Canção do Infinito

Viagem/ Princesa do Inverno


Viagem

O trovão soa, a chuva bate na janela

A tempestade lá fora acena, me chama

Eu viro o rosto, finjo não ouvir

Mas não posso renegar meu próprio ser

Um dia será hora de abrir a janela

Responder ao chamado, disparar como uma flecha

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De volta para casa, para o seio dela

Pois nasci na tempestade e não vou conseguir me afastar

Para longe, o vento se transforma em meu corcel

Montada nele subo cada vez mais alto

Há um castelo de nuvens à minha espera, pintado com as cores do amanhecer

Mas não me demoro, logo meu garanhão e eu voltamos a correr

Um dia realmente subirei em seu lombo

Juntos correremos o mundo, sem jamais cansar

Sempre em frente, sem hesitação

Sem mais maldade, responsabilidade ou preocupação

Apenas eu e meu cavalo

As aves nos acompanham pelo caminho

Percorrendo o mundo como sempre sonhei

Aqui em cima sou livre, enfim

Jamais voltarei ao chão

Pois o mundo lá embaixo é cruel e impiedoso

O mesmo mundo que aqui de cima parece tão belo

De perto, é só confusão

Princesa do Inverno

Filha do inverno

Os olhos escuros dançam com as estrelas

Personalidade afiada, língua cortante

Como cristais de gelo cintilantes

Silenciosa como flocos de neve caindo sobre o mundo

Distante como a montanha mais longínqua

Ela é inconstante como o vento que sopra

Seu sorriso tem o brilho da lua

Ela é irmã da noite, companheira da escuridão

Caminha sozinha em meio à neve

No seu mundo invernal

Filha do inverno, conheces muito bem a solidão

Através das espirais de neve

Estenda-me suas mãos

Hipnótica como a das sereias

Soa sua canção

Subiremos juntas a montanha mais alta

E de lá veremos o sol nascer

Minha princesa do inverno, a noite já vai terminar

Espere e verás