Destiny

Capitulo Dez: Virgindade, camas e torta




Castiel ficou sem reação. Ele se arrepiou com a respiração da norna em sua orelha.
- Sabe, nós nornas, podemos ler a mente das pessoas – ela disse, passando a mão no rosto dele, carinhosamente – Mas não a dos anjos. O que eu daria para saber o que você esconde por trás dessa cara de menino bonzinho...
O anjo ficou vermelho.
- Mas... – disse ele – Você não acabou de falar aquilo sobre ajudar os Winchesters e...
- Cass – ela disse – Eu sou tão velha quanto você, talvez mais. Não preciso ler mentes pra saber disso.
Verdandi segurou a mão de Castiel, mas ele afastou sua mão da dela. As queimaduras decorrentes da sua luta contra a norna ainda estavam sensíveis.
- Ah, desculpe – disse ele – Me deixe concertar isso.
Ela pegou as mãos dele e as virou para cima. Colocou suas palmas junto as dele, e uma leve luz amarela emanou das mãos da norna.
Quando ela tirou as mãos de cima das do anjo, as queimaduras e cortes haviam sumido.
- O-Obrigado – disse Castiel.
- Não me agradeça – disse ela – Fui eu que te machuquei.
- Fui eu que segurei as armas... – disse ele.
- Mas por minha causa – ela disse – Para lutar contra mim. De todo jeito, a culpa é minha. Eu é que peço desculpas.
- N-Não precisa... – disse o anjo.
- Bom... – disse a norna, se aproximando dele – Em todo o caso... Quero que aceite meu presente de desculpa.
Ela aproximou seu rosto do anjo, Castiel corou.
Seus lábios se tocaram rapidamente.
A norna se afastou. Castiel estava vermelho, com uma expressão de surpresa no rosto.
- Espero que esteja tudo bem entre nós agora – disse a norna.
O anjo se aproximou dela e seus lábios se tocaram novamente.
Verdandi se surpreendeu com a reação do anjo, mas depois sorriu maliciosamente.
- Gostou, foi, safadinho? – ela disse, se aproximando dele de novo – Pois então, me deixe te mostrar o que é um beijo de verdade.
Suas bocas se encontraram, dessa vez em um beijo mais profundo. Castiel retribuiu o beijo sem pensar duas vezes.
A língua da norna invadiu a boca do anjo. Ele a abraçou, trazendo-a para mais perto de si.
Ele a empurrou na cama, ficando por cima dela.
- Então de garoto bonzinho, você só tem cara, não é? – ela disse, sorrindo.
As mãos dele percorreram o corpo da norna, cheias de desejo.
Aos poucos, os dois tiraram as roupas, ficando completamente nus.
- Alguém pode chegar a qualquer minuto – disse Castiel.
- Assim fica mais divertido – falou Verdandi – Mas você está certo, não seria muito bom se eles chegassem aqui e nos vissem.
Ela estalou os dedos e eles estavam no quarto ao lado.
- Melhor assim? – perguntou ela.
Castiel respondeu beijando-a.
Logo, seus corpos se movimentavam em sintonia, a luxuria presa no fundo do anjo finalmente libertada.
Ficaram ali até chegar ao ápice. Castiel a abraçou, e quando se deu conta, Verdandi já estava dormindo.

Já era noite quando a norna acordou.
Castiel continuava ao lado dela, acariciando seus cabelos.
- Achei que vocês não precisassem dormir – disse ele, beijando-a.
- Precisamos sim – falou Verdandi – Mas não com tanta freqüência quanto os humanos – ela bocejou – É melhor voltarmos logo, antes que eles percebam nossa falta.
- Acho que a essa altura, já perceberam – disse Castiel.
- Vamos voltar – disse ela, passando a mão nos cabelos dele – Se demorarmos mais não vamos poder inventar uma boa desculpa.
Castiel a olhou como uma criança fazendo manha.
- Não se preocupe – disse ela – Nós vamos ter outras oportunidades.
Eles tomaram um banho juntos no banheiro do quarto, para se livrar do suor e do cheiro que certamente os entregaria.
Se vestiram e ela pôs a mão no ombro dele e estalou os dedos, transportando-os.

Os dois apareceram no quarto onde os outros estavam.
- O que vocês ficaram fazendo? – perguntou Sam, assim que eles apareceram.
- Fomos investigar algumas coisas – disse Castiel, desviando o olhar.
O Winchester fingiu acreditar no anjo.
- Eu estou cansado – disse Dean, se jogando na cama. Sam fez o mesmo.
- Também estou cansada – disse Urd, sentando-se na cama de Dean.
- Ei, espera ai – disse o Winchester se sentando rapidamente – Vocês dormem?
- Sim – disse Urd – Não com tanta freqüência quanto vocês, mas precisamos.
- Ótimo – disse ele – Dizem que o chão daqui é bem confortável.
- Se alguém tiver que dormir no chão, esse alguém é você – disse ela.
- Eu não vou dormir na mesma cama que você – ele disse – Se quiser, durma aqui com suas irmãs.
- É até uma boa idéia – disse Urd – Assim não terei que ficar perto de você. Mas já pensou que isso faria você ter que dormir na mesma cama que o seu irmão?
Dean se calou, não havia pensado naquilo.
- Se decidam – disse ele, se deitando e fechando os olhos – Eu vou dormir.
Ele não prestou atenção no que os outros conversavam. Só ouviu a norna loira dizendo que não estava cansada, e depois o sono foi chegando, e ele estava quase dormindo quando sentiu alguém deitar na cama ao seu lado.
Ela abriu um dos olhos e viu Urd deitada ali. Dean se afastou da norna, pegou o lençol e fez uma linha no meio da cama.
- Não ultrapasse – disse ele, resmungando.
E logo depois, adormeceu.

O Winchester acordou com o sol batendo em seus olhos. Castiel e Verdandi não estavam ali.
Ele já ia se perguntar onde os dois estavam quando percebeu um peso sobre seu peito.
Olhou para o lado e Urd estava deitada virada para ele, com um dos braços por cima de Dean.
Ele empurrou o braço dela para o lado com força. Ele realmente não a havia perdoado.
Ela acordou com o movimento inesperado.
- Ai, seu bruto! – ela disse.
- Mandei não ultrapassar – ele falou.
- Ei, vocês dois, não sabem ficar quietos um instante? – disse Sam, de olhos fechados – Estou tentando dormir.
Dean se sentou na cama e olhou para o lado.
O irmão dormia com um dos braços por cima de Skuld, assim como a norna do passado havia feito com ele.
Dean virou o rosto, sem entender como alguém podia demonstrar qualquer tipo de carinho ou coisa do tipo por essas nornas.
A porta do quarto foi aberta e Castiel e Verdandi entraram.
- Trouxemos o café – disse ela, fechando a porta com o pé.
Sam se sentou na cama, suspirando. Não ia mais conseguir dormir.
Skuld se espreguiçou com um bocejo e se sentou também.
- Andamos investigando também – disse Castiel, e não era mentira. Eles haviam sim, feito amor novamente, mas arranjaram um tempo para investigar algumas coisas – E já temos uma idéia de por onde começar.
- Acho que nós andamos falando isso demais esses dias – disse Sam.
O anjo jogou um jornal para o Winchester.
- Empresário rico vem a cidade e se torna o único sobrevivente de um incêndio na futura sede da empresa concorrente – disse Sam, lendo a matéria.
- Continue – disse Castiel.
- Apesar de ser apontado como culpado, a policia descobriu que o incêndio foi por conta de descuido de um funcionário da própria empresa, e nada teve haver com o fato do empresário estar lá para uma reunião que provavelmente traria prejuízos a sua empresa.
- Não faz o menor sentido – disse Dean.
- Exatamente – disse Verdandi – Loki é também o deus do fogo, o que bate com o incêndio. Além disso, ele é ótimo em manipular as mentes das pessoas para que elas vejam o que ele quer.
- Então – disse Dean, se levantando da cama – O que estamos esperando?
- Vamos pelo menos comer – disse Sam.
- Não, quanto antes resolvermos isso e nos livrarmos delas, melhor – disse o irmão.
- Que pena, acho que vamos ter que deixar a torta aqui – falou Castiel.
- Pra que tanta pressa, não é? – disse Dean, pegando a sacola da mão do anjo – Afinal, temos que comer, não é mesmo?

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