you’re alive

Depois da guerra, tudo ainda estava instável e um ar estranho e surreal pairava na atmosfera. As memórias de Harry daquela primeira semana eram confusas e bagunçadas, mas ele nunca iria se esquecer de quando ele conseguiu falar com Ginny de verdade pela primeira vez.

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Os Weasley, junto com Harry e Hermione, foram para o Largo Grimmauld — não suportariam voltar para A Toca agora, não sem Fred, e precisavam de tempo para processar tudo que estava acontecendo. Naquela primeira noite, ainda em suas vestes sujas de sangue, poeira e fuligem, Harry ficou parado no meio de um dos corredores da casa — da sua casa.

Ginny tinha chegado mais cedo, e a imagem dela naquele momento ficaria para sempre presa em sua mente: ela usava calças velhas e uma blusa sem mangas, e seu cabelo ruivo e sujo estava preso no topo de sua cabeça com sua varinha. Seu olhar estava exausto e vazio, mas mesmo assim brilhava ao vê-lo. Harry se encostou na balaustrada atrás de si e a encarou. Sentia tanta falta dela.

— Oi. — Ele murmurou com um sorriso fraco.

Ginny ficou em silêncio por um tempo, mantendo sua distância, e o coração de Harry ameaçava parar a qualquer instante.

— Você tá aqui. — Ela sussurrou, dando um passo em direção a ele. Harry assentiu. — Você tá vivo. — Ele assentiu de novo.

Ginny respirou fundo, abaixou suas defesas e abraçou ele com força, sem se importar com mais nada. Ele estava ali, vivo, com ela, e isso era tudo o que importava.