Kisses and Guns

Pra gostar do meu corpo nu, tem que amar minha alma nua.


Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. Uma droga pode ser algo simples como um remédio, ou algo tão poderoso como uma dose de heroína, é aquilo que quando você experimenta te induz a uma experiência única. Pode te curar de algo, ou fazer de você um dependente. A questão com as drogas, aquelas que por escolha ou não são colocadas em seu sistema, tem o intuito de fazer você se sentir bem, inibe uma dor física, ou alguma dor emocional. E as dores emocionais, ah, essas são as piores. Quando seu coração está apertado ao ponto do sufocamento e o peso em suas costas é demais para carregar, você busca uma saída. Um meio de não sentir. E é isso que as drogas fazem. Por um momento. Você pode fazer um rasgo no tempo. O tempo pode não existir. O tempo não é nada e por um momento você sente que o venceu. A gravidade é uma piada e você pode até mesmo viajar para outra dimensão. Por que por um momento o peso de ser quem você é nâo existe. Por que se você tivesse que dizer quem você é, você nâo saberia. E a única coisa que importa, ou na verdade, nada importa mais a nâo ser o alivio. É como se todo seu corpo suspirasse. Como se cada terminação nervosa sua tomasse um folego de alivio.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Meu corpo se sente exatamente assim, quando Dante me pressiona na porta do quarto e desce seus lábios sobre os meus antes que eu possa protestar. Por que as vezes, alguém tem o mesmo efeito sobre nós que uma droga. Alivia, mas em algum ponto sem volta, você está viciado.

A língua de Dante desliza na minha e suas mãos seguram meu rosto com força. Ele talvez tenha medo que eu fuja e talvez eu tenha medo também de fugir de deixar ele outra vez. O gosto dele é o mesmo. O borboun em sua língua me faz gemer. Ele me pressiona na porta com mais força e eu estremeço. Eu sonhei com isso por meses. É tão bom que eu quero chorar. Deus! Eu amo esse homem. Certo ou errado. Eu o amo.

Minhas veias esquentam, inflamam quando seu aperto aumenta e seu beijo quase pune minha boca. Seu corpo maciço está colado ao meu e eu sinto a minha pele formigar ligeiramente. Oh Deus! Não!

Empurro ele com as duas mãos. Ele se meche apenas um centímetro. O suficiente para eu fechar o punho sem pensar e conectar com seu queixo. A dor irradia na minha mão imediatamente. Seu rosto vira com o impacto. Mas eu jogo meu cotovelo para trás e trago meu punho para frente outra vez, mas dessa vez Dante segura meu punho em sua mão tão rápido que mal tinha visto ele se mexer. E quando ele olha para mim ele sorri, aquele sorriso que deveria significar a morte de alguém, e esse alguém deveria sentir medo, no canto desse sorriso uma pequena gota de sangue escorre.

Eu não tenho medo. Tudo que eu sinto é esse calor viajando pelo meu corpo e se concentrando no meio. A vontade de morder meus lábios e gemer. Mas eu não faço.

— Você testa até o ultimo dos meus limites Cookie. – ele diz com a voz rouca. - Eu puxo minha perna para trás e chuto sua canela. Nem posso dizer se ele sentiu algo, por que seu rosto está inexpressivo. – Não brinque com fogo se você tem medo de se queimar. – Ele diz calmamente. Mas ele não está calmo quando me puxa, ele não está calmo quando me guia firmemente até a cama e com apenas um impulso me joga nela. Meu corpo todo estremece quando quico no colchão. – Sabe Alexandra? Eu não sou um homem bom. Pelo contrario. Eu matei. Roubei. Dormi com mulheres casadas. Eu menti. Até para mim mesmo. Eu sou o bicho papão dos pesadelos das crianças Alexandra. O diabo que persegue os homens feitos. E vamos deixar algo esclarecido aqui e agora. Eu honro cada promessa que eu faço. Eu não mandei matar você, nem sei quem são os homens que quase conseguiram. Eu prometi um tiro limpo, uma morte rápida e se fosse preciso era isso que eu te daria. – eu rio. Gargalho como louca.

— Se isso já esclarecido. Siga seu caminho Dante! – grito para ele.

— Meu pai era uma pessoa muito cruel. – Ele diz quando calmamente se livra de seu casaco. A uma camisa em baixo. Que ele rapidamente se livra, toda sua pele bronzeada e esculpida está exposta. Meu corpo responde como sempre. Meus seios pesam e meu centro fica molhado. – Ele gostava de ter o controle de tudo. E ele tinha. Todos eram marionetes em suas mãos um tiro resolvia tudo. Quando você matou o traficante, amigo dele, você tirou o controle dele Alexandra. E isso ele não permitiria. Ele te atraiu para a cidade dele. Para me fazer brincar com você e então matar você. – ele sorri fracamente quando me encara. Suas mãos estão em seus jeans agora. Desfazendo os botões. – Eu não pude matar você, eu não poderia... Você foi a primeira mulher a me dar um tapa na cara. A primeira que me fez esquecer quem eu sou, onde eu nasci, e o que era esperado de mim. Eu cacei você todos esses meses, por que você é minha. E eu não vou deixar você ir mais, Cookie. – ele abaixa o zíper lentamente. Eu quero dizer que não, eu vejo em seus olhos o que vai acontecer. – Levante a saia Alexandra. – ele diz arrogantemente. Engulo seco e não o faço. Apesar da vontade eu não o obedeço. E ele ri. – Deus Cookie. Se você não erguer sua maldita saia eu vou rasgar ela de você, entendeu? – Estremeço, seu tom não deixa duvidas que isso não é só uma ameaça.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Vai se foder!

— Eu pretendo foder você. – ele diz em um rosnado quando cumpri o que prometeu. Ouço o rasgo alto ecoar no quarto e o ar atingir minhas pernas.

— Você vai me tomar a força? – digo ofegante. Eu sou ridícula e minha voz sai em um gemido. Deus sabe que ele não precisa me forçar a nada, eu estou pronta desejosa, mas eu sinto que tenho que ter alguma resistência. As coisas não podem ser tão fáceis assim. Ele pode estar mentindo. Ele acabou de confessar que é um mentiroso, assassino e ladrão. Suas mãos alcançam minha calcinha e ela também é rasgada fora.

— Por que você está tão molhada se você não me quer, Cookie? – ele geme no meu ouvido e seus dedos entram em mim. Eu suspiro alto.