Our destiny

Sangue de dragão


— Achei que não viria mais. – Sansa falou, enquanto virava a cabeça para olhar o homem que caminhava em sua direção. Ela já estava deitada na cama e como vestia apenas sua leve camisola, estava coberta até o pescoço com suas mantas e peles.

— Desculpe pela demora, eu estava no banho.

- Venha, deite-se comigo. – Sansa puxou as cobertas do lado vazio da cama e olhou para o rapaz. Ele deu a volta e se enfiou debaixo das pesadas camadas de tecido.

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Jon se deitou e a chamou para junto de si. Após um beijo suave, ele a aconchegou em seu peito. – Está feliz por estar de volta?

— Sim, não sabe o quanto. Apesar de os Glovers terem nos recebido bem, eu queria muito voltar. – Enquanto falava, Sansa corria os dedos pelo abdome definido do marido. Ela desejou que ele estivesse sem a camisa naquele momento, pois gostava de tocar sua pele alva e quente.

— Eu também já não aguentava mais ficar naquele lugar. Mas pelo menos, consegui firmar alguns acordos com os senhores das casas vizinhas. Em pouco tempo, eles nos mandarão alguns homens para treinarem aqui em Winterfell. Quero que nosso exército esteja unificado quando for a hora.

Jon não precisou falar, mas a ruiva já sabia o que aquelas palavras significavam; logo, ele partiria de Winterfell para lutar contra os caminhantes brancos. – Sim, fico feliz que tenha conseguido o apoio das outras casas. Mas acho que não foi por esse assunto que você veio até aqui. – Sansa levantou a cabeça e encarou os olhos cinza escuro que a fitavam.

— Tem razão, não vim por isso. Quero falar sobre o motivo de Sam estar em Winterfell.

— Oh sim, o grande segredo de Samwell Tarly! Tinha me esquecido disso. Me conte, é algo sério?

Jon Snow concordou com a cabeça e começou a contar todos os detalhes da história que a pouco escutara do amigo.

Sansa ouviu cada palavra em silêncio e só se pronunciou quando teve certeza que ele havia acabado. – Pelos Deuses Jon, tia Lyanna e Rhaegar? E eles tiveram um filho! – Sansa estava tão incrédula quanto o marido. – Mas... e o papai, sabia disso? E onde está essa criança agora?

— Não sei... eu simplesmente não sei. Sam não encontrou nenhum registro da criança. Deve ter morrido no parto, junto com a tia Lyanna. – Jon respondeu automaticamente e se virou para a mulher – Sansa, Sam teve boa intenção em vir até aqui e revelar esse segredo, mas tudo o que aquela carta diz faz parte do passado e em nada vai mudar nosso presente, ou o futuro.

Em silêncio, Sansa passou a encarar o fogo da lareira e se deixou perder em seus pensamentos. E como num quebra-cabeça, tentava encaixar o que acabara de escutar com tudo o que já sabia sobre a vida da tia. – Jon! – Sua voz soou como um estalo, fazendo com que o marido a olhasse com certo espanto. Ela se ergueu e ficou cara a cara com o moreno. – É você!

— Jon também ergueu o corpo e segurou em suas mãos. – Sansa o que quer dizer?

— Jon, o bebê... Ele não morreu. Você é o filho de Rhaegar Targaryen e Lyanna Stark. Você é um dragão!

— Mas, eu... Sansa eu não posso ser! Sou apenas um bastardo. – Jon não podia acreditar no absurdo daquela hipótese.

— Jon, pare um instante e pense comigo. – Sansa apertou as mãos do marido e continuou. – Sabemos que você não é filho de Ned Stark, certo?

— Certo.

— No entanto, você se parece mais com ele do que eu, ou Robb um dia se pareceu. Por isso mamãe tinha tanta raiva de você. Um dia eu a ouvi praguejando, dizendo que “o bastardo parecia ser mais filho do marido, do que os que ela dera a ele”. Você se parece com um lobo Stark, porque é filho de uma.

— Sansa, eu...

— Jon, me deixe continuar. Papai trouxe o corpo da tia Lyanna e depois de uma semana o trouxe para casa.

— Como sabe disso? Você nem era nascida. - Jon a inquiriu.

— A velha ama nos contou tantas vezes essa história que eu a conheço de cor. Ela fazia questão de contar tudo o que sabia sobre cada criança Stark; Robb nasceu enquanto papai estava na guerra, eu nasci nos bons dias de verão, Arya deu um trabalho danado e quase matou nossa mãe. Após nascer, Bran não chorou e Rickon foi o bebê milagre. Todos tínhamos histórias e a sua era essa, “foi trazido após o velório da tia Lyanna”.

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— Tudo bem, agora me lembro desse detalhe, mas ainda assim, ele não confirma o que você diz.

— Jon, o que papai sempre te dizia quando você perguntava sobre seu passado? - Sansa colocou a mão direita no rosto do rapaz e aguardou sua resposta.

– “Sangue do meu sangue”. Era isso o que ele sempre falava.

— Exato. Ele quase não se referia a você como filho, mas sim como sangue de seu sangue. Por isso ele o protegia tanto. O rei Robert odiava os Targaryen, ele jurou matar cada um deles. Papai não deixaria que ele matasse o filho de sua irmã. Isso explica o porquê ele fez o tio Benjen jurar que jamais revelaria quem eram seus pais. Ele tinha medo que você fosse morto. – Sansa se aproximou e beijou os lábios do marido. – É você Jon... você é filho da tia Lyanna. – Mais um beijo e ela logo o apertou contra o corpo.

— Sansa... – Jon a abraçou de volta, afundando a cabeça em seu pescoço. Com os olhos fechados, sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto que quase fervia naquele momento.

— Eu tenho certeza que os seus pais o quiseram muito Jon. Você foi fruto do amor, meu querido. – Sansa ergueu o rosto do marido e sorrindo limpou suas lágrimas.

— Mesmo que essa teoria maluca seja verdade, mesmo que eu seja filho de Lyanna e Rhaegar, isso nunca poderá ser provado meu amor. - Com tristeza nos olhos Jon pareceu constatar algo que o deixou ainda mais perturbado. – Além do mais, isso nos faz primos. Temos o mesmo sangue!

— Não se preocupe com isso Jon Snow. Não somos irmãos e é só isso que importa para mim. Não me importa se você é meu primo, se é bastardo de um camponês ou de um príncipe. Você sempre será o homem justo e honrado pelo qual me apaixonei. – Sansa o agarrou pela camisa e invadiu sua boca com um beijo.

Jon correspondeu, e assim que sentiu a língua ágil da esposa tocando a sua, se esqueceu completamente de todo o assunto que acabaram de tratar. Estava imerso pelo desejo que sentia por ela naquele momento. Jogando as cobertas para longe, ele avançou para cima da ruiva.

Sansa se deitou e involuntariamente, afastou as pernas para encaixar o corpo do marido no seu. Sentia a necessidade de senti-lo e confortá-lo depois de tudo o que haviam conversado. E ela própria precisava do conforto que sua pele quente lhe trazia. Por um instante, a garota teve vontade de interrompê-lo e dizer que não deveriam ir adiante, já que tinha prometido para si mesma que não se deitaria com ele até que tivesse certeza se estava grávida ou não. Porém, aqueles pensamentos voaram para longe, quando com a mão esquerda, Jon lhe agarrou um dos seios por cima da camisola e com a direita, deslizou suavemente por sua coxa, até encontrar seu centro. Enquanto a tocava, ele sussurrou algumas palavras em seu ouvido.

Preciso beijá-la... Foi só o que ela conseguiu entender, antes de vê-lo descer e levantar suas roupas, para em seguida, abocanhar sua intimidade.

— Jon... Pare! Eu... – Por mais que quisesse negar para si mesma, a sensação de luxúria ao tê-lo daquela forma era muito mais forte do que qualquer intenção de refreá-lo. E enquanto ela se derretia ao sentir sua língua quente contornando e chupando cada centímetro de sua pele, Sansa começou a pensar consigo mesma. – Pros sete infernos com meus medos! Estou com o homem que amo e que me faz completamente feliz. Só os Deuses sabem se eu voltarei a vê-lo depois da guerra. Se eu estiver grávida, amarei e cuidarei de nosso filho sem me importar com a opinião de ninguém. E se eu ainda não estiver, desejo que está noite eu conceba e gere um lobo tão forte e destemido quanto Jon.

Sansa arqueou as costas e se contorceu na iminência do que estava por vir. Com gemidos baixos, intercalados à sua respiração ofegante, ela se agarrou nos lençóis e chamou pelo marido. – Jon...

— Venha amor... Goze para mim. – Ele olhou rapidamente para cima e a viu com os olhos fechados, arfando e reclamando daquela agonia. Ficou satisfeito quando ela o segurou pela cabeça e o afundou ainda mais dentro de si. Ela movia seus quadris com urgência, pedindo mais e mais por ele. Um gemido longo foi tudo o que ele precisou ouvir para entender que ela estava completamente extasiada.

Ainda entorpecida, Sansa olhou para o marido e o viu de uma forma completamente diferente. Ajoelhado na cama e respirando pesadamente, o moreno retirou sua camisa, exibindo assim o contorno dos músculos da barriga e dos braços. Jon parecia hipnotizado. Com os olhos focados nos dela, ele desceu da cama e sem nada dizer, retirou suas calças. Automaticamente, a garota desviou os olhos para seu membro ereto.

Jon se curvou e puxou Sansa pelos braços, retirou sua camisola pela cabeça e jogou a peça para longe. A deitando novamente, ele afastou suas pernas e lambeu o seu centro. Desta vez, ele não se demorou naquele lugar, foi subindo com a língua por todo seu ventre, até chegar em seus seios, os chupou e os mordeu vorazmente, fazendo com que a garota se curvasse para trás com aquela sensação. A ruiva jamais tinha visto o marido daquele jeito, Jon parecia um felino, se movendo lentamente por cima de si. Seus olhos a devorando e o seu silêncio, a excitavam ainda mais. Ele segurou os braços da mulher para cima e afundou os lábios em seu pescoço. A olhando nos olhos, Jon a preencheu completamente.

Quando o sentiu dentro de si, Sansa cravou as unhas no centro de sua coluna e o arranhou até as laterais de suas costas. A dor lasciva fez com que Jon se empurrasse ainda mais para dentro da garota. Naquela noite, o Lobo branco a tomou como nunca antes. Com força e sem nenhum pudor. Sansa gostou daquilo, era completamente diferente de todas as outras vezes em que estiveram juntos, nas quais ele sempre se mostrava cuidadoso com sua intensidade. Ela o comparou com um animal selvagem, que se preocupava apenas em saciar seus desejos. — Selvagem como um dragão. – Foi o que ela pensou antes de se deixar levar completamente pela sensação inebriante de tê-lo dentro de si. - Jon... – Novamente, a menina o chamou entre gemidos.

Jon segurou a mão direita da esposa e a levou até o ponto que os unia. Ele segurou dois de seus dedos e a fez massagear sua feminilidade. Apesar de nunca ter feito aquilo, ela não o questionou e continuou a se tocar enquanto ele a penetrava mais e mais. Suas respirações estavam aceleradas e seus corpos quentes estavam úmidos pelo suor. Eram guiados apenas pelo prazer. Em pouco tempo, ela percebeu que chegaria a seu ápice novamente. Jon também não aguentaria por muito mais tempo. Poucos segundos depois dela, o rapaz sentiu o corpo se contrair uma última vez e em seguida, se derramou completamente dentro de seu interior.

— Durma comigo esta noite, não me abandone depois de tudo isso. – Sansa pediu e Jon concordou com a cabeça.

Ele se levantou e caminhou até a porta. Girou a chave na maçaneta e voltou a se deitar. – Não queremos nenhuma surpresa pela manhã. – Ele sorriu e a beijou demoradamente. – Amo você senhora Stark.

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— E eu amo você, Jon Snow, ou seria Jon Targaryen? Um lobo com o sangue de dragão. – Sansa sorriu e logo adormeceu nos braços do marido.

— Ele é meu! eu quero vê-lo.... Mostre-o para mim, por favor! - A garganta doía de tanto gritar. A cama estava ensopada de sangue, seu sangue. Os lobos arranhavam a porta e uivavam incessantemente. – Jon faça-os parar, faça-os parar e me deixe vê-lo. Por favor, eu imploro!

— Ele é um dragão, minha querida! Assim como o pai... Veja suas belas escamas!

— Não!

Sansa se ergueu de sobressalto. Ele é meu bebê, o meu bebezinho! Não é um dragão, ele não é....

— Sansa? – Jon acordou com o choro e as palavras vindas da mulher ao seu lado. – Foi só um pesadelo meu amor. Eu estou aqui e está tudo bem agora. – Ele a abraçou enquanto ela tentava respirar entre os soluços.

— Jon, era um dragão! Tinha os olhos amarelos que brilhavam como fogo. Com dentes pontudos e afiados por toda a boca. Mas ele era... era o nosso bebê.

— Querida foi só um pesadelo, não teremos nenhum bebê dragão. – Jon se virou e buscou um copo de água que estava sobre o criado mudo. – Agora beba e tente se acalmar.

Jon a segurou nos braços durante toda a noite. Ele notou quando ela finalmente adormeceu, porém, ele próprio foi incapaz de descansar completamente. No amanhecer, ele a ajeitou na cama e se levantou. Colocou suas roupas e voltou para seu quarto. A tentativa de dormir em seu próprio leito foi em vão, pois o eco dos gritos agonizantes da esposa o acompanharam até ali.