Love Story
Mero Acaso
Uma semana depois os CSI’s investigaram a morte de duas gêmeas idênticas que foram mortas quase na mesma hora, só que em lados opostos da cidade. Gil e Catherine até apostaram que um caso tinha relação com o outro. Quando descobriram que as gêmeas não sabiam nada uma da outra, eles começaram a pensar se os casos estavam conectados ou se era somente uma bizarra coincidência. Enquanto isso, Sara estava na corte esperando para testemunhar sobre um caso que havia trabalhado e não pôde trabalhar no caso das irmãs com os colegas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Pegaram o assassino que não sabia que a mulher que queria matar tinha uma irmã. Ele matou a irmã primeiro e achou que estava vendo uma assombração quando viu a outra chegar onde ele estava. Então teve que matar a mesma mulher duas vezes, literalmente.
Catherine, ao finalizar o caso com Gil, rasgou a nota que haviam apostado dizendo que os dois estavam certos.
— Isso é um crime federal, sabia? - disse o supervisor.
Catherine o olhou indignada e pegou a parte da nota da mão dele. Nunca mais faria uma aposta com ele.
...
Sara finalmente chegou em casa. Procurou por ele no quarto, mas não o encontrou. Só poderia estar no escritório. Foi até lá e o encontrou sentado lendo um livro.
— Soube que solucionaram um duplo assassinato. - ah, como ela queria não ter ido ao tribunal.
Ele balançou a cabeça positivamente e continuou lendo.
— Passei o dia todo do lado de fora do tribunal e eles não me chamaram.
— Isso é chato. - disse ele voltando a olhar para o livro.
— Sentindo-se transcendental? - ela sorriu.
— Hum? - ele não entendeu.
— Thoreau. Não leio desde a faculdade.
— Nem eu. Ele diz: “Prefiro me sentar numa abóbora e tê-la toda pra mim do que ficar numa almofada de veludo pequena demais.”
Ambos sorriram.
Sara olhou para o livrinho de palavra cruzada dele e o pegou.
— Ah, olha. Esqueceu uma, 63 pra baixo. Misantropo.
Ele a olhou. Como ela só bateu o olho e soube? Mas se parar pra pensar no significado da palavra, dá pra entender.
Misantropo: (1) que ou aquele que odeia a humanidade ou sente aversão às pessoas. (2) que ou aquele que prefere a solidão, não tem vida social, não gosta da convivência com outras pessoas; eremita, ermitão, solitário.
Sara colocou de volta no lugar e o olhou.
— Não vou esperar acordada. - sorriu e saiu de lá.
Foi direto tomar um banho rápido, estava cansada de ficar o dia inteiro esperando pra depor e no fim voltar pra casa sem ter feito nada.
Não demorou mais que cinco minutos, passou seu hidratante, colocou seu pijama e se deitou.
Gil não demorou muito para juntar-se a ela. Achou que já estivesse dormindo, mas ela virou um pouco para poder olhá-lo quando o sentiu perto dela.
— Achei que não ia esperar mesmo. - ele sorriu.
— Estou cansada. Foi sacanagem comigo.
— E melhorou da gripe?
— Meu nariz ainda está meio ruim, mas melhorei sim. Aliás, daqui a pouco tenho que tomar o remédio.
— Quer que eu faça uma massagem? - perguntou ele.
Ela suspirou.
— Por favor, amor, estou precisando.
Sara ficou de bruços para Gil lhe massagear.
— Fica melhor se tirar a blusa. - sorriu sem malicia alguma.
Sara sorriu e se virou novamente, sentou-se, tirou a blusa – não fez isso de um jeito sensual, mas pra ele pareceu – e voltou a ficar de bruços.
— Melhorou? - ela perguntou.
— Sim, melhorou.
Gil começou a massagear-lhe os ombros, nuca e toda a região das costas. Sara suspirava aliviada com cada toque, estava no céu.
— Pronto.
De olhos fechados, Sara perguntou:
— Quer pôr essas mãos maravilhosas em outro lugar?
Grissom sorriu discretamente, chegou perto de seu ouvido e baixinho respondeu com outra pergunta.
— Me permite?
Sara sorriu e virou-se mostrando seus belos seios.
— Permissão concedida.
Sorriram e beijaram-se.
Enquanto Gil beijava a doce boca de Sara, ele acariciava seus seios, um em cada mão. Sara vez ou outra gemia em sua boca e acariciava seus cabelos enquanto o beijava. Não foram além, pois queriam dormir. Depois desse beijo delicioso e demorado, o alarme do celular de Sara começou a tocar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Ah, é hora do remédio. - disse ofegante.
Sentou-se na cama e pegou um comprimido no criado mudo juntamente com um copo d'água. Engoliu a água levando consigo o comprimido, pegou sua blusa e a vestiu novamente.
— Vem. - pegou a mão dele e o fez deitar-se atrás dela, colocando seu braço em volta de sua cintura.
Entrelaçaram suas pernas, Gil encostou seu rosto no pescoço perfumado dela e ambos dormiram poucos minutos depois.
...
Estavam sentados lado a lado no sofá, cada um lendo um livro. Estavam daquele jeito há quase duas horas.
— Amor? - Sara o chamou ainda olhando para o livro.
Ainda ficava em êxtase quando a ouvia chamá-lo assim.
— Hum? - ele respondeu do mesmo jeito.
— Estou com fome. - fechou o livro e o olhou.
— Quer alguma coisa em especial? - fez a mesma coisa que ela.
— Na verdade, sim. Eu queria que me ensinasse a fazer aqueles bolinhos.
— Aqueles de farinha de trigo que a gente come com sal?
— É.- ela fez aquela carinha de pidona e ele sorriu com isso.
— Não precisa fazer essa carinha. Vem. - pegou sua mão e ambos desceram as escadas pra cozinha.
Sara prendeu o cabelo num rabo de cavalo e ambos lavaram as mãos.
— Bom, primeiro vamos pegar uma vasilha e um prato.
Ela pegou ambos e colocou sobre o balcão.
— E agora?
— Farinha de trigo, manteiga e um ovo.
Sara foi até o armário e pegou a farinha. Foi até a geladeira e pegou os outros dois itens.
— Pronto. - disse ela.
— Agora, pegue uma colher e vamos misturar. - ela fez o que ele pediu e voltou pra perto dele. _ Certo, agora o que você tem que fazer é colocar todos os ingredientes dentro da vasilha. Não coloque muita manteiga senão vai ficar mole e grudento.
— Tabom. Agora é só misturar, não é?
— Isso.
Sara misturou tudo e ainda estava mole.
— Acha que coloquei muita manteiga?
— Não. - ele respondeu. _ Foi pouca farinha. São no máximo duas xícaras.
— Coloquei uma só. - ela encheu novamente a xícara.
— Vai colocando de pouquinho.
Sara colocou um pouco e voltou a misturar.
— Ficou menos mole agora. - disse ela.
— Agora já dá pra mexer com a mão. Já temos uma massa.
— Legal! - ela sorriu animada.
Grissom ficou atrás dela e pegou suas mãos para ensinar como mexer a massa, mas de um jeito mais romântico como em Ghost: Do Outro Lado da Vida.
Sara sorriu com isso.
Mexeram um pouco na massa e ouviram batidas na porta.
— Quem será? - Sara o olhou assustada.
Antes dele responder que não sabia, uma voz conhecida o chamou do outro lado da porta.
— Gil!
— É o Jim! - Sara sussurrou. Quando ia se esconder, ouviram:
— Não adianta escondê-la, sei que ela está aí.
Olharam-se assustados.
Gil resolveu se fazer de desentendido.
— Oi Jim! Ela quem?
— Não se faça de besta, Gil. Abra a porta, por favor. Se ninguém está aí, por que não vem logo?
— Só um minuto! - ele gritou. _ Se esconde, amor. Vai. - ele sussurrou e Sara correu pro quarto.
— Gil, eu sei que Sara está aí. Abra logo a porta.
Brass estava se divertindo com aquela situação.
Grissom correu e abriu a porta.
— O que disse? Sara? Está louco, Jim?
— Não. - ele entrou no apartamento. _ Você que está, achando que nasci ontem.
Grissom olhou para os lados e coçou a nuca.
— Cadê ela?
— Ela não está… aqui.
— Sara, se não aparecer, irei te procurar! - Brass disse alto para que ela ouvisse.
Sara fez uma careta de que não tinha como fugir. Se ele tinha certeza que ela estava lá, não iria embora sem vê-la.
“Mas como ele descobriu?”
— Está bem, está bem. - ela apareceu na cozinha com as mãos sujas de massa para cima como se estivesse se rendendo. _ Estou aqui.
Jim abriu um lindo sorriso.
— Como soube, espertinho? - perguntou Grissom.
— Poderia me oferecer uma xícara de café primeiro, querido amigo? - perguntou e desceu as escadas indo até Sara para lhe dar um beijo.
Sara sorriu.
— O que estavam fazendo? - perguntou o curioso.
— Griss estava me ensinando a fazer bolinhos.
— Podem continuar. Enquanto isso, eu conto como descobri. Ah! Gil, meu café é com pouco açúcar, viu?!
Grissom olhou para Sara com uma expressão engraçada que dizia “mas olha só!”, e ela riu.
Enquanto a água esquentava no fogão, Gil e Sara continuavam a mexer na massa.
— Pode começar, capitão. - Sara falou com ele, mas continuou a olhar pra massa.
— Estava passando aqui em frente outro dia e vi vocês dois correndo. Ok, nada demais. Dois amigos dando uma volta juntos é normal, maaas… quando Grissom ia entrar pro apartamento… você o beijou. - fitou Sara sorrindo. Ela corou. _ E isso não foi normal. Pelo menos não pra mim que nunca os vi juntos dessa forma.
Gil e Sara se olharam e não disseram nada.
— Há quanto tempo estão juntos?
— Pouco mais de um ano. - respondeu a morena.
— Há mais de um ano? - ele se surpreendeu e comemorou. _ Deus é pai!
O casal riu.
— Eu vou dizer uma coisa… Eu rezava pra isso acontecer.
— Amor, a água. - Sara o lembrou.
Gil correu pra coar o café.
— Rezava, Jim? - Sara o questionou sem entender.
— Sim. - ele afirmou. _ Levou um tempinho, mas percebi o quanto gostava do Gil, Sara.
Sara olhou para o namorado. Seu olhar dizia o quanto o amava.
Jim sorriu com isso.
— Só não achei que esse cabeça dura ia perceber isso, sabe? Tirar os olhos do microscópio. Que bom que ele tomou jeito, não é, Sara?
— É.- Sara riu e concordou.
— Me acha um cabeça dura? - o supervisor olhou para Sara com uma expressão divertida.
— Completo. - ela sorriu fazendo-o rir balançando a cabeça.
Grissom fez o café de Jim e entregou a ele numa xícara preta.
— Pronto capitão.
— Agradecido.
Sorriram.
— Quer bolinho, Jim? Eu posso fazer mais massa.
— Você? - Gil questionou arqueando uma sobrancelha.
— Nós podemos fazer mais massa. - ela corrigiu sorrindo.
— Olha, não vou disfarçar não. Eu quero.
Os três riram.
Gil fez a outra massa enquanto Sara terminava a primeira.
— Agora é só fazer os formatos, não é, Griss?
— Uhum. Enquanto isso o óleo esquenta.
Com os bolinhos já prontos, colocaram todos no prato com bastante sal por cima. Comeram ali no balcão mesmo.
— Escuta Sara...- começou a capitão. _ Não é da minha conta, mas... Você está morando aqui com ele?
Sara sorriu e assentiu. Estava com um bolinho na boca.
— Eu percebi que esse lugar está mais organizado.
Os três riram.
— Hm...- ela resmungou um pouco antes de engolir o pedaço. _ ... Me surpreendi quando vi que o Griss não é nada organizado.
— Hey! Eu sou organizado. É que eu quase nunca paro em casa e ... eu sou homem. Homem não é tão organizado assim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Nem adianta usar esse argumento, senhor Grissom. - disse o detetive. _ Eu sou homem e sou organizado.
— Oh Jim, de que lado você está?
Os três riram novamente.
— Meu bagunceirinho! - Sara apertou as bochechas de Gil pegando pelo queixo com uma das mãos e deu um beijo.
Grissom sorriu e tocou a ponta do nariz dela com o indicador.
Por um motivo que os dois desconheciam, não estavam sem jeito perto de Brass, mesmo ele tendo os flagrado. Talvez porque no fundo ele já soubesse.
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