Perdoe-me, por favor

Capítulo 9 – Encontro com Sans?


A garota caminhava lentamente por um caminho que levava até uma área escura do subterrâneo. Lá, encontrou um monstrinho amarelado que lembrava um dinossauro. Ele não tinha braços nem mãos e usava uma camisa listrada de laranja e amarelo. Porém, ele pareceu não ter notado ela, pois continuou olhando para o nada.

Mais pra frente um pouco avistou Sans em um de seus postos de vigia. Pensou em parar para conversar com ele, mas lembrou-se que o esqueleto a respondia com patada atrás de patada. Não estava a fim de brigar com ele hoje, então resolveu seguir em frente, até ouvi-lo chamar.

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— Vai me ignorar hoje criança? – Sans questionou irônico.

— Não estou a fim de brigar com você Sans... Só isso. – Frisk respondeu, parando de andar. Porém, ainda estava de costas para o mais velho.

— Também não quero brigar com você... Está a fim de ir ao Grillby’s comigo? – Sans a convidou.

— C-como é que é? – Frisk perguntou assustada, se virando rapidamente.

— Olha criança, não me faça repetir a pergunta de novo... – O esqueleto disse, com uma gota enorme caindo de sua testa.

— Só penso que foi repentino demais. Não está desconfiado de mim? – A garota questionou cruzando os braços.

— Estou. Mas isso é só um agradecimento por ter poupado meu irmão. Apesar de ter achado a luta meio estranha. – Sans respondeu dando de ombros.

— Ok... Eu aceito. – A garota por fim respondeu, indo até o mais velho.

— Ótimo! Vamos, eu conheço um atalho! – O esqueleto exclamou satisfeito com a resposta.

Ambos seguiram para o atalho que o esqueleto indicou, parando instantaneamente no Grillby’s. Isso deixou a garota confusa e com um pouco de tontura. Que raio de atalho era aquele? Seguiu o mais velho até o balcão do bar e sentou-se em um dos banquinhos que tinha em frente, escutando um barulho alto e constrangedor. Logo se levantou de susto e com a face corada.

— Hey, tome cuidado. Alguns engraçadinhos colocam almofadas de pum nos acentos do bar. – Sans falou, alertando a menina tarde demais.

— E-e só agora você me fala isso? – A garota questiona, com as bochechas ainda coradas.

— Oras, não precisa ter vergonha. Sei que não foi você quem soltou. Vamos, sente-se e fique tranquila. – O esqueleto falou, tentando tranquilizar a garota.

— O-ok... – Frisk respondeu, sentando-se ao lado de Sans novamente.

— O que você vai querer? – Sans perguntou com seu sorriso rotineiro.

— Ahn... – Frisk estava indecisa. Ficou mais ainda quando olhou para Sans, que parecia estar sorrindo de verdade para ela hoje. Pensando nisso, acabou corando mais ainda.

— Para de enrolar e pelo menos responde! – Chara se pronunciou enojada com os pensamentos de Frisk.

— Vou querer batatas fritas! – Frisk exclamou rapidamente, ficando tensa com a aparição repentina de Chara em sua mente.

— Tudo bem... Vou querer o mesmo. Hey Grillby! Duas porções de batatas fritas, por favor! – O esqueleto exclamou para o homem fogo atrás do balcão.

— ... – O homem nada disse. Somente assentiu e foi em direção a uma porta.

Enquanto aguardavam as porções os dois ficaram em silêncio. Aquilo estava se tornando incômodo para Frisk. O que iria falar? Não tinha nada, nenhum assunto para tratar com o esqueleto naquele momento. Só sentia a pressão do ar ficar cada vez mais densa sobre si. Isso estava a matando. Chara pareceu notar isso, já que começou a falar no instante seguinte.

— Hey, não precisa ficar desse jeito. O esqueleto comediante está agindo normalmente com você. Não tem o porquê de se preocupar. – Chara falou, descansando sua cabeça em suas mãos.

— O quê? Deu para ser boazinha agora? – Frisk questionou em sua mente, desconfiada.

— Só estou entediada. Não estamos fazendo progresso nenhum. Se eu estivesse no controle, já teríamos matado o irmão dele e estaríamos prestes a lutar contra Undyne. – Chara disse entediada.

— Sabia. Já disse que não vou deixar você fazer o que bem entender! – A garota respondeu irritada.

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— Eu sei. Mas isso não quer dizer que eu não tentarei tomar o controle novamente. – Chara respondeu indiferente.

— Olha, se você abriu a boca pra me atormentar, pode ir parando! – Frisk exclamou irritada.

— É melhor segurar esses seus nervos. Seu namoradinho já está olhando estranho pra você. – Chara falou em uma tentativa de irritar mais ainda Frisk.

— E-ele não é meu namorado! – Frisk exclamou constrangida.

— Hey criança, está tudo bem? – Sans questionou, ao ver Frisk corada e brava.

— Eu não sou criança! – Frisk exclamou ainda irritada.

— Oh... Ahn... – Sans não sabia como reagir.

— Desculpe-me... Eu só estou um pouco cansada... – Frisk responde massageando sua testa.

— Cansada...? Não dormiu bem a noite de novo? – Sans questionou preocupado.

— Não precisa se preocupar. Eu dormi bem... Mas é que... Uma coisa não sai da minha cabeça... – A garota falou pensativa.

— E o que seria? – O esqueleto perguntou curioso.

— Durante o encontro que tive com seu irmão, senti que toda a hora alguém nos observava. – Frisk comentou.

— Ahn... Deve ter sido somente a sua imaginação. – O mais velho falou. Ele estava agindo estranho, estava suando.

— Deve ser mesmo... – Frisk falou desconfiada, olhando a atitude do esqueleto.

— Olha, nossos pedidos chegaram! – Sans comentou aliviado, vendo Grillby se aproximar com duas tigelas cheias de batatas fritas.

— Que bom, já estava com fome! – Frisk comentou.

— Mas você não comeu o espaguete do meu irmão? – Sans questionou e, logo em seguida, tapou a boca rapidamente.

— Eu sabia! Você estava espionando a gente! – A garota falou vitoriosa.

— Claro, preciso ficar de olho no meu irmão... – O esqueleto falou, escondendo o rosto com sua jaqueta. Queria esconder o azulado que seu rosto tinha ganhado.

— Ok... Mas não se preocupe... Não irei matá-lo... Não irei matar mais ninguém... – A garota sussurrou perto do mais velho e sorriu.

— Tá... Por hora, irei acreditar em você... – Sans falou, ainda se escondendo.

— Tudo bem! Isso me deixa feliz! Então... Vamos comer? – Frisk perguntou sorrindo mais ainda.

— Vamos... – Sans respondeu.

— A batata está uma delícia! – A garota exclamou, comendo a sua porção.

— ... – Grillby nada falou, somente sorriu de volta como agradecimento.

— Hey, quer ketchup? – O esqueleto perguntou, tirando um vidro de ketchup da jaqueta.

— Não obrigada, irei dispensar...! – A garota falou.

— Ok então! – O mais velho exclamou, bebendo o conteúdo do vidro.

— Você bebe ketchup? – A garota questionou assustada.

— Sim, eles têm gosto bom! – Sans respondeu sorridente.

— Entendo...! – Frisk falou, com uma gota caindo de sua testa.

— Hey, mudando de assunto... Você já ouviu falar sobre a flor ecoante? – Sans perguntou seriamente.

— N-não... – A garota respondeu temerosa.

— Essa flor existe em vários cantos de Waterfall. Você já deve ter visto ela enquanto matava os monstros na outra rota. Porém, elas repetem tudo o que outras pessoas falam perto dela. – O esqueleto falou, fechando seus olhos.

— O-onde quer chegar com isso? – Frisk perguntou apreensiva.

— Então, creio que alguém esteja usando essas flores para pregar uma peça em meu irmão, porque vez ou outra uma flor aparece e fala com ele. Incentiva, elogia, dá opinião, aconselha... – Sans falou seriamente.

— Flowey. – Chara ecoou na mente de Frisk.

— Flowey está fazendo isso? – Frisk questionou Chara em sua mente.

— Sim. Ele está falando de uma flor só. E ela aparece de vez em quando. Quem você acha que pode ser? – Chara questionou indiferente.

— Tem razão... – Frisk concordou.

— Então, tenha cuidado com o que ouve dessas flores, ok criança? – O mais velho falou, virando-se para ela.

— P-pode deixar! – Frisk exclamou alarmada.

— Não precisa se preocupar. É só tomar cuidado e tudo ficará bem. Como eu disse, eu estarei de órbita aberta por você. – Sans disse, piscando um dos olhos.

— S-sim...! – A garota corou um pouco com a última fala do esqueleto.

— Bom, vou indo. Preciso voltar ao trabalho! Até mais criança! E Grillby, bota na minha conta a minha porção e a dela, ok? – Sans falou, virando de costas e saindo do estabelecimento.

— Oh, que cavalheiro. – Chara comentou irônica.

— Cala a boca Chara, vamos embora logo. – Frisk respondeu.

— Ok, ok! Finalmente vamos fazer progresso! – Chara falou animada.

— Obrigada Grillby! Até a próxima! – Frisk exclamou sorridente e acenando, saindo do estabelecimento também.