Dormitório 801

Guvensiz


Guvensiz até tentava, mas História não era seu forte. Que diferença faria para ele saber o que ocorrera na Guerra do Peloponeso? Isso era problema da Antiguidade. Suspirou e jogou a caneta sobre o material. Realmente encaminharia seu curso para a área de biológicas. Enfermagem? Fisioterapia? Não sabia, mas com certeza a Guerra do Peloponeso não seria viável.

A janela a sua frente não era nada mais que uma abertura para a vista do campo de golfe pertencente ao clube ao lado, mas era mais interessante que o assunto referido.

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A bem verdade, não era exatamente a História que o incomodava – apesar de ela ser um fator relevante – mas sim Tohemmet, aquele bastardo. Bendito o dia em que seus antepassados resolveram sair da Nova Zelândia. Se tivessem continuado lá, o menino nunca teria ido estudar na mesma escola que Guz dividir o dormitório e nunca teria dirigido aquelas tão temidas palavras para ele. “Eu gosto de você”, dissera Tohemmet mês passado. Guvensiz bufou pela quinta vez em menos de meia hora. O que mais irritava o garoto era o ar de segurança e confiabilidade do outro. Ele era um menino! Ambos eram! Que diabos ele tinha em mente?

Grunhindo, ele voltou à Guerra do Peloponeso.