Harley Quinn e Hera Venenosa ainda estavam no telhado, enquanto o repórter conseguia a melhor matéria da vida dele. A polícia começa a cercar o edifício e guiar as pessoas para fora, as ordens eram extremamente claras "ninguém entra, ninguém sai".

— Está melhor, amiga? — Harley pergunta ainda segurando uma arma na cabeça do funcionário

— Estou. — Hera diz com um suspiro

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— Senhora, por favor. Eu tenho uma filha. — O funcionário diz tentando olhar para a Harley

— Awn, que lindo. Mas você pdoe ser minha passagem para fora, então...

— Atenção! Pedimos a todos que saíam do prédio. — Alguém dizia lá de baixo em um alto falante

Harley caminha devagar até a berada do prédio, apenas para ter uma visão ampla da entrada principal, a qual já estava tomada de policiais.

— Vish, Hera. Espero que tenha se recarregado.

— Não atirem! — O mesmo homem diz no megafone, ao ver a mulher segurando um refém — Podemos negociar?

Harley e Hera trocam um olhar.

— É... Sim... — Harley tenta pensar em alguma ideia

— Será que a polícia conseguirá salvar o dia? Esta é uma tarde histórica para o Arkham Asylum! — O repórter anunciava sua matéria do helicóptero

— Não vai funcionar — Hera puxa o braço de Harley para perto, a retirando da beirada do prédio — Quer mesmo fazer um acordo com a polícia?

— Olha, eu também não confio neles. Mas quantas opções nós temos?

— As duas criminosas parecem discutir entre si! — O repórter prosseguia

— E se nos vestirmos com os uniformes do Arkham e tentar sair no meio da multidão? — Harley sugere

O refém permanece preocupado, enquanto sua cabeça era mantida próxima do cano da arma dela.

— Sem chance, eles já evacuaram o prédio.

— Então estamos presas aqui? Uma hora ou outra vão entrar! Não tem nenhum poder que você possa usar para nos tirar daqui?

— Estou a semanas naquele buraco, estou bem por ter vindo aqui fora, estaria forte se estivesse no meu pântano. — Hera olha para cima, onde o helicóptero sobrevoava o prédio

— Senhoritas, estão abertas a negociações? — A voz no megafone pergunta novamente

— O que? Como eles sabem... O helicóptero! Segura ele. — Harley joga o refém para cima da Hera, que se assusta mas o segura

— O que está fazendo? — Hera diz pegando a arma dela

— É um helicóptero televisivo, devem estar transmitindo isso ao vivo. Há uma grande chance do pudinzinho ver isso e vir nos resgatar!

— Tá ficando louca? Foi ele que me colocou aqui, por que viria me tirar? — Hera aumenta o tom de voz

— Hera, eu entendo que pense assim, mas...

— Mas nada! Foi ele que te mandou ir para a minha casa para que o Batman a descobrisse, e...— Hera para de falar e começa a pensar, se ela deu o "endereço" da casa da Harley e do Coringa para o Batman, o Batman pode ter prendido ou matado o Coringa, ou seja, ninguém virá resgatar elas! — Ai não...

— O que foi?

— Talvez esteja certa quanto ao Coringa ser a única pessoa a resgatar a gente, mas...

— Mas...?

— Tem o Batman! É isso. E se o Morcego também vier? — Hera consegue ser convincente, não gostava de mentir para a Harley, mas dizer a verdade agora está fora de questão

— Sim, isso é um problema. Não consigo pensar em nada! — Harley bate um dos pés no chão, frustrada — E esse helicóptero está me irritando! — Ela olha para cima, onde o helicoptero transmitia um barulho chato enquanto contornava o prédio

— Pela última vez, estão abertas a negociações? — O policial anunciava novamente

Um barulho alto surge, vindo de baixo. Harley dá uns passos a frente, enquanto Hera segurava o refém, que a esse ponto nem processava mais os acontecimentos.

— O que é? — Hera pergunta alto

— Ah, não...

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— É o Batman! — O repórter comemorava

— É o Morcego! — Harley grita voltando para o meio do telhado — Temos que voltar para dentro do prédio agora, com essas câmeras eles sabem exatamente onde estamos!

As duas aceleram seus passos para dentro, enquanto Harley pensava em uma saída.

— Vou tentar ligar para o meu amorzinho, torça para ele estar em casa! — Harley corre para uma das salas

Hera engole em seco, só faltava ele estar em alguma cela ou vala. Tudo estava vazio, havia apenas o som distante do helicóptero. Harley entra em uma sala e corre para o telefone, ela disca um número e espera.

— Não, não atendeu. Droga! — Harley bate o telefone com força

— E agora?

— Senhoras, negociem com a polícia. Não tem outra forma! — O funcionário pedia, com suor na testa e lágrimas nos olhos

— Não tem jeito, minha última esperança era meu pudinzinho. Se o Batman entrar com a polícia, vamos ser vizinhas de cela!

— Shhh, ouviu isso? — Hera diz baixo, fazendo todos se calarem

— Não temos super audição, Hera. — Harley diz baixo

— Shhh, acho que tem alguém entrando no prédio.

Elas se abaixam e procuram manter o silêncio. Mas só havia isso, silêncio.

— Hera, não tem ninguém. — Harley diz ainda baixo

Hera levanta os dedos até a boca, pedindo silêncio. O refém olhava confuso para os lados.

Imediatamente a porta é aberta, e o lugar em que estavam era o ambiente de uma quarta pessoa. Batman surge bloqueando a porta e olhando diretamente para as duas, que se levantam na mesma hora. Hera levanta a arma imediatamente em direção ao Batman, enquanto segurava o refém com o outro braço.

— Precisam se entregar. — Batman diz distribuindo seus olhares entre as três pessoas

— Sem chances, Batchato. — Harley diz ficando um pouco atrás da Hera Venenosa

Batman continua observando-os, quando rapidamente já tem uma ideia.

— É surpreendente como você vem salvar alguém que te entregou. — Ele diz olhando diretamente para Harley

Ela junta as sobrancelhas. Hera cerra os olhos como se dissesse "eu mato você".

— Acabei de voltar de sua casa, Harleen Quinzel.

— Está blefando! — Harley diz dando um passo a frente

— Estou? Não é aquela no meio da floresta? Onde há uma cortina ligando duas árvores?

Harley Quinn abre a boca, pasma. Mil pensamentos correm a mil na mente dela, principalmente sobre o Coringa. Em choque, ela abre a boca mas a fecha novamente, incapaz de pensar em uma frase.

— Foi sua amiga que entregou. — Batman retorna seu olhar para Hera Venenosa

Hera aperta os dentes. Harley Quinn se afasta dela, tentando encara-la.

— Isso é... Verdade? — Harley pergunta baixo

— Harley, eu posso explicar. — Hera diz tremendo, Harley fecha os olhos

— Explique. — Harley abre novamente os olhos

— Eu... Entreguei o Coringa.

— Sabia que eu estaria com ele! — Harley grita, esquecendo do Batman a poucos metros, o que era exatamente o que ele queria

— Foi ele que me colocou aqui! — Hera grita de volta

O refém se assusta com os gritos repentinos.

— Você está cismada com isso, a culpada fui eu!

— Não, não foi. Harley eu te explico tudo, mas agora temos que sair daqui!

— Mentiu para mim... — Harley parece querer chorar — Confiei em você!

Batman puxa Harley Quinn, a abraçando por trás e colocando uma lâmina circular no pescoço dela. Ela respira fundo e sente o metal contra sua pele, Hera também se assusta.

— Solta ele. — Batman diz olhando para o refém

Hera olha para a amiga, uma lágrima escorria no rosto de Harley.

— Não posso fazer isso — Hera diz ainda no mesmo lugar — Harley, você vai me ouvir. O Coringa te mandou para a minha casa, para que eu fosse descoberta, ele atirou em mim e te desmaiou para que me prendessem. Eu entreguei ele não você, mas eu prefiro te ver na cadeia me odiando, do que gostando de mim e morta. Não espero que me perdoe, só espero que supere isso.

Harley ouvia as palavras da Hera atentamente, enquanto mais lágrimas se formavam. Batman aperta mais o pescoço de Harley contra a lâmina.

— Você não mata pessoas, Batman. Você as salva.— Hera diz com um meio sorriso

— Tem razão. — Batman diz levantando o braço

Em um rápido movimento, em um centésimo de segundos, Batman libera a bala envenenada. A bala perfura a pele de Harley Quinn, entrando em seu sistema.

— Não! — Hera grita, atirando várias vezes na direção do Morcego

Batman solta o corpo de Harley Quinn e se afasta, se protegendo das balas disparadas em sua direção. Harley Quinn sente sua pele queimar de forma gigantesca e cai no chão, soltando um grito estridente. A pele atingida pela bala começa a esverdear e suas veias começam a ficar pretas, o veneno começa a se espalhar pela corrente sanguínea.

Batman havia sumido porta a fora, enquanto Hera fica sem munição. Com lágrimas de dor e apertando seu ombro com força, Harley sente a maior dor que já havia presenciado. O veneno corre e queima suas veias, como se ela estivesse aplicado um ácido pela seringa.

— Amiga! Por favor, me escuta! — Hera se joga no chão, colocando a cabeça de Harley em seu colo

O refém corre para fora da sala, enquanto Hera Venenosa derrama lágrimas ao ver a amiga se contorcendo. Harley Quinn revira seus olhos de dor, enquanto a morte se espalhava pelo seu corpo.