Love Story

Evidência Invisível


“E sempre quando eu preciso ouvir a sua voz

Você desaparece e eu me perco então

Sou dependente

Sinto que quanto mais eu me afasto

Mais aperto o laço do meu coração” ― Santorine

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— E aí? Já encontrou?

— Não. Não encontro ele em lugar nenhum! - Grissom respondeu a pergunta da ruiva.

Steve, sua tarântula, havia sumido de repente uns quatro dias depois de Grissom ter voltado de Jackpot. Ele procurou em tudo quanto é lugar e não o encontrou.

— Paciência Gil! Steve já deve estar longe. Você arranja outro animal estranho de estimação depois.

— Pra você é fácil falar, não é, Cath? Não era seu.

— Tá, desculpa. Anda, a audiência já vai começar. Quando você voltar, eu te ajudo a procurar mais um pouco.

— Tá. - ele disse a contra gosto, porém, Warrick já ia depor contra Michael Fife, o suspeito do caso deles, e Gil tinha que estar presente pra saber no que ia dar.

A audiência não foi como esperavam. Warrick apresentou a arma do crime que tinha o sangue de uma vítima do caso de Catherine, Rachel Liford. Fife foi acusado de estuprá-la e matá-la. Porém, a defesa dele argumentou e o júri decidiu excluir a faca e a toalha que Warrick achou como evidência, e declarou que se não apresentassem outra prova, o réu estaria livre. Para isso não acontecer, Gil e sua equipe teriam que provar que Michael era o culpado com o prazo de 24 horas apenas.

Grissom pediu para que Warrick reunisse todos na sala de descanso pra debater sobre os casos, enquanto ele conversava com o Xerife Rory Atwater em sua sala.

17h:16min.

— O veículo foi guinchado até a garagem. - Warrick começou. _ O mandado pendente contra Michael Fife era por maconha, então era isso que eu estava procurando. Eu encontrei a faca e mandei na hora uma amostra de sangue pro Greg.

Então o técnico foi o seguinte a se pronunciar.

— Eu chequei o banco de dados e ela batia com o outro caso.

— Meu caso. - foi a vez da ruiva falar. _ Rachel Liford, 19 anos. - ela pegou as fotos e mostrou a todos. - Morta em seu apartamento. O legista assistente examinou o corpo. Com base nas lesões vaginais ele suspeitou de estupro. Eu examinei o local, nada probatório, nem digitais, nem DNA, tudo o que eu coletei está no cofre. - enquanto Catherine falava, Gil se aproximava da sala. _ Depois que Warrick encontrou a faca, o promotor achou que tinha um caso sólido e pediu prisão preventiva. A análise das outras evidencias ficou condicionada a data do julgamento.

— É uma emergência. - o supervisor deixou a amiga terminar de falar pra depois se pronunciar. _ Todos estão de plantão por 24 horas. Warrick, fale com o Robbins, peça para revisar o relatório da necropsia. - Warrick assentiu. _ Nick, Sara, o juiz emitiu um mandado pro carro de Fife, ele está sendo levado pra nossa garagem.

— Espera aí. - Nick ficou confuso. _ Warrick já revistou o carro e a faca foi excluída. O que exatamente estamos procurando?

— Eu não sei. Mas a faca e a toalha são evidências invisíveis, o júri nunca irá vê-las. Então temos que encontrar algo visível.

Nick assentiu.

Sara, que até agora não tinha dito uma palavra, foi a seguinte a falar.

— Olha, eu entendo a importância disso... Só que eu estou no meio de uma investigação de homicídio.

— Eu falo com o detetive, explico tudo. - disse Grissom.

— O problema não é o detetive...- ela respondeu de boa, suave na nave, pampa na rampa, tranquilo no mamilo. _ ... é a minha própria responsabilidade.

— Eu estou distribuindo tarefas, Sara! Não é uma negociação! - ele rebateu sério.

Sara não se atreveu a responder nada, até os outros presentes ficaram calados, então Catherine resolveu quebrar o clima e sair dali.

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— Bom, eu vou voltar ao local e olhar com mais calma.

— O prazo termina às 4 da tarde. Todos ao trabalho. - mandou o chefe, saindo da sala em seguida.

— Grosso! - Sara resmungou quando estava se levantando. _ Te encontro lá fora, Nick.

Sara saiu furiosa da sala e seus amigos apenas trocaram olhares.

Se Warrick já estava desconfiado que o motivo de Sara estar tão séria era por causa de Grissom, naquele momento ele teve certeza. E até entendeu, porque não precisava Gil ter falado daquele jeito. Warrick achou um exagero. Logo Gil, que era tão carinhoso com ela no começo. Aquilo era muito entranho!

Lá fora, esperando o carro de Michael Fife ser levado ao laboratório para analisarem, Nick se juntava a Sara depois de encerrar a ligação de seu celular.

— Era o departamento de transito. Tem um engarrafamento na Flamingo. O guincho já deve estar chegando.

— Sabe o que mais me irrita?

— Um monte de coisas! - o texano respondeu.

— As vítimas não são iguais, a mídia define prioridade!

— Só que esse caso tem um prazo. - Nick tentou explicar.

— Todo caso tem um prazo, a única diferença entre um caso arquivado e um aberto é o tempo.

— Mesmo que seja o caso mais importante da sua carreira, se um superior manda você largar tudo pra... lavar o carro dele ... você obedece. - Sara o olhou com cara de poucos amigos. _ Não tem carreira sem emprego.

Sara nada disse e observou o guincho se aproximar, mas o carro que ele trazia estava todo esmagado.

— Eu soube que estavam com pressa, desculpa. - disse o moço se aproximando.

— Esse não é o carro certo, cara. - Nick estava espantado com o que tinham feito com o carro.

— Em nome de Michael Fife, BMW 235, apreendido há 10 dias. - o homem leu para afirmar que era esse o carro.

— O que aconteceu com ele? - Sara perguntou.

— Foi esmagado.

— Isso a gente está vendo. - disse Nick. _ Por que?

— Eu só transporto.

— Ele é evidencia numa investigação ativa!

— Documentos trocados?

— Ou algum idiota marcou a opção errada. - Sara comentou olhando por cara que não gostou nada do que ela disse.

Ele pediu pra ela assinar a folha e assim ele podia levar o carro pra dentro.

Agora a questão era: Como examinariam um carro esmagado? A única opção foi desamassá-lo. Como? Com enchimentos. Colocaram vários dentro do carro e foram enchendo com ar, até o carro ficar “normal” de novo. Enquanto Warrick analisava as evidências com Grissom e, Catherine olhava o apartamento da vítima de novo, Nick e Sara faziam esse processo.

Quando terminaram, foram olhar o carro pra ver se achavam alguma coisa.

— O que é isso? - Nick perguntou assim que viu Sara pegando alguma coisa no piso.

_ Um cartão de estacionamento. - ela respondeu. _ Saturn Arms. Fica preso no retrovisor. É o mesmo tipo de licença que usam no meu prédio.

— Hm. - Nick assentiu e olhou do seu lado no carpete do carro. E o que achou? _ Fibras brancas...

— É impossível localizar a fonte de uma fibra branca.

— ... Com uma mancha avermelhada consiste como sangue.

— Sério? - ela o olhou surpresa.

— Uhum.

— Pode bater com a toalha que o Warrick encontrou.

— Bom, a atoalha é inaceitável, mas as fibras ainda estão no jogo.

Sara concordou com a cabeça e voltou a olhar o carpete.

Nick resolveu provocar.

— Então... Ainda está muito brava por ter largado seu caso?

Sara o olhou séria, porém era nítida a vontade de rir do comentário dele.

Nick deu risada.

...

5h07min.

Depois de interrogar Fife com Brass, Warrick voltou ao laboratório e foi parado na recepção pela irmã de Rachel.

— Senhor Brown. Eu sei que deve estar muito ocupado... mas eu preciso saber, preciso que o senhor me diga que Michael Fife vai pagar pelo que fez com a minha irmã.

— Eu... estou fazendo tudo o que eu posso.

— Minha mãe foi medicada, eu não consigo dormir e você o que? Está parando pra um café?

— Na verdade é a minha primeira pausa desde a audiência, então se me der licença, eu tenho muito trabalho a fazer.

Ela se alterou um pouco.

— O que está acontecendo aqui?? Será que ninguém se importa??

Nick, que observava tudo, se aproximou pra tentar acalmá-la.

— Senhorita Liford... Eu sou Nick Stokes, também sou investigador criminal. Eu quero que saiba que eu compreendo. Compreendo sua frustação, não é fácil lidar com isso, mas... eu posso garantir que o laboratório inteiro está no caso da sua irmã. Tudo bem? Eu não posso prometer nada, mas nós estamos fazendo o possível pra manter o suspeito atrás das grades, que é o lugar dele.

Ela então ficou mais calma e agradeceu.

— Muito obrigada. É tudo o que eu precisava ouvir.

— Que bom. Aguenta firme.

A moça foi embora e Nick foi falar com Warrick. O moreno estava na sala de descanso.

— E aí, qual o problema? - Nick perguntou ao entrar na sala.

— Qual o problema com o que?

— Com você!

— Esse trabalho já é difícil o bastante sem a família da vítima pegando no seu pé. - Warrick respondeu.

— A irmã dela foi estuprada e morta, ela assistiu a defesa acabar com o caso. Custava ter ouvido por cinco minutos?

Warrick se estressou e elevou o tom de voz.

— Você quer segurar a mãozinha da garota, tá legal, por mim tudo bem, é o que você faz! Mas quando você deixa o profissionalismo de lado, eu não te julgo! - gritou.

— Qual é Warrick! Ela só quer saber se alguém aqui dentro se importa!

Warrick se levantou furioso enquanto ele falava.

— Quer saber? Perdi a fome! - jogou o pacote de sanduíche no lixo e passou por ele. _ Tenho que voltar ao trabalho. - saiu da sala.

Nick chutou a lixeira enquanto via ele sair.

Warrick então foi até o banheiro lavar o rosto e tentar se acalmar, porém cometeu um engano. Enquanto pensava apoiado na pia, Catherine entrou no banheiro e levou um susto.

— E aí! - ela o cumprimentou.

— Oi. - ele respondeu e suspirou.

— Ãhn... Você... está bem, Warrick?

— Eu estou bem.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Hm. Esse é o banheiro feminino.

Warrick arregalou os olhos e olhou em volta. Não conseguiu se conter e riu com ela.

— Nossa! Desculpa.

— Não, nada contra. - ela levantou as mãos ainda rindo.

— Caramba... eu estou louco. - suspirou e passou a mão no rosto. _ Esse caso está acabando comigo. Sabe o interrogatório? Não deu em nada. O Fife mente melhor do que eu digo a verdade.

— É melhor saber disso antes do julgamento.

— Não vai ter julgamento.

— Hey, temos tempo. O DNA do sêmen está sendo analisado agora. Há uma luz no fim do túnel.

— Eu não estou desistindo, eu estou... sendo realista. - disse ele.

— Sabe Warrick... um caso como esse também tem o seu lado bom, o coração da gente acelera, dá mais prazer pegar o bandido.

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— Gostei dessa!

Ela piscou pra ele e Mandy entrou no banheiro.

— Eu estou doida ou tem um homem e uma mulher aqui dentro?

Catherine e Warrick riram.

— Fui eu que errei de banheiro, Mandy. Já estou saindo. - começou a andar em passos lentos até a saída.

— Não fizeram nada aqui dentro né?

— Engraçadinha! - Catherine fez careta pra ela, ajeitou o cabelo no espelho e acompanhou Warrick.

...

Hodges chamou Grissom e informou que achou cera no pulso de Rachel e no lençol. Ao sair da sala de Hodges, ele foi até a de Greg onde Catherine e Warrick estavam sentados com ele olhando pra impressora. Gil estranhou e Catherine explicou que estavam esperando o resultado do DNA sair. Ela encontrou sêmen no botão da descarga do apartamento de Rachel e levou para Greg analisar.

Mas ao verem o resultado, o DNA não batia com o de Fife e sim de um homem desconhecido. O único suspeito que tinham podia ser inocente.

Depois dessa descoberta, Gil reuniu todos na sala de descanso novamente.

— Estão dizendo que o DNA exclui o nosso suspeito, mas o sêmen não pode ter vindo de uma relação sexual anterior com outro homem? - Sara questionou.

— O Fife ainda pode ter estuprado e matado a Rachel. - disse Nick.

— O vaso sanitário estava limpo, o sêmen pertence a última pessoa que deu a descarga, porque havia uma gota e não uma macha. - informou a ruiva.

— Não temos prova de que ele a estuprou, nem que ele a matou. Mesmo se considerarmos as evidências invisíveis, não temos o bastante pra colocá-lo na cena do crime enquanto o crime era cometido. - Grissom esclareceu a situação. _ Nosso tripé de evidência está incompleto.

— Então...- continuou Catherine. _ Reconsiderando o caso, vamos presumir que Fife não colocar a faca no carro. De onde ela veio?

— Tabom, é ... Ele mora sozinho? - perguntou Sara.

— Mora. - respondeu Warrick. _ Separação recente. A esposa voltou pra Albuquerque e ninguém mais teve acesso ao veículo.

— Tinha algum sinal de arrombamento? - foi a vez do texano perguntar a Warrick.

— Nenhum sinal de arrombamento.

— E que evidência continua pendente? - indagou Catherine.

— A cera. - respondeu Grissom. _ O cara estranho continua analisando. - cara estranho vulgo Hodges.

— Sabemos que havia cera no lençol e no corpo da vítima, mas e na arma do crime?

— Eu não notei, mas não estava procurando.

— Não importa. - disse Nick. _ A faca foi excluída.

— As regras de exclusão só se aplicam a pessoa cujos direitos constitucionais foram violados, se tivermos outro suspeito, a faca volta ao jogo. - enquanto Grissom falava, Catherine, que estava de frente pra porta, viu o xerife se aproximando e resolveu avisá-lo.

— Grissom...- apontou com a cabeça pra fora da sala.

Gil se virou pra ver, voltou a atenção para seus subordinados, bufou e se levantou pra falar com o xerife. Todos os outros se levantaram e saíram da sala. Catherine e Warrick foram pra delegacia, Nick foi examinar a faca pra ver se achava cera e Sara foi ver o lençol.

...

7h48min.

Na sala da mesa de luz, Sara olhava fixamente pra o lençol que estava preso na parede para melhor ser visualizado. Estava tudo na paz quando Grissom passava em frente a sala e via Sara sozinha dentro dela. Entrou.

Já tinha se arrependido de ter falado daquela forma com ela. Sabia que o caso em que investigava era importante pra ela, mas esse era bem mais e precisava da ajuda dela, todavia não foi capaz de dizer com essas palavras e no final, acabou deixado Sara com raiva e Catherine satisfeita, o que ele ia descobrir depois.

— Checando meu trabalho?

— Eu só estou dando uma olhada. - ela respondeu, porém não o olhou. Mentira, ela olhou sim, mas foi bem rápido, assim que ele fez a pergunta.

Como ela só respondeu isso e permaneceu olhando o lençol, ele resolveu perguntar o que se passava na cabeça dela ao olhar aquele sangue todo.

— O que está pensando?

— Bom... O corpo dela deixou esse vão...- ela deu passos pra frente, para perto do lençol. _ O agressor estava por cima segurando ela pelos pulsos. - disse essa última frase virando de frente pra ele.

— O que pode explicar a transferência de cera dele pra ela.

— Exato.

Ele assentiu.

Sara queria testar a teoria, porém não podia fazer isso sozinha, precisava que alguém a ajudasse, e como ele já estava ali, por que não? E parecia que ele não havia entendido bem onde ela queria chegar com essa primeira afirmativa.

— Me segura.

Grissom, mesmo sido pego de surpresa com esse pedido, se aproximou e segurou os pulsos de Sara pra cima. Não pôde evitar de sentir um arrepio ao tocar a pele dela mais uma vez. Sara, por sua vez, sentiu um frio na barriga por conta dessa aproximação toda. Ela já estremeceu só de vê-lo se aproximar para segurar seus braços. Eles estavam muito perto. Resolveu expor a teoria antes que desmaiasse.

— Ela... teria lutado. - mexeu um pouco os braços que estavam sendo segurados por ele, para demonstrar a luta. _ Mas logo... ela desistiu.

Sara desviava seu olhar do dele algumas vezes. Estava sendo difícil ficar tão perto, sentindo a respiração e o cheiro dele, a pele dele contra a dela, e não poder fazer nada. Já Grissom, não conseguia tirar os olhos de Sara, estava hipnotizado e se ficasse mais tempo assim, seria capaz de capturar seus lábios ali mesmo, no laboratório. Era linda demais! Enquanto Sara falava, Grissom prestava atenção em seus lábios, quando ela virava a cabeça pra olhar o sangue no lençol e desviar o olhar dele, Grissom aspirava o perfume dela mantendo seu olhar fixo na morena a sua frente.

— Depois, ao se levantar, ele teve que apoiar as mãos no lençol. - agora ela olhou pra ele por mais tempo até ele fazer a próxima ação.

Grissom levantou um pouco as sobrancelhas e para “apoiar as mãos no lençol”, a cintura de Sara ficou entre as mãos dele.

— Assim.

O olhar de Sara seguiu o dele e ela permaneceu com o rosto virado até ele concluir a frase seguinte.

— O que explica como a cera passou dele para o lençol.

Sara virou a cabeça para olhá-lo.

— Isso.

Quando os olhos âmbares fitaram os azuis, assim tão perto, ascendeu uma chama dentro deles que ambos não souberam explicar.

Foi o suficiente. Eles estavam precisando daquele contato.

Dois segundos. Foram só dois segundos, para Sara sair do transe e de perto de Grissom.

— Grissom... Eu... preciso falar sobre uma coisa. - saiu de perto do lençol e foi pra perto da mesa, voltando a ficar de frente para o chefe.

— Fala. - ficou meio receoso sobre o que seria.

— Bom, você sabe que eu sou uma das candidatas a promoção.

— Seu pedido está na minha mesa. - ele pareceu aliviado do assunto ser esse.

Foi aí que ela fez merda. Podia ter ficado quieta, né Sara? Oh meu Deus!

— Sobre isso, eu... Eu preciso saber...- estava sendo um tanto difícil pra ela ter que dizer isso. _ Eu... quero confirmar, aliás...

Êh complicação!

— ... Que o que aconteceu, ou não aconteceu entre nós, não será um fator.

Quê?? Ah não, Sara! Tá de tiration com my face!

Grissom fez cara de confuso. Até franziu um pouco o cenho. Como assim, Sara? Explica.

Percebendo que tinha feito papel de besta por conta própria, resolveu sair dali logo.

— Deixa pra lá. Eu não devia ter dito nada. - virou-se para pegar alguma coisa na mesa e claro, desviar o olhar dele que continuava com cara de interrogação. _ Eu... eu sempre falo demais quando estou com você! - deu um sorriso amarelo – estava realmente muito sem graça de ter dito aquilo e ter visto a reação dele – e saiu da sala.

Grissom suspirou e permaneceu na sala por alguns minutos, pensando no que Sara havia dito e no momento que tiveram. Estar tão perto dela fez sua memória voltar a São Francisco quando tocou aqueles lábios e aquela pele pela primeira vez. E tinha que admitir que sentia muita, mas muita falta daquele tempo.

Não demorou muito para ir até Catherine, Warrick e Brass que o esperavam para interrogar Michael Fife pela última vez.

Warrick entrou na sala junto com Brass e, Catherine e Grissom ficaram atrás do vidro assistindo.

— Gostei da sua pose de durão ontem. - a ruiva comentou.

— Ãhn?

Conversavam sem olharem um pro outro, mantinham a atenção em Fife dento da sala.

— “Eu distribuo as tarefas, não é uma negociação.” - ela repetiu com uma voz um pouco mais grossa, pra mostrar que era ele falando.

— O que? Exagerei?

— Não o bastante.

Grissom então a olhou.

— Brigaram de novo, é?

Catherine apenas levantou uma de suas sobrancelhas e não respondeu.

— Vocês duas não tem jeito mesmo!

E a situação ia piorar.

Bom, no final, Fife foi inocentado, pois evidências apontaram para outro suspeito, e esse mesmo sujeito estuprou e matou Rachel, depois pegou a faca com sangue, enrolou na toalha e colocou dentro do carro de Fife para incriminá-lo. Enfim, conseguiram usar as 24h para solucionar o caso e tornar as evidências invisíveis... visíveis.