Você sabe que sempre fui opinioso*, e que defendi a ideia de que nunca te esqueceria. Agora anos se passaram e eu posso afirmar que você continua comigo. Pra chegar onde estou agora, dei tantos passos pra trás que em alguns momentos achei que não conseguiria mais voltar. Foi difícil me desvencilhar de todas as coisas que me prendiam, como uma mordaça. Foi difícil me libertar de mim mesmo, e começar a observar o que poderia dar certo. Lembra quando te procurei, Liat? Foi a primeira vez na vida que eu tentei de verdade, que lutei por algo. Depois de tanto lamentar, corri até seu apartamento e te encontrei prestes a ir dormir, de pijamas e rabo de cavalo, e disse que ainda te amava. Que ainda te queria e precisava de você. E naquele dia você me ensinou que antes de tentar qualquer coisa eu tinha de reparar o que tinha se quebrado aqui dentro. Foi naquele dia que, dentro do seu abraço, eu senti que poderia fazer diferente. Enquanto você dizia que estaria sempre disponível pra me ouvir, e que nunca me deixaria completamente sozinho, eu imaginei que os dias seguintes seriam insuportáveis, porque eu havia tentado e fracassado. Porque eu te amava, mas você não podia mais estar comigo. Acontece que não foram. Os dias seguintes passaram meio turvos, é verdade, mas eu tive a oportunidade de enxergar todos os aspectos errados da minha vida. Foi por causa daquele último encontro com você que eu comecei de novo. Por isso, além de dizer que ainda te amo, eu te agradeço, porque você, Liat, mesmo sem saber, fez uma diferença que ninguém, jamais, será capaz de mensurar.

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Eternamente, Luís.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.