estão seus tênis?

— Ah! Sabe como é, né? — Ela passou a mão pela nuca e riu.

— Você deixou suas coisas no Haiti? — Uma garotinha de quatro anos que estava sentada na cadeira perguntou.

— As pessoas lá precisavam daquelas roupas mais do que eu maninha. — Rachel a pegou no colo e a rodou no ar, fazendo a rir. — Como a senhorita está?

— Bem, posso ir com você da, da próxima vez? — Perguntou com sua voz infantil e lenta, como quem procurando as palavras certas para dizer.

— Quer dizer que você quer ser missionária também Ester? — Tony perguntou a pegando do colo de Rachel.

— Claro papai! — Sorriu. A garotinha era branca, do cabelo preto e dos olhos azuis, era a preciosidade de Tony, assim como Pepper e Rachel.

— Fico feliz por isso. — Pepper interveio.

— Eu também, será que o Jeremy vai querer ser missionário também? — Rachel perguntou tocando o nariz de Ester, que riu mais uma vez.

— Sim! — Animou-se levantando os braços no ar.

— Que Deus te ouça filha. — Tony disse beijando a testa de Ester e de Rachel, depois ele caminhou até Pepper e se ajoelhando beijou a barriga saliente da loura. — Jeremy, assim como você e Ester, vai ser grandiosamente usado por Deus. — Levantou-se ainda com Ester no colo e sorriu.

— Vai sim. — Rachel o assegurou. — Sabe, eu orei muito e muito e finalmente Deus me mostrou qual o meu chamado.

— Eu pensei que você já soubesse. — Pepper disse confusa.

— Ser missionária? Sim, eu quis dizer, sobre o que Ele quer que eu pregue.

— Sério filha? Que ótimo. E então? — Tony perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Sobre o perdão. Meu ministério vai se chamar — ela sorriu — 70X7.