E se Fosse Verdade

Capítulo 44


Ultima chance de ter fazido tudo valido apena.

Diga sempre tudo que precisa dizer.

Arrisque mais para não se arrepender. (Semana que vem)

Ótimo.

Eu bati a porta do meu armário com força e caminhei diretamente para minha sala. Eu podia me arrepender amargamente do que havia feito, eu podia ser uma estúpida idiota por ter mandado o Michel para os quintos dos infernos, mas eu nunca iria poder dizer que eu não tinha feito o que eu acreditava ser o melhor.

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E o Melhor para mim naquele momento era esquecê-lo.

Eu tinha a opção de passar o meu intervalo inteiro trancado dentro da sala de aula. Mas ai eu teria muito mais tempo para pensar no Michel e definitivamente isso não me pareceu uma boa idéia, já que o propósito por ali era justamente não pensar nele.

Então eu fui com a Nice para o refeitório.

—O que aconteceu? —A Nice perguntou não conseguindo controlar mais a sua curiosidade.

—Nada. —O Lado bom da Nice acreditar que eu estava com raiva dela, era que ela não ficava me enchendo as paciências para que eu contasse a verdade. Então eu ia deixar ela pensar que eu ainda guardava rancor dentro de mim.

—Se importa se sentarmos junto com o Jerry? —Ela perguntou mudando de assunto meio sem graça.

—Não. —Eu disse aliviada por a Nice ter encontrado alguém mais para encher o saco. Esse era um lado que eu não tinha pensado quando ela começou a namorar.

Caminhamos para uma das mesas que o Jerry e outro garoto gordo demais para seu tamanho estavam sentados.

—A Senhora encrenqueira vai nos dar a honra da sua presença? —O Jerry perguntou me provocando.

—Jerry. —A Nice o repreendeu cutucando-o por baixo da mesa.

—Fica na sua. —eu disse debruçando sobre a mesa sem um pingo de vontade conversar. Eu acho que estava ficando meio depressiva.

—O que foi?—O Jerry perguntou parecendo incrédulo. —Esqueceu de tomar os seus remédios ou bateu novamente com a cabeça na parede? Ah deixa eu ver, deve ter usado um baseado...

—Vai ver se os três porquinhos pariram o seu filho vai Jerry. —Eu rebati irritada.

—Agora sim, essa é a Iza que eu conheço. —Ele disse fingindo um alivio exagerado.

Eu levantei minha cabeça para mostrar a língua para o Jerry, mas meus olhos focaram outra coisa bem diferente. O Michel estava sentado a uma mesa na minha frente e ele estava olhando diretamente para mim. Nossos olhares se encontraram apenas por alguns segundos então ele desviou se levantando da mesa e saindo do refeitório.

—O que deu nele? —A Nice perguntou acompanhando tudo.

—Não sei. —eu disse dando de ombros.

O resto da semana foi exatamente igual. Toda a vez que eu cruzava com o Michel pelo corredor ele me ignorava por completo. Como se eu fosse apenas mais uma garota boba da escola.

Eu senti meu coração parti quando isso acontecia. Mas eu não me arrependia. Isso doía bem menos do que vê-lo beijando a Thifany todos os dias e dizendo que a amava. Isso era um alivio.

Faltavam apenas alguns minutos para o meu expediente na lanchonete acabar. Eu podia sentir o bom humor me invadir. Sexta-feira e menos de quinze minutos eu estaria livre daquilo ali. Parecia perfeito.

Mas comigo nunca nada é perfeito. Eu devia ser um imã para o azar. Verdadeiramente eu acreditava que havia me livrado dos M (Michel e Max). Sério, eu havia feito tudo direito, tudo certinho. Não tinha porque dar errado. Mas... As coisas não saíram como eu imaginava.

Eu estava voltado para o balcão com a bandeja vazia depois que servi uma das mesas na lanchonete. A Nice estava atendendo a outra mesa e o Jerry estava encostado no balcão e a Cida no caixa. Isso era uma cena extremamente comum – já que o Jerry sempre enrola mesmo – Mas um garoto alto, bonito entre na lanchonete com um buque de flores na mão. O que tem de errado? Absolutamente nada. Vivemos numa democracia as pessoas fazem o que querem.

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O problema realmente era que esse rapaz era o Max, e ele parou com o buque de flores bem na minha frente. Vocês têm noção disso. Eu achei que estava pirando. E eu não estou fazendo drama. Eu e o Max havíamos terminado, ele não podia fazer isso comigo. De forma nenhuma.

Eu pensei em sair correndo e fingir que não vi o Max, mas eu ainda tinha quinze maltidos minutos de expediente e a Cida ia ficar uma fera se eu saisse agora.

—Max. —Eu disse sentindo o meu sangue esquentar dentro da minha veia. Cara aquilo era maldade.

—Iza perdão. —Ele disse com o olhar esperançoso segurando um buque de rosas na mão. Eu nem preciso dizer que a essa hora tinha um cem desocupados olhando para nós.

—Que merda é essa Max?—Eu disse entre os dentes para que ninguém mais ouvisse.

—Eu não posso ficar longe de você Iza. —Ele estava pirando era isso. —Eu sei que fiz tudo errado mais eu preciso de outra chance pra te provar que eu mudei e que nós temos que ficar junto.

Eu suspirei pesadamente. Qual era a chance de eu me livrar da cadeia se eu matasse o Max agora. Quer dizer eu ainda sou de menor. Isso deve ser para alguma coisa.

Ele me entregou o buquê de flor, eu peguei.

Não querendo humilhar o Max na frente dapessoas que estava na lanchomete que por sinal tinha alguns amiguinhos da escola ali.

Mas quando ficassemos sozinho o Max ia ver como se uma pessoa morre estrangulada. Quer dizer acho que ele não ia ter tempo... Então o Max me puxou para o seu braço e me beijou, eu fiquei paralisada sem reação.

Aquilo era demais... demais mesmo. Alguns cleintes começaram a gritar e eu me avastei do Max vermelha de raiva e vergonha...

As pessoas finalmente começaram a caçar o que fazer.

—Então era por isso...—Um voz bastante conhecida soou na minha costa, eu não precisei me virar para saber quem era. — Porque você simplesmente não falou que eu estava atrabalhando o seu namoro como o Max?—O Michel perguntou e eu me virei para fita-lo.

Droga porque as coisas nunca saiam como eu queria.

—Não é por isso Michel.—Eu tentei explicar, não sei porque. Ta ignorem isso. Eu sabia exatamente porque. Mas eu não sabia porque isso parecia importante para ele.

—Você não precisa explicar nada para ele.—O Max disse na minhas costa.

—Fica na sua Max.—Eu disse irritada. O Max estava virando um pesadelo na minha vida.

—Ele tem razão Luiza. —O Michel parecia bastante decepcionado. — Nem minha amiga vocêé mais...

—Porque você não cai fora. —O Max disse interrompendo o Michel. — Será que você não percebe que a Iza quer te esquecer. Ela merece ter alguem melhor do que você por perto. —O Max disse furioso para o Michel.

Eu já podia presentir a briga que viria. O Jerry rolava de rir d outro lado do balcão eu lancei meu olhar furioso para ele.

—Eu não vejo motivos para cair fora. —O Michel não parecia muito amigavel.

—A Thifany não é o suficiente? —O que havia dado no Max. — Você já não escolheu a Thifany então fica com ela e deixa a Iza te esquecer. —O Max a essa altura gritava na cara do Michel. — Ou você esta pensando em ficar com as duas.

Eu juro que ia matar o Max se ele falasse qualquer coisa.Eu ia bater nele até ele desmaiar.

—Esquecer? —O Michel repetiu na duvida.

Merda. Merda. Eu matava o Max. Juro que sim.

—Não se finga de imbecil. —O Max disse irritado. —Você sabe muito bem que o meu namoro com a Iza nunca deu certo porque ela é apaixonada por você.

—Cala boca Max. —Eu gritei vermelha de raiva e vergonha.

—O que? —O Michel falou no mesmo instante do que eu, seus olhos passeando de mim para o Max.

—Deixa a Iza em paz. —O Max disse empurrando o Michel.

—Não é você que determina isso. —O Michel disse parando desafiadoramente na frente do Max.

—Vamos para com isso. —A Cida apareceu colocando ordem na situação.

—Não até esse idiota não deixar a Iza em paz. —O Max disse apontando para o Michel.

—Para com isso Max. —Eu disse entrando na frente dele. —Vai embora Michel. —Eu pedi mal conseguindo olhar na sua cara.

—Eu quero saber se o que o Max falou é verdade. —Ele perguntou ignorando todos os olhares em cima de nós.E eu desejei que o chão sumisse sobre os meus pés.você terminou com o Max porque é apaixonada por mim?

—Qual é? Vai se vanglorisar agoroa é? —O Max perguntou debochadamente.

—Fica fora disso. — O Michel disse empurrando o Max.

—Esta com medo. —O Max desafiou o Michel.

—Eu já mandei parar. — A Cida repetiu com autoridade.

—Luiza precisamos conversar. — O Michel pediu parecendo mais calmo.

—Não temos nada para conversar Michel. —Eu não queria ouvir ele novamente dizendo que gostava da Thifany. —Agora vai embora.

—Some. —O Max gritou atrás de mim.

O Michel olhou por um instante para nós dois, então virou em seguida saindo da lanchoente.

Eu me virei para o Max ainda tonta.

—A gente vai conversar e agora.—Eu disse taxativa.O Max me olhou supreso.—Eu já vou embora Cida. —Eu disse saindo da lanchonete e arrastando o Max para fora.

COMO O MAX PODE FAZER ISSO COMIGO???? COMO???

Eu queria morrer. Sério. Mas primeiro eu ia matar o Max porque ele não ia escapar dessa de jeito nenhum.

—O que deu em você. —Eu perguntei enquanto caminhavamos para minha casa. Eu estava tentando controlar a minha raiva.

—O Michel precisa saber que te faz mal. —O Max disse como se isso fosse obvio.

—Max quem decide iss sou eu. — Eu realmente tevia ter grudado chiclete na cruz, não havia outra opção.

—Você nunca iria fazer nada a respeito. —Ele disse acusadoramente para mim. Eu não respondi apenas caminhei em silencio não olhando para ele. Porque a qualquer momento eu ia socar o Max.

—Eu sei Iza que eu pisei na bola, mas a gente pode começar de novo... —ele começou quando percebeu que eu não diria nada.

—Não Max. —Eu não deixei ele terminar. —O problema não é você, sou eu. —Eu me senti uma idiota dizendo isso.

—Como? —Ele pareceu surpreso.

—Nosso namoro nunca vai dar certo Max, você é um cara legal, as vezes. —Eu disse sorrindo mais o humor não o atingiu. — Você é divertido eu gosto de você de verdade, só que eu já gosto de outra pessoa, e então o nosso namoro vai ser impossivel de dar certo.

—Outra pessoa ou o Michel. —Ele perguntou debochadamente para mim.

—Isso não é da sua conta. —Eu rebati perdendo a paciência. —O fato Max, é que eu não gosto de você... Não importa quem seja.

—Você não quer esquecê-lo é isso. —ele parecia irritado.

—Eu queria ter esquecido, e eu queria de verdade ter gostado de você como você merece, mas...

—A gente não manda no coração. —Ele completou por mim.

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—É. —Eu concordei me sentindo péssima. — Então não adianta insistir numa coisa que só vai nos magoar.

—Você pode ter razão. — A verdade começa penetrar no Max e eu comecei a me sentir mais aliviada por não estar enganando-o.

—Eu sei. Por mais que eu queria não vai dar.

Ele não disse nada ficamos em silencio até chegarmos em casa. Paramos no portão.

—Eu fiz papel de idiota agora né? —Ele perguntou sorrindo timidamente.

—Um pouquinho. —Eu disse tentando ser simpática não lembrando do que ele havia dito para o Michel.

—Mas pelo menos eu tentei. —Ele disse mais para si mesmo do para mim.

—Eu admiro por isso. —Eu falei a verdade.

—Nesse tempo todo você nunca sentiu nada por mim, não gostou de mim nenhum pouquinho... —Ele disse aquilo como se suplicasse por amor.

—Max eu gosto de você. Você é uma pessoa maravilhosa um ótimo amigo.

—Não é esse tipo de sentimento que eu quero de você. —Ele rebateu duro.

—Eu lamento Max. —Eu decidi que não iria me sacrificar por mais ninguém.

Ele apenas concordou, seus olhos estavam pregados no chão. Novamente o silencio.

Eu abri o portão e entrei. O Max me chamou de volta.

—Fala Max.

—Se em algum momento houver qualquer pontinha de esperança, por favor, me deixa saber disso.

Eu assenti com a cabeça sabendo que aquilo jamais aconteceria.

—Iza só mais uma coisa. —Ele pediu quando eu ia me virar para entrar novamente.

—Sim. —Eu disse sem saber o que esperar.

—Um ultimo beijo. —Eu desviei meu rosto do dele, pra que o Max estava fazendo aquilo.

—Max... —Eu ia começar explicar mais ele me interrompeu.

—Por favor, não me negue isso, não depois de ter destruído meu coração. —Ele falou exagerando no drama.

Eu suspirei pesadamente enquanto ele se aproximava de mim, seu rosto estava triste e aquela tristeza cortou meu coração.

Seus lábios alcançaram o meu, em um beijo melancólico, com gosto de despedida, um beijo rápido mais dolorido. Quando nossos lábios se afastaram Max deixou as mãos caírem ao redor de se seu corpo seus olhos perdido no nada.

Eu me virei para voltar para entrar quando encontrei os olhos do Michel cravados em nós. Eu fiquei imaginado se o Max havia feito aquilo de propósito, depois decidi que não tinha importância.

Eu mordi meus lábios inferiores enquanto meus olhos encontraram o do Michel. Eu não consegui ler nada neles. Então ele fechou o vidro do carro e saiu cantando pneus.