Scorpius Malfoy e a Pedra da Ressurreição
Prova de amor
Os exames finais dos NOMs foram pouco antes do fim do ano letivo. Alvo e Scorpius conseguiram se sair bem em todos, mas o último, o de Defesa Contra as Artes das Trevas, estava causando mais preocupação entre os alunos.
— Eu ainda não consegui conjurar um Patrono, Alvo, não sei o que será de mim!
— Você consegue. Olha quanta coisa boa aconteceu com a gente nesse ano! De lembranças felizes você está cheio.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!As palavras de Alvo não fizeram muito efeito em Scorpius, mas o loiro ficou contente em saber que ele e o amigo iriam ser testados juntos. Os alunos se enfileiraram e começaram a tentar executar o feitiço.
— Expecto Patronum!
Alvo conseguiu fazer o feitiço primeiro, e uma corça prateada surgiu de sua varinha. Rony aplaudiu e Alvo sorriu para o tio. Gutemberg Nott e Scorpius Malfoy estavam tendo mais dificuldade, mas Nott conseguiu fazer um coelho sair de sua varinha, arrancando mais aplausos de Rony.
— Muito bem, rapazes! Malfoy, só mais dez minutos.
Scorpius se concentrou. Pensou em Rose, no dia em que ela lhe beijou na bochecha antes dela e Alvo irem à diretoria entregar Órion Black, fechou os olhos, franziu o rosto e disse novamente as palavras mágicas. Sentiu sua mão tremer e um calor emanar da varinha. Ao abrir os olhos, deparou-se com uma doninha prateada correndo pela sala. Alvo aplaudia eufórico, Nott mantinha os braços cruzados, indiferente. Rony deu um sorrisinho sarcástico e o parabenizou.
Scorpius saiu da sala suando frio. Precisou beber água, pois tinha feito muito esforço para realizar o Feitiço do Patrono. Encontraram os outros colegas, que conversavam alegremente sobre o exame, embora alguns não estivessem lá muito contentes, como Órion Black, que estourou o tempo e não conseguiu conjurar o Patrono. Recuperado, Scorpius interagia com os colegas que já estavam lá e com os que vinham chegando. Rose foi a última a sair. Estava acompanhada de Rony, mais sério do que o costume. Alvo ficou preocupado e foi até eles.
— Então, tio? Rose conseguiu?
— Sim, óbvio que eu conseguiria. Só não entendi a reação do papai, era pra ele estar contente.
Rony se mantinha sério. Fitava Scorpius, que ficou intrigado e se juntou a eles.
— E foi corpóreo? Como é?
— Claro que é corpóreo! Uma doninha, e o seu?
— Engraçado, seu Patrono é o mesmo que o de...
Os olhares deles se voltaram para Scorpius, que estava feliz como nunca. Ele e Rose tinham o mesmo Patrono. Se isso não era um sinal de que eles se amavam, então ele já não sabia de mais nada.
No dia do embarque, Alvo e Scorpius se sentaram com Hugo, Louis e Mateus. Os sonserinos ainda comemoravam a vitória na disputa pela Taça das Casas, acabando com um jejum de dez anos. Hugo contava mais uma de suas histórias longas e intermináveis quando foram interrompidos pelos dois.
— Estava falando de que mesmo, primo?
— Ah, sim, Al, estava contando ao nosso camarada Mateus sobre como eu descobri que sua adorável irmã Lílian está apaixonada por ele.
Alvo ficou de queixo caído. Scorpius segurou o amigo, temendo que ele batesse em Mateus, mas Alvo não teve nenhuma reação.
— Continua – dizia Mateus, ansioso.
— Então, eu estava dizendo que ouvi Lili confidenciar a uma colega, se eu não me engano, era Isadora Wood, sobre sua paixão pelo Nogueira. Ela dizia “ai, mas ele é tão bonitinho, será que ele reparou em mim?” – falava Hugo, imitando Lílian. Mateus sorria sem graça e Louis perguntava, ansioso:
— Mas e Isadora? Falou se gostava de alguém?
— Pra que você quer saber? – retrucou Hugo.
— Vai ver ele tá gostando dela – falou Scorpius.
Os rapazes caíram na gargalhada, menos Louis, que estava morrendo de vergonha, e Alvo, que continuou sério. Mateus ficou com medo e atalhou:
— Olha, Alvo, eu seria incapaz de magoar sua irmã ou fazer algo que ela não queira.
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Rose juntou-se a eles, trazendo Lílian pela mão. Ela e Mateus se olharam e deram risada. Hugo continuou:
— Quero ser o padrinho desse casamento!
Os garotos urraram, e o vagão quase veio abaixo. Rose sentou-se ao lado de Scorpius, que sentiu um frio na barriga. Pensava: “Devo fazer o convite agora ou espero mais um pouco?”. Antes que ele abrisse a boca, Rose falou.
— Eu aceito.
— O quê?
— Sair com você.
— Mas eu nem disse nada.
— Não precisou falar, já saquei que era isso o que você iria pedir. Ah, já sei. Não quer mais sair comigo, né?
— N-Não, eu quero, só precisamos combinar o dia, falar com seus pais...
— Pode deixar que com eles eu me entendo.
— Pessoal, não sei se vocês sabem – disse Louis, retirando um envelope do bolso – mas hoje de manhã recebi uma coruja de minha mãe e ela disse que Vic está grávida!
Todos parabenizaram Louis e o encheram de perguntas.
— Quantos meses? – questionou Mateus.
— Já sabe se vai ser menino ou menina?
— Vai ver são gêmeos, Lili.
— Não sabem ainda. Mamãe disse que eles vão deixar pra saber quando a criança nascer. Vocês sabem como Vic e Teddy são.
— Puxa, que legal! Vovó vai ganhar um bisneto!
— Ou bisneta, né, maninho? – interveio Rose.
Os jovens conversavam enquanto devoraram os doces. Scorpius vibrava ao pegar um sapo de chocolate com a figurinha de Harry Potter.
— Finalmente! Acho que já tenho a coleção de ouro completa. Só deve estar faltando...
— A minha figurinha? – perguntou Rony, acompanhado de James. Scorpius arregalou os olhos de surpresa ao olhar para o professor e agora sogro.
— Eu disse que eles estavam aqui, tio! Relaxe.
— É pai – complementou Rose – Está tudo bem.
Rony encarou Scorpius novamente antes de sair.
— Qualquer coisa, estou no último vagão.
— Papai tá bravo... – observou Hugo.
— Sem necessidade. Desde o dia dos NOMs ele está assim. Devia estar contente por eu ter conseguido um Excede Expectativas na matéria dele – Rose piscou para Scorpius, que ficou vermelho. Alvo percebeu tudo, sorriu e disse:
— Acho que temos outro casal aqui neste vagão, não é, Hugo?
Foi a vez de Hugo ficar sério, enquanto os outros urravam. Alvo bagunçou o cabelo do primo, que passou o resto da viagem vigiando a irmã e Scorpius enquanto lia Animais Fantásticos e Onde Habitam. Os outros jogavam Snap explosivo até desembarcarem na Plataforma 9 ¾. Alvo viu imediatamente os pais conversando com Draco Malfoy. Os garotos desceram, Alvo correu para abraçar os pais e Harry e Gina cumprimentaram James, que concluiu os estudos em Hogwarts com notas mais do que suficientes para ser um auror como o pai fora. Harry perguntou ao filho mais velho:
— E então, Jay, já decidiu o que vai fazer da vida?
— Acho que vou dar um tempo primeiro. Sair por aí, conhecer outros lugares, até decidir o que eu quero.
— Já sabe da novidade, pai?
— Claro, Al! Até iríamos te contar, achei que você não soubesse.
— Do que estão falando, pai?
— Vic está grávida, James! – respondeu Gina.
James comemorou com os pais e os irmãos, enquanto Gina dava mais detalhes da notícia. Draco se afastou dos Potter pra ir atrás do filho, que estava conversando com Rose Weasley.
— Eu vou lhe mandar corujas sempre que puder!
— Farei o mesmo. Se quiser passar uns tempos na Toca, está convidado!
— Obrigado. Estarei lá.
Scorpius foi dar um beijo no rosto de Rose, que acabou pegando nos lábios. Ela o abraçou e os dois trocaram beijos por um bom tempo.
— Tenho que ir, meu pai deve estar esperando!
— O meu também! Você conhece a figura, não é? Até mais, Scorpius.
— Até logo, Rose!
Scorpius não conseguia disfarçar a alegria que estava sentindo. Um sorriso largo estampava o seu rosto. E ele apertava o bolso do casaco, com o vidrinho da Felix Felicis totalmente vazio.
***FIM***
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