Voltei para o sanatório tarde da noite , quase todos já estavam dormindo. Eu troquei de roupa , deitei e peguei a caixinha. A bonequinha tinha uma roupa exótica um macacão preto e vermelho, e o bonequinho um paletó branco. Dei corda na caixinha, a botei no criado mudo e acabei dormindo.

*Eu estava na casa do meu pai, no meu quarto. Desci as escadas para procura-lo e fui até a cozinha me deparando com a minha mãe, fazendo panquecas*

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– Mãe? - Eu pergunto.

*Ela se vira pra mim e sorri*

– Pensei que não iria levantar querida. - Ela diz botando as panquecas no prato.

*Eu estranho mas sento*

– Você está aqui ? - Eu pergunto.

– Aonde mais eu estaria ? - Ela pergunta de volta.

– Ham... Cadê o papai ? - Eu pergunto olhando em volta.

– Seu pai... Como pude ser tão ingênua ? Eu achei que ele mudaria por mim... - Ela diz e algumas lágrimas escorrem pelo seu rosto.

– Mãe ? Você está bem? O que quer dizer ? - Eu pergunto indo até ela.

– Ele... Machucava pessoas e eu achei que poderia muda-lo. - Ela diz chorando.

– Mas... Do que está falando? - Eu digo não entendendo.

– Achei que poderia muda-lo mas ele só provou o contrário. - Ela diz abrindo a blusa mostrando marcas de bala na barriga e na direção do coração. - Eu estava errada.

AAAAAAAAAA - Eu acordo gritando.

*Olho em volta e todos já desceram pro refeitório*

– Foi só um sonho. - Eu olho pra caixinha. - Um sonho bem ruim...

*Eu me arrumo e vou até a sala da diretora.*

– Bom dia. - Eu digo batendo na porta. - Vim buscar meu crachá.

– Ah sim. - A diretora abre o cofre e pega. - Aqui está.

*Eu pego*

– Como está sendo com o Paciente X ? - A diretora pergunta.

– Ótimo, estou aprendendo mais a cada dia com ele. - Eu digo.

– Que bom , vamos ver se com você ele muda. - A diretora fala.

"Eu achei que poderia muda-lo, mas eu estava errada. " - Escuto a voz da minha mãe.

*Eu saio andando até a cela dele.*

"E se eu estiver errada ? E se.. psicopatas não podem ser criados nem mudados ? E se eu for igual ao meu pai ? "

*Eu mostro o crachá e entro na cela*

"Vamos descobrir"

– Olá, Mr J. - Eu digo me sentando.

– Harley. - Ele diz sentando.- Estava ancioso para te ver.

*Eu olho pra ele.*

– Trouxe seu presente. - Eu pego a caixinha que eu botei num bolso do paletó e boto na mesa.

*Ele olha pra caixinha*

– Toque pra mim. - Ele pede.

*Eu dou corda*

*Ele fecha os olhos e balança a cabeça lentamente apreciando a simples música*

– É tão... fascinante... - Ele diz. - Eu gostei, como conseguiu ?

– Comprei numa lojinha - Eu digo. - Me traz...lembranças.

– Boas ou ruins ? - Ele pergunta.

– Um pouco das duas. - Digo. - Eu te trouxe uma parte de mim, me conte uma parte de você.

*Ele olha pra mim*

– Vamos fazer o seguinte. Me conte sobre você e eu conto mais sobre mim. - Ele sorri.

*Eu suspiro*

– Certo... Minha mãe morreu, meu pai morreu também e eu não tenho irmãos. - Eu digo rapidamente - Pronto, sua vez.

*Ele cerra os olhos pra mim*

O que está escondendo , Harley Quinn ? - Ele Pergunta.

– Nada , só que... Você é o paciente aqui - Eu digo.

*Ele me olha como se eu tivesse falado besteira*

– Então eu sou só um paciente ? - Ele pergunta.- Pensei que tínhamos uma conexão.

– E temos... Eu acho - Digo meio enrolada.

– Então me diga o que esconde. - Ele fala.

*Eu engulo um seco*

– E- eu não posso - Eu digo e abaixo a cabeça.

– Porque não ? - Ele me encara.

– Porque... - Eu levanto. - Isso já está indo longe demais, você é meu paciente não estamos aqui pra falar de mim.

*Ele vai até mim e fica bem perto*

– Esse é o único motivo para você estar aqui ? - Ele diz e depois sorri.

*Eu olho pros olhos dele e depois me afasto*

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– E- E eu também quero te ajudar. - Eu digo me restabelecendo.- Devíamos focar em você.

*Ele volta a sentar na cama*

– O que quer de mim ? - Ele Pergunta.

– Quero decifrar você, sempre que eu estou perto de te entender você dá uma pista falsa e eu volto ao ponto de partida. Quero conhecer o verdadeiro Coringa - Eu digo.

*Ele olha pra janela*

– Eu só posso te prometer uma coisa. - Ele olha pra mim de volta. - Vai se arrepender de ter me aceitado como desafio.

*Eu sorrio e sento para ouvi-lo*

– Sou toda ouvidos. - Eu digo e sorrio.