Adrien estava há trinta minutos no parque com a Ladybug a tentar acalmá-la. Era nisso que Gabriel pensava, enquanto falava com o presidente. Chloé já tinha pedido mais do que uma vez para ir ter com ele, mas o pai dela recusara, uma vez que se sentia um bocado culpado por ter deixado a Ladybug assim.

— O Adrien chega. – fora o que o presidente dissera – Ela voltara em breve. Só tens de ser mais paciente. O que é que eu já te disse sobre paciência, Chloé.

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Esta limitou-se a cruzar os braços e a amuar.

— O meu filho parece ser bastante próximo da Ladybug, não acha? – perguntou Gabriel, ao presidente.

— Parece que sim. – respondeu o presidente – Parecem ter uma boa amizade, apesar de ela não dizer a ninguém quem é.

— A Ladybug é assim para toda a gente. – disse Chloé – Mas ela é especialmente simpática para comigo. Nós somos tipo, melhores amigas.

— Se não se importa que eu pergunte. – disse Gabriel, voltando-se para Chloé – Você sabe quem ela é?

— Claro que não! – respondeu Chloé, virando a cara – Nunca lhe perguntaria. Sei como é importante para ela que a sua identidade seja desconhecida.

— Estou a ver. – murmurou Gabriel – Então acha que, mesmo que o meu filho seja tão próximo como a menina é, também não saberia a sua identidade?

— Parece bastante interessado na Ladybug. – comentou o presidente, ainda com o mesmo sorriso.

— Pura curiosidade. – Gabriel pegou no copo de champanhe e bebeu um pouco – Apenas…curiosidade.

— Percebo-o bem. – disse o presidente – Quem não quer saber quem é a heroína de Paris, por detrás daquela máscara.

Gabriel limitou-se a anuir.

— Temos de voltar para dentro. – disse Adrien, tentando com que ela não tirasse o casaco – Eles vão achar estranho.

— Mas eu não quero ir! – exclamou Marinette, como uma criancinha – Eu quero ficar aqui, contigo!

Adrien decidiu ignorar a última parte e tentou levantá-la, mas ela limitou-se a deixar-se cair no banco.

— Porque é que não falas mais comigo na escola!? – protestou Marinette, olhando para ele com as sobrancelhas franzidas – Se eu fosse como Ladybug para a escola, aposto que estavas sempre a olhar para mim!

— Marinette… - Adrien suspirou – Não pudemos ter esta conversa quando estiveres mais sóbria?

— Não! – exclamou Marinette, cruzando – Porque, quando estiver sóbria, não vou ter coragem para falar contigo sobre isto! Porque é que tens falado mais comigo, ultimamente? É porque sabes que eu sou a Ladybug? Se não soubesses, aposto que não ligavas para a pobre e patética Marinette.

Ele desistiu e sentou-se ao lado dela.

— Na verdade, mesmo antes de descobrir que eras a Ladybug, eu acho…que já estava a apaixonar-me por ti. – murmurou Adrien – De qualquer, tu és a Ladybug. Não há diferença. Afinal, quando dizia que amava a Ladybug, estava a dizer que te amava, certo?

Ela olhou para ele, com as lágrimas nos olhos.

— O que é que foi agora? – perguntou Adrien, enquanto tirava um lenço de seda do bolso do casaco. Com cuidado, levou a mão à máscara dela e desamarrou-a para conseguir limpar as lágrimas dela – Porquê as lágrimas?

— A Chloé trouxe o meu vestido. – respondeu ela.

Adrien levou um momento para perceber, mas depois riu-se um pouco.

— O que é que foi!? – perguntou Marinette, chateada.

— Pensei que estavas a chorar porque não te vais lembrar desta conversa amanhã. – Adrien guardou o lenço no bolso das calças, voltou a colocar-lhe a máscara e inspirou fundo – Queres tentar sair…comigo?

— O quê? – perguntou Marinette, confusa.

— Sabes…como Adrien…e Marinette. – murmurou Adrien, desviando os olhos – Eu sei que o meu pai não aprova…e está a fazer da tua vida um inferno…por isso, se não quiseres…

Ele sentiu a cabeça dela a cair no seu ombro e corou.

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— Estou com sono… - murmurou Marinette…surpreendendo Adrien.

Ele olhou para o céu estrelado, já no limite da sua paciência. Tinha acabado de lhe dizer o que sentia e ela não se ia lembrar de nada! Porque é que ele se tinha dado ao trabalho!?

— Está bem! – exclamou Adrien, levantando-se. Desta vez, quando a puxou para cima, ela levantou-se – Vamos dizer-lhes que queres para casa. Achas que consegues ir para casa, sozinha?

— Não. – Marinette apoiou-se no ombro de Adrien para não cair – Claro que não. Bebi…álcool…vinho…e champanhe.

— Pois bebeste. – murmurou Adrien.

Tomar conta da Marinette alcoolizada dava mais trabalho do que ele pensara.

— Mas eu não posso levar-te a casa. Ou eles vão perceber que eu sei quem és. – disse Adrien, quando já estavam quase a chegar ao salão – Agora, tenta ser uma boa menina e finge que não estás completamente embriagada.

Com um sorriso na cara, ela anuiu com a cabeça, fazendo Adrien revirar os olhos quando tentou apoiar-se nas suas próprias pernas.

— Eu vou dizer ao meu pai que estás de partida. – disse Adrien, encostando-a a uma parede para ela não cair – Fica aqui. Não vás a lado nenhum. Não fales com ninguém. Não olhes para ninguém.

— Estás com ciúmes? – perguntou Marinette, ouviu Adrien suspirar antes de voltar para a mesa. Ela olhou para a mala e abriu-a – Ele está com ciúmes, Tikki. Não é adorável?

— Marinette! – exclamou Tikki, com os seus pequenos braços cruzados – Comporta-te! Vão descobrir a tua verdadeira identidade!

Chateada por Tikki não estar do seu lado, Marinette fechou a mala com cuidado e fez o que Adrien pediu. Quando ele voltou, levou-a para fora outra vez.

— Não sei mesmo o que fazer, agora. – confessou Adrien, passando uma mão pelos cabelos – Eu só lhes disse que te acompanhava à porta. Não posso demorar muito.

— Não te preocupes. – Marinette deu duas palmadinhas nas costas de Adrien – Eu já consigo ir para casa, sozinha. Estou muito melhor, agora!

Não, não estava, pensou Adrien. Mas teria de a deixar ir sozinho. Esperava que pelo menos Tikki pudesse ajudá-la se ela se perdesse.

Ele puxou o capucho do casaco para cima e apertou todos os botões.

— Mantém a cabeça baixa, percebeste? – perguntou Adrien – Não deixes ninguém ver a tua cara. Se conseguires, tira a máscara pelo caminho, para que não notem quem tu és enquanto te diriges para casa. Presta atenção ao que a Tikki te diz e faz o que ela te manda.

— Pareces o meu pai. – protestou Marinette.

— Nunca mais vais beber. – disse Adrien, abanando – Para o resto da tua vida.

— Tu não sabes isso. – Marinette sorriu e levou o indicador aos lábios – Já que não me vou lembrar de nada disto amanhã, porque não um beijo?

— Porque EU vou lembrar-me. – respondeu Adrien, puxando o capucho mais para baixo – A tua vergonha desaparece completamente quando bebes, não?

— Parece que sim. – Marinette encolheu os ombros – Tenho de beber mais vezes, então.

— Nem pensar. - Adrien levou as mãos aos ombros dela – Telefona-me quando chegares a casa. No momento que chegares a casa. Amanhã eu trato de ti.

Ela anuiu a cabeça, virou as costas e deixou Adrien a contar minutos.

Quando ela caiu na cama, ainda vestida e com o capucho para cima, pronta para dormir, Tikki saiu da saca e começou a flutuar em frente à cara da dona.

— Tens de telefonar ao Adrien, Marinette. – lembrou Tikki, vendo Marinette a anuir com a cabeça mas sem abrir os olhos – Ele vai ficar preocupado se não lhe telefonares.

Marinette suspirou, abriu os olhos e começou a procurar o telemóvel.

Adrien, que tinha voltado para junto do pai, batucava com os dedos na mesa, a olhar constantemente para o telemóvel.

— Pareces nervoso. – comentou Gabriel, obtendo a atenção do filho durante alguns segundos.

— Eu? Nervoso? Porque estaria nervoso? – Adrien forçou um sorriso mas, quando o telemóvel tocou, ele saltou da cadeira, pegou no telemóvel e olhou para o pai – Eu tenho de atender isto.

Seguido pelos olhos do pai, Adrien saiu do salão e atendeu o telemóvel.

“Adrien!”

— Marinette. – Adrien suspirou de alivio – Ninguém te viu, pois não? Os teus pais não acordaram.

“Claro que não. Quem é que achas que sou? Eu sou a grande heroína de Paris!”

— Está bem. – Adrien fechou os olhos – Vai dormir, agora. Amanhã vais acordar com uma fenomenal ressaca.

Adrien ouviu-a a desligar e, agora muito mais relaxado, voltou para a mesa.

— Quem era? – perguntou Gabriel.

— Hum…um colega…amigo… - respondeu Adrien – Sim! Um amigo! Foi o Nino! Não o conheces muito bem.

— Não é aquele rapaz que eu disse ser uma má influência para ti? – perguntou Gabriel – Porque é que ele telefonou a esta hora?

— Era por causa…de uma coisa da escola. – mentiu Adrien, esperando que o pai não reparasse – Ele…tinha…uma dúvida.

Gabriel olhou para o filho durante mais alguns segundos, mas decidiu aceitar a resposta de Adrien, uma vez que o presidente estava com eles e não queria discutir à frente deles.

Tal como Adrien lhe tinha dito, Marinette acordou com uma ressaca fenomenal. Tentou comer alguma coisa, mas foi imediatamente vomitar. Lavou a cara, mas estava extremamente pálida. Doí-lhe a cabeça, estava com náuseas e não conseguia comer nada.

Se dissesse à mãe, ela deixá-la-ia ficar em casa, mas como não queria preocupá-la, decidiu aguentar as dores e ir para a escola como normalmente ia.

— O que é que aconteceu ontem, Tikki? – perguntou Marinette, enquanto caminhava para a escola.

— Bebeste muito álcool. – respondeu Tikki – Foi um milagre teres chegado a casa a salvo.

Foi a única resposta de Tikki.

No fim da primeira aula, Marinette deitou a cabeça na mesa.

— É assim tão mau? – perguntou Alya – Tomaste alguma coisa?

— Eu não sei o que isto é. – murmurou Marinette – Tenho medo de tomar algo errado.

— Doí-te a cabeça? – perguntou Adrien, virando-se para trás – Eu trago sempre remédio para dores de cabeça. – ele baixou-se para tirar uma garrafa de água e dois comprimidos da mochila – É bastante eficaz.

— Meu, desde quando é que trazes isso para a escola? – perguntou Nino.

— Os exames estão a chegar. – disse Adrien – Tenho tido dores de cabeça por estudar até tarde, por isso agora ando com isto.

Na verdade, a caminho da escola, tinha dado a mesma desculpa a Nathalie para parar numa farmácia. Mas o que tinha comprado era um medicamento especifico para ressacas. Afinal, tinha prometido que ia cuidar dela.

— Experimenta. – pediu Adrien, esticando a água e os comprimidos em direção a Marinette – Vais ver que te sentes melhor.

Uma vez que já não aguentava as dores de cabeça, Marinette aceitou os comprimidos de bom agrado.

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— É capaz de demorar algum tempo a fazer efeito. – avisou Adrien, uma vez que era o que a farmacêutica lhe tinha dito.

— Não faz mal. – murmurou Marinette, deitando outra vez a cabeça – Obrigada.

— Vais a minha casa, hoje? – perguntou Adrien, fazendo com que ela levantasse a cabeça, outra vez – Eu posso dizer ao meu pai que estás doente.

— Não. – respondeu Marinette, sorrindo – Eu vou. É uma grande oportunidade para mim.

No entanto, apesar de ela ter concordado ir, Adrien negara-se a ajudá-la com os trabalhos da escola, dizendo que ela parecia estar extremamente cansada.

Isso era verdade, pensou Marinette. Mas Adrien parecia estar a comportar-se de uma maneira completamente diferente.

— Marinette. – disse Adrien, antes de ela sair do seu quarto para ir ter aulas com Gabriel – Queres…sair…comigo?

— O quê!? – exclamou Marinette, depois de alguns segundos de silêncio – Sair?

— Comigo. – repetiu Adrien extremamente nervoso – Ao cinema…ou onde quiseres…

Ela olhou para ele, enquanto pensava no assunto. Esperara por aquele momento desde que o conhecera, mas agora que estava ali, não sabia o que dizer.

Porque é que não sabia o que dizer?