Canção do Infinito

Estrela Cadente


Sempre em frente

A dor me rasga e devora

Insisto, persisto, sou teimosa

Dias bons, dias ruins, dias piores ainda

Vem e vão como o mar

Como ondas

Mesmo quando tudo o que quero é parar

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Ceder à dor, deixar meus pés se erguerem

Até não mais tocarem o chão

Sei que essa dor pode ser entrave

Mas não é limitação

Através dela persevero todos os dias

Teimosia é inerente

Qualidade e defeito herdado de meus pais

Mas, ao contrário deles, eu não virei as costas

Ao contrário deles, aceito o que vier

Eles foram fracos, eu não serei

Ele não vão me forçar a repetir seus caminhos e errar

Estão enganados sobre mim

E eu vou provar

Meu caminho, minha sina

Trilho sozinha

Sem o peso da expectativa

A dor é lembrete de falha, humanidade

Sempre pronta para me controlar

Desistir nunca, render-me jamais

Esperando o dia em que finalmente receberei as asas que tanto desejo

Seremos estrelas cadentes, eu e ela

Ascendendo e voando lado a lado muito acima do mundo

Junto aos fogos que explodem no céu

Anunciando a chegada do Ano Novo