Grissom estava perplexo com a pergunta que sua amiga fizera. De onde ela tirara aquela ideia estapafúrdia? E por que diabos todo mundo resolveu pensar que ele e Sara formavam um casal? Não que aquela ideia fosse repugnante, não era isso. Era agradável imaginar-se envolvido com sua subordinada e amada. O que lhe preocupava era outra coisa. O que realmente lhe preocupava era que se os demais julgavam que ele e Sara estavam intimamente envolvidos, era porque ele ou ela estavam dando bandeira. De repente ocorreu-lhe outro pensamento. Estaria Sara apaixonada por ele, assim como ele estava por ela?

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― Como? – ele indagou confuso.

― Você está dormindo com a Sara? – ela repetiu a pergunta sem alterar expressão.

Grissom conseguiu recuperar-se do susto que tomou com a pergunta inesperada.

― De onde você tirou essa ideia maluca? – ele tentou esquivar-se – Não estou dormindo com Sara.

― Para cima de mim Gil, sua amiga? – Cath ofendeu-se – Desde quando você e Sara chegam juntos aqui no laboratório? A única resposta cabível é essa. Você e Sara estão dormindo juntos.

― Já chega, Cath! Você é minha amiga, mas ainda continuo sendo seu supervisor e como tal posso te suspender por insubordinação. Você sabe que aqui as paredes têm ouvidos e muito bons, se essa conversa fiada chegar aos ouvidos de Conrad, Sara estará em maus lençóis. Vamos deixar essa conversa de lado e vamos trabalhar!

Os dois deixaram a sala de Grissom e foram para a sala de convivência. Novamente na distribuição dos casos, Gil fez com que ele trabalhasse junto de Sara. Todos partiram para suas cenas de crime. Gil e Sara analisaram a sua e voltaram ao laboratório a fim de obter respostas das análises. Enquanto aguardavam a resposta, Gil perguntou a Archie e a Greg se eles tinham alguma novidade referente ao caso de Mae. A resposta foi negativa.

Ele não conseguiu ocultar sua tristeza. Sara o acompanhou até sua sala. Sabia que ele não estava bem. A falta de informação sobre quem era mãe de Mae e porque ela deixara a menina em sua porta o estava perturbando. Sentaram-se no sofá do escritório do supervisor em silêncio. Foi Gil quem o quebrou:

―Preciso descobrir quem deixou Mae na porta da minha casa, Sara – ele comentou com lágrimas nos olhos.

― Você vai. Eu prometo – Sara garantiu fitando-lhe os olhos e acariciando- lhe as mãos que estavam sobre a perna dele.

Grissom não soube por que, mas ao olhá-la nos olhos sentiu uma súbita necessidade de beijar-lhe a boca delicada, como se aquilo fosse capaz de sanar qualquer problema.

Sem falar nada se aproximou dela e tomou-lhe os lábios com os seus. No começo o beijo foi terno, suave como um bater de asas de borboletas, porém logo em seguida tornou-se intenso e selvagem como um tornado, evidenciando a necessidade que sentiam um do outro. As línguas roçavam uma na outra. A de Grissom buscava conhecer cada centímetro da boca de Sara, em uma espécie de reconhecimento de área.