Love Story

Relacionamentos I - Sara vs Warrick


E problemas andam surgindo, se já não bastasse o embate entre Sara e Catherine, e o problema de Warrick que Gil nem teve tempo de resolver, seu subordinado havia arranjado mais problemas.

Grissom encontrou Ecklie no corredor que o informou da situação. Gil não o suportava, e para ser franca, ninguém ali o suportava, mas eram obrigados a aturá-lo.

Conrad Ecklie era o chefe do turno diurno e era um homem ganancioso e insuportável. Ele era ótimo em política e fazia o que podia pra, de certa forma, derrubar Grissom que era a elevação do laboratório com sua reputação de entomologista. Era um homem razoavelmente bonito, era alto, calvo, tinha cabelos pretos e olhos verdes.

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Conrad era respeitado por muita gente e era amigo dos superiores, mas estava mais pra puxa saco. Muitos ali tinham medo de se meter com ele, mas Grissom não, e ele deixava isso bem claro todas as vezes que podia. O mesmo aconteceria com Sara. Ele não era de expor sua vida pessoal e pouquíssimos – pra não dizer ninguém – sabiam que ele era divorciado e tinha uma filha chamada Morgan.

— Você está deixando a peteca cair em outras áreas... Administrativamente.

— Eu perdi alguma das suas reuniões?

Ecklie sorriu cinicamente.

— Warrick Brown pediu para um dos meus substituí-lo no tribunal.

— E daí? Algo deve ter surgido. - deu as costas pra ele.

— Eu disse a ele que era uma emergência só que sei de fonte segura que estava jogando.

Grissom parou imediatamente. Como assim jogando? Gil virou-se novamente pra ele.

— No The Mônaco.

— O que?

— Isso mesmo, e em hora de trabalho. Eu não gosto que usem um dos meus pra fazer isso. Se vai derrubar alguém com ele que seja do seu turno, não acha?

Gil ficou decepcionado com o que tinha acabado de ouvir. Mas não acreditava em tudo o que Ecklie falava então precisava checar, e sabia exatamente quem faria aquilo pra ele. Uma linda morena de olhos cor de mel.

Depois dessa conversa que teve com Ecklie no corredor, ele foi até a sala de descanso pegar um café e encontrou Sara falando no telefone enquanto saboreava um copo de suco.

— Oi!

— Oi! - ela respondeu sorrindo. _ Ah não, eu só respondi o Grissom. - ela se explicou no telefone. _ Hey Grissom! Rayle te mandou um beijo.

— Ah, é com ela que você está falando? Manda outro.

— Ele te mandou outro.

Ela notou que Gil queria alguma coisa dela e estava procurando um jeito de dizer.

— Rayle, eu... te ligo depois tabom? ... Ok. Beijo. - desligou o aparelho. _ O que houve?

— Eu preciso que você faça uma checagem no Warrick, mas sem que ele saiba.

— Ah! Warrick, o seu favorito!

— Por isso eu preciso de você. Para Ecklie não me acusar de favoritismo caso Warrick esteja limpo.

— E o que você quer saber?

— Ecklie disse que ele estava jogando no The Mônaco.

— Em horário de trabalho? - ela ficou indignada.

— É.

“Ele não cansa de fazer coisas erradas não? Meu Deus!”

— Você poderia, por favor, ir no cassino checar as fitas de segurança?

— Deixa comigo.

...

Como prometido Sara fez o que Grissom pediu. Levou a fita do The Mônaco para ele em sua sala e disse que Warrick estava mesmo no cassino. Disse que sentia muito por aquilo e Gil agradeceu com o semblante triste. Estava decepcionado com Warrick. Sara também.

No turno seguinte, Gil foi levar os casos para seus subordinados.

— Olá crianças! - Gil tinha esse jeitinho fofo de chamá-los desde que virou supervisor.

— Oi! - apenas Catherine respondeu.

— Sara Sidle, 419.

— Um cadáver! Bônus!

— É, alguém gosta do trabalho! - disse Catherine.

— Nick Stokes, 416, briga no Bellagio. Disse que é uma amiga sua.

— Ex-namorada, Nick? - a ruiva perguntou sorrindo.

— Depende. Ela foi a agressora ou a agredida?

Riram.

— O que você acha? Prefere couro ou seda? - claro que Sara tinha que dizer alguma coisa.

— Ah, eu não vou responder essa não. - Nick disse rindo e indo em direção à porta, mas resolveu responder. _ Seda.

Sara sorriu.

— Catherine, temos um 418. Eu te encontro na garagem, antes tenho que cuidar do Warrick.

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— E o que vai fazer?

— Eu não sei.

“Como assim ele não sabe o que fazer?” - Sara pensou indignada.

Catherine saiu da sala e Sara foi até Gil saber direito dessa história.

— Encaminhei meu relatório.

— E eu li. - involuntariamente, seus olhos desviaram um breve segundo pra boca dela sem que ele percebesse.

Sara revirou os olhos e foi para sua cena de crime.

Gil não entendeu, mas mesmo assim não foi atrás dela pra saber. Foi atrás de Warrick para ele se explicar.

— Como foi no tribunal?

— Eu passei pro cara do diurno, avisei a Sara.

— É, porque você tinha um “assunto pessoal”.

— É.- virou-se pra ele e viu a fita em sua mão. _ O que é isso?

— Você no cassino The Mônaco.

— O que? Eu não acredito, Grissom! Você esteve me espionando?

— Os cassinos filmam todos que passam por suas portas, Warrick, você sabe. Não tínhamos um trato?

— Nós temos.

— O que você faz no seu tempo livre é problema seu. O que faz em horário de trabalho é problema meu.

Warrick se sentou e suspirou. O melhor que tinha a fazer era contar toda a verdade à ele.

Enquanto isso Sara investigava sua cena de crime. Momentos depois, enquanto “furava uma janela”, um certo moreno alto apareceu atrás dela.

— Uou! A janela inteira?

Sara se virou e o encarou nada satisfeita por vê-lo ali.

— O Grissom te reintegrou.

— Algum problema?

— Vou adivinhar: Você se redimiu com o Grissom e os dois se sentem melhor. - alterou-se um pouco. _ Devia estar no tribunal, mas foi apostar? Por uma satisfação barata?

— Hey! Você não tem nada com isso.

Ela o encarou séria e ele resolveu dar uma trégua. Discutir não ajudaria em nada.

— Estamos trabalhando juntos ou não?

— Já estou trabalhando. - lhe deu as costas e voltou o que estava fazendo.

Como Grissom havia colocado Warrick no mesmo caso que ela e, obviamente, ela detestou, então foi procurá-lo. O achou em uma sala do laboratório olhando um microscópio. Ela entrou rápido e sem bater, não que precisasse, mas entrou sem bater.

— Não estava na sua sala. - parou ao lado dele.

— Bom dia também, Srta. Sidle. - continuou olhando no microscópio.

— Ignorar o problema do Warrick não resolve as coisas. Pediu um relatório, mas o desconsiderou.

Ele olhou pra ela.

— Li seu relatório.

“Mesma coisa que nada! Que vontade de bater nele!”

— Acha cômodo pôr em risco a equipe por causa de um viciado?

— Eu vejo o quebra-cabeça. - voltou a olhar o microscópio. _ Você só vê uma peça!

Sara cansou de tentar dialogar racionalmente.

— Tire-o do meu caso!

Queria resolver o caso sozinha, não queria trabalhar com ele.

— Não.

“Não acredito! Arrrg!” - Sara estava furiosa por dentro, e um pouco visivelmente por fora.

— Eu confio nele. - Gil continuou. _ Você confia em mim?

Ela o olhou nada satisfeita e não respondeu.

Acho que nem daria porque Catherine interrompeu chamando Grissom.

— Quero que veja uma coisa.

Ele pegou uma pasta, olhou pra ela por mais um instante e seguiu Catherine.

Sara ficou fula da vida na sala.

— Droga! - bufou. _ Grissom me paga.

Bom, querendo ou não, Sara teria que trabalhar com Warrick, mas se ele pensou que ela seria legal com ele, então havia pensado errado, e muito errado.

...

Depois de interrogar o suspeito, Sara se sentou sobre a mesa da sala.

— Mostrou todas as cartas. É um péssimo jogo.

— Eu estava provocando. Verificaram a situação de Keny, perdeu muito no jogo, uma tonelada de credores. É estranho que você não reconheça um colega de jogo. - ironizou.

Warrick bufou.

— Você nunca esquece, não é?

— É um defeito. - afirmou com cara de poucos amigos, levantou-se e saiu da sala.

Foram até o laboratório olhar os vidros das janelas.

Sara olhava no microscópio enquanto Warrick apenas observava ao lado dela.

— As marcas tem ângulos na mesma direção. Dá uma olhada. - saiu da frente pra ele poder ver.

— Então eu mereço?

— Dá pra olhar essa porcaria?!

Ah, como ela é doce!

...

No fim do turno Sara foi até a recepção e viu um garoto negro de cabelo cacheado sentado lá, parecia que esperava alguém. Ele era bem parecido com Warrick.

— Está perdido?

Ele se levantou.

— Você conhece o Warrick?

— Conheço. Você quer que eu vá chamar ele?

— Ele deve estar trabalhando. Ele trabalha duro. Se puder, fala pra ele que o Jason disse “obrigado”.

— Tabom. Ele sabe o motivo?

Nesse momento Warrick aparece falando com o garoto.

— Hey Jass! Como vai?

— Melhor. Valeu por me livrar. Minha mãe disse que vai pagar você.

— Você vai me pagar baixinho.

O garoto sorriu.

— Só não toque mais alarmes de incêndio, atrai atenção demais pra você.

Sara apenas observava.

— Está treinando aqueles movimentos que te ensinei?

— Ah, estou. Todo dia.

Warrick começou a brincar com ele e Sara sorriu. Agora ela estava entendendo tudo.

— Bom, eu tenho que ir, a minha mãe está me esperando.

— Certo, venha cá. - Warrick abraçou o garoto e aconselhou: _ Peça desculpas à sua mãe, ela precisa confiar em você.

— Tá. Falou Warrick. Eu te vejo na semana?

— Até semana que vem, Jass! - eles se despediram e Jason foi embora.

Sara logo tratou de questioná-lo.

— Você... foi até o cassino pra conseguir o dinheiro da fiança?

— Ele precisava da minha ajuda. Eu não joguei. Você é investigadora, me viu entrar no cassino, você me viu apostando?

— Vai me dizer que não apostou?

— Eu não preciso te dizer nada. - Sara não disse nada e ele continuou. _ Olha...- suspirou. _ Eu fui lá receber uma dívida que tinham comigo. Nós estamos do mesmo lado. Da próxima vez tente conversar comigo ao invés de me espionar pelas costas. - dito isso, Warrick a deixou na recepção e foi embora.

Sara se sentiu tão mal que não sabia o que dizer ou fazer, foi até a sala de descanso tomar um gole de café e pensar no que tinha feito. Havia sido dura com Warrick o caso inteiro, não só nesse como em todos os outros, e o pior, havia o julgado. Pior que isso, havia o julgado errado. No começo até havia sido certo ser dura com ele porque ele fez algo muito errado, mas agora não. Ela tinha sido injusta com ele e precisava pedir desculpas. Foi nesse momento que se deu conta de que era um pouco orgulhosa.

Gil a encontrou perdida em pensamentos encostada na mesa. Ele tinha falado com Warrick a pouco tempo e resolveu conversar com ela também.

— Hey... Você está bem?

— Estou sim. - ela forçou um sorriso.

Grissom entendeu o porquê de ela estar daquele jeito e sentiu-se culpado como ela.

— Se sente culpada pelo que te pedi pra fazer, não é?

Sara suspirou.

— Ele não estava apostando.

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— Eu sei.

— Por que não me disse?

— Foi dura com ele, não foi?

Sara abaixou a cabeça.

— Fui.

— Não se sinta assim. A culpa não foi sua, foi minha.

Sara não reagiu de nenhuma forma então Gil tentou confortá-la, ela precisava.

— Hey, venha cá. - a abraçou fazendo-a apoiar a cabeça de lado em seu ombro, podendo assim sentir o perfume de seus cabelos.

Ah! Como o abraço dele era bom!

— Warrick é uma excelente pessoa, Sara. Assim como você.

Ela levantou a cabeça e o olhou. Ele sorriu de lado e ela retribuiu.

Grissom viu Warrick se aproximando e disse a ela:

— Está aí a sua chance.

Sara olhou pra mesma direção que ele e viu seu colega de trabalho, olhou para Gil novamente e ele acenou a cabeça dizendo assim que a coisa certa a se fazer era fazerem as pazes.

Resolveu deixá-los sozinhos, mas antes de sair deu um beijo na testa dela fazendo-a sentir-se bem com aquele gesto tão doce.

Ao passar por Warrick no corredor, Grissom fez a mesma coisa, acenou a cabeça com o mesmo propósito.

Warrick fez o mesmo e se aproximou da sala de descanso.

— Oi.

— Oi. - ela disse com um sorriso fraco.

— Eu queria te pedir desculpas.

“Ué. Quem deve desculpa sou eu.” - pensou consigo.

— Por que?

— Fui grosso com você. Eu não costumo ser assim com as pessoas. É que você me disse coisas que...- ela o interrompeu.

— Eu sei. Fui injusta com você e te julguei mal. Não precisa pedir desculpas, quem deve desculpas sou eu. Eu mereci ouvir aquilo tudo.

— Foi mal.

— Foi mal também.

— Você fala da Catherine, mas você que é chata. - sorriu.

— Vai por mim, não sou mais chata que ela. - retribuiu o sorriso.

— Bom, então eu suponho que não vá me bater se eu te der um abraço, não é? - riu.

— Não. - riu também.

Trocaram um abraço curto e se separaram.

— Então vamos começar do zero? - estendeu a mão pra ela.

— Fechado. - ela segurou e apertaram as mãos.

Warrick sorriu. Lembrou da conversa que teve com Gil:

— E aí? Como foi com a Sara?

— Sua amiga é osso duro de roer.

Grissom sorriu.

— Ela é legal, Warrick.

— Só se for com você.

— Vai adorá-la quando conhecê-la melhor. Ela é uma grande amiga e cuida bem de quem ela gosta.

De fato.