Antes Que Ela Se Forme
Um novo começo
— Preciso falar com você. — disse Edward entrando em meu dormitório.
— Sobre? — pergunto.
— Nós.
— Sou toda ouvidos.
— Primeiro eu queria te pedir desculpa por ter sido rude contigo. Você não merecia aquilo.
— Não mesmo.
— É que, bem... É difícil pra mim; ter que relembrar algo que foi tão dolorido.
— Porque você não me contou, Edward?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu já tentei várias vezes. Mas eu te julguei mal, pensei que você fosse, sei lá, sair correndo de mim ou algo assim.
— Edward, eu jamais faria isso. Pensei que você me conhecesse.
— Eu conheço. Na verdade, eu não conheço a mim mesmo. Bella, você poderia me desculpar?
— Você já está desculpado, Edward. Só não faça isso de novo.
— Mas... Eu queria esclarecer umas coisas antes.
— Que coisas? — pergunto.
— Rosalie veio falar comigo, e me fez refletir sobre umas coisas sérias. E eu acho que você deveria saber.
— Edward, você pode me contar qualquer coisa.
— Eu acho que ainda sinto algo pela Tânia.
Aquilo foi como se eu tivesse levado milhares de socos no estômago.
— Eu ainda não sei o que são esses sentimentos. — ele disse. — Talvez seja algo passageiro.
— E o que você quer que eu faça Edward? — pergunto. — Porque se você acha que eu vou ficar aqui sentada toda noite ouvindo o meu namorado falar sobre o que sente por outra garota, você está muito enganado!
— O que quer dizer?
— Que isso não vai funcionar! Que você me machucou vindo até aqui dizer isso. — digo contendo as lágrimas. — Significa que eu acho que enquanto você não resolver o que sente por essa garota e o que sente por mim, nós não podemos ficar juntos.
— Você está terminando comigo?
— Não, Edward. Você que terminou comigo quando disse que tinha sentimentos por essa Tânia! — eu comecei a soluçar. — Porque você não aproveita que ela voltou e vai atrás dela? Quem sabe ela te aceita de volta e vocês possam viver juntos felizes para sempre?
— Bella...
— Deus! E eu aqui idiota tentando fazer de tudo para não voltar pra Inglaterra. — o interrompo.
— Você disse que não queria ir por causa do emprego.
— Que bom que você veio aqui me falar a verdade, agora eu não vejo a hora de ser deportada; para não precisar mais olhar pra você! Me deixa sozinha por favor.
— Bella, me escuta...
— Edward, saí daqui. — digo abrindo a porta.
— Se eu passar por essa porta, tudo será terminado. Entendeu? — ele disse.
— Tudo terminou faz tempo, Edward. Agora, se alguma parte de você tem o mínimo de consideração por mim: vai embora!
E ele saiu, e eu bati a porta com força. Me afundei nos travesseiros, torcendo pra Rosalie não voltar para o dormitório hoje. Eu queria chorar sozinha.
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No outro dia, acordei tarde e perdi a primeira aula. Com raiva, decidi não ir à aula o resto do dia. Precisava ficar sozinha.
Resolvi deixar o campus por um momento e ir até um parque próximo da faculdade.
Fiquei um bom tempo sentada, olhando os patos no lago. Até que alguém me chamou:
— Bella? — a voz não me era estranha. Me virei para ver quem era. — Sou eu, Riley. Lembra de mim?
Sim. Eu lembrava.
— O cara do The Guardian? — brinquei enquanto ele sentava-se ao meu lado.
— Se é assim que você chama pelas costas... — ele brincou.
— O que faz aqui? — perguntei.
— Bem, um dos negócios de que vim resolver para a empresa de meu pai vai demorar mais do que imaginei. Terei que ficar aqui por mais umas duas semanas, então, hoje tirei uma folga.
— E veio perder tempo no parque.
— Isso. — ele riu. — E você?
— Eu terminei com meu namorado e para não precisar olhar pra cara dele vim pra cá.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Curta e justa. Seria inconveniente perguntar por que vocês terminaram?
— Não. — respondi. — Eu que terminei com ele, na verdade. Aparentemente a ex-noiva dele voltou pra cidade e ele ainda sente algo por ela.
— Puxa, que saco isso, Bella!
— Que nada! É só como se o amor da sua vida dissesse que não sente nada por você e que você deveria seguir em frente.
— Com certeza não, Bella. — Riley aconselhou. — Você é uma menina maravilhosa. Talvez ele só esteja confuso e nem sinta nada por essa garota.
— Por que vocês homens tem que ser tão confusos?
— Diz isso porque nunca tentou entender as mulheres.
— Nós somos bem fáceis de entender, ok?
— Ok, senhorita bem resolvida. — ele caiu na gargalhada.
— Falando sério agora: você acha isso mesmo? — perguntei. — Que ele só se sente confuso e não sente nada por ela?
— Acho que sim. Sabe, Bella, eu era muito afim de uma ex-namorada até pouco tempo atrás, e não conseguia gostar de outras garotas porque achava que pra mim, não importasse o que acontecesse, sempre seria ela.
— Sério?
— Sim, e eu tinha que viver triste por aí, porque obviamente ela me deu um fora. — ele riu sem graça.
— Que bela dupla nós somos, hein? — digo triste.
— É, só que nada é para sempre. Um dia seu namorado vai perceber que ele te ama, e que foi perda de tempo te deixar. Só espero que não seja tarde demais.
— O que te fez esquecer essa garota? — perguntei.
— Quando eu te vi aquele dia no bar.
— Oi? — por essa eu não esperava.
— Eu sei, é estranho. E eu não vou tentar nada com você, eu juro. Sei que você ama seu namorado.
— Por que eu?
— Eu também não sei. Mas você também me deu um fora. Então, nem pedi seu telefone ou algo assim. Mas eu te dei o meu, e eu esperava que você me ligasse.
— Mas eu não liguei.
— Isso. — ele riu. — Eu pensei “por que uma garota bonita daquelas que tem namorado ligaria pra mim?”.
— Boa pergunta.
— E, hoje, dei a sorte de te encontrar.
— Você é maluco.
— Eu sei.
— Várias garotas maravilhosas naquela boate e você escolhe justo a mim.
— A gente não escolhe de quem vai gostar, não é? Mas não se preocupe, já estou pensando em algumas maneiras de te esquecer. Afinal, a gente quase não se conhece. Acho que foi mais uma atração física que meu cérebro insiste chamar de paixão.
— E se for mais do que isso? — perguntei.
— Logo eu volto pra Inglaterra, e a gente nem vai se ver mais.
— Eu também volto logo.
— O que quer dizer com isso? — ele perguntou, franzindo o cenho.
— Você disse que a gente quase não se conhece, não é?
— Sim, eu disse.
— Bom... — comecei. — Então eu gostaria de conhecê-lo.
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