Dormitório 801
Frio
— Deus do céu, o que te fiz para mandar um frio tão merda? – Margot reclamava enquanto friccionava as mãos para esquentá-las.
— Não reclame, - murmurou Noah passando os braços envolta dela – assim podemos andar mais juntos.
— Se for começar com a viadagem opto por morrer congelada. – objetou bufando. – Deus, retiro o que eu disse. Deixa o frio, mas me traz um namorado hetero.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Noah beijou o topo de sua cabeça. Era bom voltar ao normal. A saída do hospital foi ótima, sentia-se renascido e pronto para outra. Sua mãe demorara um mês para admitir que ele voltasse a andar sozinho na rua e agora só andaria de transporte público. Para o capitão isso não importava - sair com Margot o fazia sentir-se o cara mais sortudo do mundo. Independente do meio, e ela tampouco parecia se importar.
— Aquele ali não é o Guz? – Margot apontou para o menino sentado sozinho numa lanchonete.
— Creio que sim.
— Tohe não está com ele. – comentou dobrando os lábios num beicinho.
— Eles não são siameses, sabe.
— Sei, mas... – ela suspirou. – ele parece tão só. Talvez Genna esteja tomando demais o tempo de Tohe.
— É a namorada dele. – Noah contestou arqueando as sobrancelhas.
— É, mas eu não te privo dos seus amigos. Você anda comigo porque quer.
— Meu coração fica deprimido longe de você. – brincou fazendo uma careta infeliz. Margot preferiu não comentar. – Margot, talvez isso seja o melhor, talvez Tohemmet esteja se privando de Guz.
Ela suspirou olhando para Guvensiz agora longe e voltou a reclamar do frio.
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