— Minha cabeça está doendo – Will foi dizendo assim que Nico abriu a porta do chalé de Hades para ver quem batia.

Seu namorado estava mesmo com uma cara péssima, manchas escuras pouco comuns debaixo dos olhos cansados.

Nico imediatamente abriu espaço para ele entrar.

— Austin? – Ele perguntou. Não era a primeira vez que Will reclamava do som dos ensaios de saxofone do irmão que o impediam de descansar depois de um turno cansativo na enfermaria.

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— Parece que todos eles resolveram se juntar para fazer barulho hoje...

Will se dirigiu à cama de Nico, onde foi se acomodando com toda a familiaridade que possuía.

Nico foi para o lado dele.

— Você é muito mole com seus irmãos.

Will soltou uma espécie de grunhido abafado, o rosto enterrado no travesseiro.

— Eles não fazem por mal... Acho que esse é o defeito fatal dos filhos de Apolo... Ter dificuldade de levar em conta as necessidades dos outros.

— Você não é assim.

— Eu sou especial – Will virou o rosto de lado no travesseiro para encará-lo com um sorriso convencido.

— Esqueça - Nico revirou os olhos.

Will deu uma risadinha, mas a expressão em seu rosto acabou se transformando numa careta. Ele apertou a têmpora com um gemido.

— Você já tomou algum remédio? – Nico perguntou.

Will assentiu levemente.

— Tem... alguma coisa que eu possa fazer para ajudar?

Will lhe lançou um olhar agradecido antes de atirar um braço ao seu redor, apoiando a cabeça na altura do ombro do namorado.

— Isso serve – ele murmurou com um suspiro satisfeito.

Nico também se sentia satisfeito com o calor da proximidade de Will. Passou a acariciar os cabelos dele lentamente, o que fazia o loiro se aninhar mais para junto dele. Pouco depois, Will voltou-se para ele com um sorriso esperançoso:

— Talvez... Um beijo para a dor passar mais rápido?