Jinx

Never out loud


Os dois estavam deitados na relva dos jardins da escola, olhando para o céu. Bem, Lily estava olhando para o céu, procurando nuvens que tivessem formatos que fizessem sentido. James estava olhando para Lily.

Para os fios de cabelo acaju que se rebelavam e fugiam com o vento, batendo em seu rosto alvo. Para seu nariz, levemente arrebitado, que se enrugava sempre que ela se concentrava em algo. Para seus lábios cheios e rosados, quase brancos. Para seus olhos. Impossíveis de descrever.

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Eles estavam saindo há alguns meses. A guerra estava ficando pior e todos temiam pelo mundo, mas quando James estava ao lado dela, era como se tudo desaparecesse. Ele sentia como se tivesse sido transportado para um desenho animado; completamente apaixonado, arco e flecha do cupido, passarinhos azuis ao redor de sua cabeça e toda aquela história. Toda vez que olhava para ela era como se ele estivesse voando alto como um balão, sem nenhuma vontade de descer.

Ele queria que as coisas com Lily fossem devagar, mas, ao mesmo tempo, eles não tinham tempo. Ele só queria mantê-la por perto para sempre, mas sentia como se qualquer coisa pudesse arrancá-la dele. Ele apertou a mão dela com mais força e ela virou o rosto para ele, sorrindo.

— No que você está pensando?

Em você. No quanto você é linda. No futuro. Em um futuro com você. Uma vida inteira ao seu lado.

— Não posso dizer. — James respondeu, baixinho.

Como o desejo que você faz ao soprar as velas de um bolo de aniversário ou ao ver uma estrela cadente; nunca diga em voz alta ou ele não irá se realizar.

— Por quê? — Ela perguntou, franzindo a testa.

— Não quero trazer má sorte. — Ele sorriu abertamente, sorrisos que só ela conseguia arrancar.

— Você realmente acredita nisso tudo de sorte e azar? — A ruiva riu abertamente.

— Não. — Olhos fechados sempre que o relógio apontava 11:11. Dedos cruzados quando ela o beijava. Batendo em madeira sempre que ele sentia falta dela. Ele agia como um adolescente idiota sempre que estava ao lado dela. — Mas não posso arriscar nada com você.

— Por que você está sussurrando? — Ela balançou a cabeça levemente, notando o quão baixo o rapaz falava.

— Bem… — Ele suspirou, admirando-a mais uma vez. — Eu quero gritar. Pra o mundo inteiro, com toda a força que eu posso, pra todo mundo escutar... como você é importante e única e o quanto eu te amo. — Tudo aos sussurros. — Mas eu estou sussurrando porque... eu não quero trazer má sorte.

Ela o beijou. Ternamente. Lentamente. Levemente. Ele a queria para sempre.

Como um pedido que se faz ao soprar um dente de leão. Nunca diga em voz alta ou ele não irá se realizar.

Tarde demais.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.