Perdoe-me, por favor
Capítulo 11 – Fugindo de Undyne
Frisk ficou alerta. Olhou para a escuridão e ali viu ela. A cavaleira empunhava outra lança mágica e estava mirando a garota indefesa. A morena não teve alternativa se não sair correndo e desviando de todos os ataques que lhes eram desferidos.
Ao longe, pode ouvir a guerreira conversar com ela, dizendo coisas como “Você não vai escapar!” ou então “Eu vou acabar com você aqui e agora!”. Isso deixava a menina mais assustada ainda. Mais do que nunca, desejava que Sans estivesse ali para acabar com aquela perseguição maluca.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Fique calma. Essa perseguição irá terminar logo, logo. – Chara se pronunciou, assustando a menina, que levou uma lança no braço.
— Ai! Como você tem tanta certeza disso? Ela não para de me perseguir! – Frisk exclamou desesperada.
— Só faça o que eu digo. Entre no meio daquele matagal logo ali na frente. – Chara disse seriamente.
— E por que eu deveria confiar em você? – A garota questionou duvidosa.
— Porque nenhuma de nós duas quer que você morra agora, não é mesmo? – Chara respondeu cruzando os braços.
— Tem razão. Eu sou importante pra você concluir o seu plano, não é? – Frisk falou com raiva.
— Boa garota. Agora que sabe, corra para o matagal! – Chara falou em tom de ordem, vendo a guerreira se aproximar cada vez mais.
— Calma, já estou indo pra lá! – Frisk disse, entrando no denso matagal.
A guerreira entrou logo atrás e começou a caçar Frisk no meio daquele monte de mato. Andou um pouco até esbarrar em algo. Então, com toda a sua fúria, agarrou o que quer que fosse com a mão direita. Quando ergueu na altura que pode enxergar, viu que era apenas um monstrinho amarelado que não parava de sorrir.
— Que droga, perdi a humana de vista... – Undyne reclamou baixinho e com raiva, soltando o pequeno monstro no chão vagarosamente para não machucá-lo. Depois de largá-lo, virou-se de costas e foi embora pisando duro.
— Você viu? Você viu? Undyne me... Tocou! Não vou lavar o rosto nunca mais! – O monstrinho falou alegremente enquanto saia do matagal junto de Frisk.
— Que bom pra você, meu amigo...! – Frisk falou, com um pouco de medo ainda.
— Não se preocupe, vamos encontrá-la de novo! Se você estivesse um pouquinho mais pra esquerda... Ela teria te pegado! – O amarelado falou animado.
— Não gosto nem de pensar nisso... – A garota falou, sentindo um arrepio subir sua espinha.
— Vamos em frente! Não temos tempo a perder! Temos que correr se quisermos encontrá-la novamente! – O monstrinho falou e saiu correndo, dando de cara com o chão de novo.
— Está tudo bem? – Frisk perguntou, ajudando-o a se levantar.
— Está sim, não se preocupe! Te encontro mais tarde amiga! – O amarelado falou e voltou a correr.
— Que cara engraçado... Sabe que cai todas as vezes que sai correndo, mas mesmo assim insiste em correr... – Chara comentou, olhando o monstrinho se distanciar cada vez mais.
— Ficou preocupada com ele também Chara? – Frisk zombou cruzando os braços.
— Claro que não. Isso é perda de tempo. Se eu estivesse no controle, ele não tropeçaria nunca mais. – Chara respondeu com a voz distorcida.
— Ok vai... Vamos seguir em frente... – Frisk respondeu um pouco triste.
— Espera... Seu celular está tocando. – Chara disse.
— Tem razão... Alô? – Frisk atendeu o celular.
— Humana! Está tudo bem? – Uma voz estridente do outro da linha questionou em tom preocupado.
— Papyrus? Estou bem sim...! – Frisk respondeu. Estava feliz pela preocupação do maior consigo.
— Que bom! Porque eu falei para minha amiga que você não estava usando um Tutu Velho! Odiei mentir para ela... Mas, tudo por um amigo, não é? – Papyrus falou um pouco desanimado pelo telefone.
— Eu não acredito que ele mentiu pra Undyne! Por isso ela estava nos caçando! – Chara falou irritada.
— Oh... Você mentiu para me proteger...? – Frisk perguntou arrependida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Sim... Mas não faz mal, não é? O importante é a sua segurança! – Papyrus exclamou um pouco mais alegre do outro lado da linha.
— Muito obrigada Paps...! – Frisk agradeceu, com algumas lágrimas caindo de seu rosto.
— Bom, vou desligar. Preciso cozinhar pro meu irmão preguiça! Até mais humana! – Papyrus se despediu.
— Até mais Paps... – A garota se despediu também e desligou o celular.
— Por que está tão triste? – Chara questionou indiferente.
— Ele acredita mesmo em mim... Não posso mais dar esse vacilo com ele... – Frisk falou enxugando as lágrimas.
— Oras, foi só uma mentira pra salvar a sua pele. Não foi nada de mais. – Chara falou enquanto flutuava e repousava sua cabeça em suas mãos.
— Mas não salvou minha pele! Estamos sendo perseguidas ainda! – Frisk respondeu irritada.
— Bom, isso não estava nos planos mesmo... Quem diria que aquele esqueleto iria mentir tão bem? Agora não importa. Vamos seguir em frente. – Chara disse indiferente.
— Ok, antes que eu fique mais brava ainda. – Frisk falou e começou a caminhar.
Depois de andarem mais um pouco, Frisk resolveu sentar-se na beira do rio que corria por Waterfall. Aquele lugar, mesmo sendo escuro, lhe trazia uma calma que era difícil de explicar. Mesmo com Chara em seu ouvido o tempo todo, a garota conseguia manter a calma e relaxar um pouco.
Foi então que resolveu deitar-se um pouco na escura grama daquele lugar. Lá era refrescante e calmo. Quase adormeceu, se não fosse Chara lhe chamando a atenção para ficar atenta.
— Hey Frisk. Fique atenta. Tem alguém nos observando. – Chara falou em estado de alerta.
— Não tem ninguém aqui Chara... Fica de boa aí, relaxa... – Frisk falou em tom sonolento.
— Isso é sério sua songa! Não podemos baixar a guarda num lugar como este! – Chara falou rispidamente.
— Estou cansada Chara, preciso descansar um pouco! – Frisk reclamou se levantando e olhando ao redor.
— Depois você descansar. Precisamos encontrar um lugar seguro antes. – Chara falou alerta.
— Ok, ok... – Frisk concordou seguindo caminho.
A garota andou por um tempo até chegar em um local que parecia mais uma ponte com caminhos irregulares. Chara começou a ficar inquieta na mente de Frisk. O ar começou a ficar denso de novo. Undyne estava por perto. A garota começou seu caminho pela ponte, até ser cercada por luzes brilhantes e azuis no chão. De repente, dessas luzes, surgiram lanças que quase a acertaram.
Desesperada, começou a procurar por um caminho que pudesse seguir por aquele labirinto que era a ponte, enquanto desviava das lanças no chão. Chara a guiava pelo caminho, pois conhecia aquele lugar como a palma de sua mão.
Undyne as seguia fervorosamente. Não iria perder dessa vez. Iria conseguir a alma humana custe o que custasse.
Foi então que Frisk conseguiu despistar a guerreira. Chegou a um ponto sem saída da ponte. Teria que retornar o caminho. Foi caminhando tranquilamente, pensando ter despistado a mulher, mas ela apareceu logo em seguida enfiando várias lanças na parte da ponte que separava ela de Frisk, fazendo a garota cair de uma altura razoável.
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