Definitivamente nem tudo saía conforme o que se planejava. Grissom teve a certeza disso no instante seguinte a sua entrevista com Hilda Taylor. Já fazia um mês que ele não conseguia visitar a mãe de Mae no hospital. Ele havia planejado visitá-la nos dias subsequentes, mas ao que parecia o universo resolveu conspirar contra seus planos. Uma porção de casos e relatórios surgiu como um passe de mágica no laboratório e requeriam sua total atenção. Sempre que planejava visitá-la surgia algum imprevisto. Por isso não conseguiu nem em um único momento visitá-la.

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Durante o tempo em que esteve retido com toda a papelada, burocracia e tudo o que acompanhava seu cargo, ficou imaginando se Hilda já havia conseguido obter o documento o qual ela havia se referido quando eles se encontraram no hospital.

A única coisa com relação à Hilda e à Mae que ele teve tempo de acompanhar foi a análise da amostra de DNA cedida por Hilda. O exame mostrava que ela realmente era a mãe biológica de Mae. Disso ele não tinha dúvidas. Assim que a viu no hospital deitada naquele leito de hospital, ele soube que Hilda Taylor era a mãe desconhecida de Mae.

E por falar em sua linda abelhinha, ela estava com uma saúde perfeita – alheia ao que acontecia fora das suas percepções de bebê – se relacionava muito bem com sua babá, Gabriela Lima, que por sinal mostrava que adorava a menina também, e também se relacionava muito bem com ele e com Sara. A menina crescia de forma adequada, ganhava peso e aprendia várias coisas novas. Ela agora estava com cinco meses. Ele conseguiu descobrir a idade da criança através dos registros do hospital onde Hilda havia dado a luz. Fora ela mesma quem indicara o local onde ele conseguiria obter o documento.

Quanto a ele, estava feliz e vivia sob a expectativa de ter Mae em seus braços para sempre ainda que fosse sob aquela condição tão triste. Não via a hora de poder registrar a menina com o seu nome. Aquela criaturinha o fazia muito feliz tão feliz como há muito tempo não se sentia. Faltava muito pouco para que ela fosse inteiramente sua e por isso estava muito ansioso.

O toque do celular privou-o de seus pensamentos e atrapalhou o preenchimento do relatório que realizava naquele momento. Olhou o número de chamada. Não o reconheceu. Ficou tentado a não atender, porém podia ser algo a respeito de algum caso. Podia ser importante. Após o terceiro toque ele atendeu:

― Grissom – ele falou.

Ficou em silêncio enquanto ouvia a notícia transmitida pela pessoa do outro lado da linha.

― Quando foi isso? – ele perguntou.

Ouviu novamente a resposta.

― Estou indo até aí – ele informou e desligou o telefone.