Quarta:

13:00

Valéria:

Eu havia terminado de almoçar e tinha acabado de entrar em meu quarto quando meu celular me informou que havia uma nova mensagem.

Mensagem on:

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Oi, Vale, quer sair hoje comigo?

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Mensagem off

A mensagem é do Davi.

Mensagem de resposta on:

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Sim, Davi, mil vezes sim.

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Mensagem de resposta off

Eu respondi.

Será que eu pareci meio oferecida?

Ele logo me enviou outra mensagem.

Mensagem 2 on:

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Perfeito! Eu pensei que podíamos ir em um café literário.

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Mensagem 2 off

Eu logo o respondi.

Mensagem de resposta 2 on:

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O que é um café literário?

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Mensagem de resposta 2 off

Davi me enviou mais uma mensagem com a resposta da minha pergunta.

Mensagem 3 on:

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É uma cafeteria junto com uma livraria.

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Mensagem 3 off

Interessante!

Enviei uma nova mensagem para Davi.

Mensagem de resposta 3 on:

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Que diferente! Lá deve ser bem legal, quero ir sim.

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Mensagem de resposta 3 off

Em um segundo Davi me enviou outra mensagem.

Mensagem 4 on:

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Tudo bem, te busco hás quatro horas.

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Mensagem 4 off

Lhe enviei rapidamente uma resposta.

Mensagem de resposta 4 on:

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Ok. Te espero.

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Mensagem de resposta 4 off

Eu não sei bem o porquê, mas sinto que hoje o Davi finalmente vai me pedir em namoro, o clima entre a gente já rola há anos, acho que desde o terceiro ou quarto ano.

Eu sei que ele é tímido, porém se ele gosta mesmo de mim tem que ter coragem para me dizer o que sente.

Valéria off

Davi:

Chega! Eu preciso pedir a Valéria em namoro, tenho que colocar a minha timidez de lado e dizer para ela tudo o que eu sinto.

Espero que hoje eu tenha coragem.

Davi off

Luiza:

14:00

Eu estava na sala lendo um livro quando Eleonor foi até a sala e me falou:

— Você tem visita.

— Quem é? Onde está?

— Eu não conheço, é um menino, ele está no hall de entrada.

— Tudo bem, vou até lá, grata.

— De nada, senhorita, vou terminar de arrumar algumas coisas.

— Ok.

Que menino será que está aqui em casa?

— Ah... Oi, Jorge.

— O que foi? Não está feliz em me ver?

— Que isso. É claro que eu estou feliz em te ver.

— Eu vim te visitar porque a Marcelina me contou que você vai estudar com a gente, aí eu vim te dar parabéns por você ter convencido sua mãe a te deixar estudar lá.

— Convenci mais ou menos, mas ela só me deixou estudar lá graças a você e a Maria Joaquina.

— Sério? Por que?

— Porque vocês são de boas famílias e estudam lá.

— Ah.... Entendi.

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— Quer entrar? Comer algo?

— Não, obrigado, eu tenho outro lugar para ir.

— Tudo bem.

— Tchau, Luiza.

— Tchau, Jorge.

Jorge foi embora de minha casa e eu voltei para meu livro.

Livro on:

Quando eu olhei nos olhos dele meu mundo ficou mais colorido e quando ele falou comigo meu coração começou a bater muito rápido.

Livro off

Luiza off

Jorge:

Saí da casa de Luiza e fui até a casa da Maria Joaquina para lhe contar que eu e Cirilo já estamos ficando amigos como ela sugeriu.

Joana abriu a porta para mim e quando cheguei na sala da Maria Linda Medsen tive uma surpresa muito desagradável, Cirilo teve a mesma ideia que eu.

— O que você está fazendo aqui, Cirilo? – Eu perguntei para Cirilo, antes mesmo de cumprimentar Maria Joaquina.

— Eu te pergunto o mesmo. – Cirilo me respondeu.

— Ei, Jorge, você não me viu aqui, não? – Maria Joaquina me perguntou.

— Hun...Oi, Maria Joaquina te vi sim.

— Oi, Jorge. – Maria Joaquina me cumprimentou de volta.

— O que você veio fazer aqui? – Maria Joaquina me perguntou.

— Vim fazer o mesmo que o Cirilo, acredito eu.

— O Cirilo veio me contar mentiras.

— Não vim não, Maria Joaquina. – Cirilo se defendeu.

— Veio sim, afinal você veio dizer que você e o Jorginho estavam se dando bem e isso é mentira.

Viu ela me chamou de Jorginho. Jorge 1, Cirilo 0.

— Não é não.

— Conta outra, Jorge. – Maria Joaquina me falou.

— Como assim? – Cirilo perguntou à Maria Joaquina.

— Não me façam de boba, meninos, já deu para perceber que vocês não são amigos nem aqui nem na China. – Maria Joaquina nos disse.

— Você estragou tudo, Jorge. – Cirilo gritou para mim.

— Você que estragou tudo, a Maria Joaquina era minha amiga primeiro.

— Vai ficar jogando na minha cara, é? Cala boca. – Cirilo falou para mim.

— Eu falo o que eu quiser, a boca é minha, cala a boca você.

Nós continuamos a discutir até que Maria Joaquina gritou:

— Parem de discutir imediatamente.

Eu e Cirilo paramos de discutir.

— Desculpe. – Eu pedi para Maria Joaquina.

— Me desculpe também. – Pediu Cirilo.

— Eu desculpo vocês, porém acho melhor vocês irem para suas respectivas casas.

— Tudo bem. – Cirilo, falou.

— Eu vou, mas o Cirilo vai primeiro.

— Não, você vai primeiro. – Cirilo me disse.

— Tive uma ideia! Já que vocês são muito amigos porque vocês não vão embora juntos. – Maria Joaquina foi sarcástica.

— Eu não sou amigo desse aí. – Cirilo, disse.

— Falo o mesmo.

— Será que dá para vocês me deixarem em paz? Tudo bem, não sejam amigos, porém não sejam chatos comigo. – Maria Joaquina, pediu.

— Desculpa novamente, eu já vou embora.

— Obrigado pela iniciativa, Jorge. – Maria Joaquina, disse.

Maria Joaquina veio até mim e me deu um abraço, depois do abraço eu saí da casa dela e fiquei escondido no jardim, pois eu não poderia ir para casa antes que o Cirilo saísse da casa da Maria Joaquina, assim que ele saiu fui para minha casa.

Jorge off

15:00

Luiza:

O Jorge foi muito legal de vir me dar parabéns por ter conseguido ir para a Escola Mundial.

Resolvi ir andar um pouco, pois eu já terminei de ler o livro que eu estava lendo na hora que o Jorge apareceu aqui em casa.

Estar de férias é maravilhoso, mas quando eu estiver estudando posso ficar mais tempo com pessoas muito legais como a Marcelina, a Laura, o Jorge, o Daniel....

Assim que pensei no Daniel o vi.

Eu vou explicar como eu o vi.

Estava andando distraída pela rua até que vi um antiquário e como eu gosto muito de coisas antigas resolvi entrar.

Aí eu vi o Daniel observando um belo relógio cuco.

Assim que ele me viu me cumprimentou com um lindo sorriso.

— Oi, Daniel. – Eu o cumprimentei de volta.

— O que faz por aqui? – Ele me perguntou.

— Resolvi entrar aqui, pois eu adoro coisas antigas.

— Eu também e muito.

Que coincidência eu e Daniel nos encontrarmos aqui e ambos gostarmos de antiguidades.

— A minha avó também adora antiguidades, ela me deu uma penteadeira que adquiriu em um leilão, a penteadeira é do século dezoito.

— Sério? Que legal! O meu avô materno quando morreu me deixou um relógio cuco parecido com este.

— Deve ser muito bonito.

— É sim.

— Eu também perdi o meu avô materno.

— Hun... Eu fiquei muito triste na época que meu avô morreu, mas por sorte tenho todo o amor das minhas avós, a paterna e a materna e do meu avô paterno. – Daniel me disse.

— Os meus avós paternos já morreram.

— Sinto muito, Luiza.

— Tudo bem, já faz tempo, eles morreram em um acidente de carro quando eu tinha três anos de idade, eu nem me lembro deles direito.

— Ah..., mas que bom que você tem seu pai e sua mãe, né?

— Meu pai já morreu também.

— Meu deus! Hoje eu só estou falando besteira, será que eu posso te recompensar te levando para tomar um sorvete?

— Claro, vamos.

Nós fomos até uma soverteria bem perto do antiquário e por mera coincidência adivinha quem estava lá, Maria Joaquina e seu namorado Jaime e é claro que o Daniel quis sentar com eles para a minha sorte, só que não.

— Então que sorvete você vai querer, Luiza? – Daniel me perguntou depois que eu e ele cumprimentamos Maria Joaquina e Jaime e eles nos cumprimentaram de volta.

— E você Maria Joaquina que sorvete quer? – Jaime perguntou para Maria Joaquina.

— Amora. – Eu e a Maria Joaquina respondemos ao mesmo tempo.

— Você também gosta de sorvete de amora? – Maria Joaquina me perguntou surpresa.

— Sim é meu preferido. – Eu, respondi.

— O meu também. - Maria Joaquina me falou meio irritada.

Parece que uma menina como eu não pode gostar das mesmas coisas que ela.

E fiquei meio triste pelo jeito que ela falou comigo e baixei minha cabeça, percebi que nós estávamos usando sapatos idênticos, parece que não é só no sorvete que nós nos parecemos.

— Eu vou lá buscar seu sorvete. – Daniel me disse.

— Eu também vou lá, amor. – Jaime falou à Maria Joaquina.

Ficamos só eu e a Maria Joaquina na mesa e passamos vários minutos em silêncio enquanto os meninos não voltavam para a mesa.

Quando eles voltaram nós conversamos.

— A sua mãe é totalmente demais, Luiza. – A Maria Puxa Saco Medsen falou.

— Eh... – Eu concordei.

O Daniel pegou sorvete de framboesa para ele.

— Sabia que sorvete de framboesa é meu segundo sabor de sorvete preferido. – Eu falei para o Daniel.

— O meu também. – Maria Joaquina disse antes que Daniel pudesse me dizer qualquer coisa.

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Eu senti a afirmação feita por ela meio falsa, se ela não tivesse namorado eu poderia dizer que ela está com ciúmes de mim e do Daniel.

O Daniel é uma pessoa incrível, mas eu não me interesso por ser mais que uma ótima amiga para ele, não que ele não seja lindo, porém quando eu estou perto dele não sinto minhas mãos suarem, frio na barriga, entre outras coisas que as mocinhas dos meus livros sentem quando estão perto de seu amor, eu tenho certeza que comigo vai ser igual com elas, vou ver a pessoa e vou saber que é para ser, tipo amor à primeira vista.

Eu admito sou bem romântica, mas acho que não tanto quanto a Laurinha.

— Outra coisa que vocês se parecem. – Daniel, falou.

Nós continuamos conversando após isso.

Daniel fez questão de me deixar em casa.

— Tchau, Luiza.

— Tchau, Daniel.

Ele me abraçou e por um minuto eu achei que ele ia me dar um beijo de verdade, mas ele me deu um beijo na bochecha, ainda bem que ele não me deu um beijo de verdade, afinal eu nunca beijei um menino, quando eu digo de verdade é na boca.

Ele foi embora e eu entrei em casa.

Assim que entrei no meu quarto peguei um livro na minha estante, um livro que eu ainda não havia lido.

E talvez por puro acaso o nome do livro seja: amor à primeira vista, a menina da capa tenha a mesma cor de cabelo que eu e que ela não seja digamos magra.

Deitei em minha cama e abri o livro, li a orelha dele e depois fui para a primeira página.

Livro on:

Desde de pequena eu sempre fui apaixonada por um menino de nome Mário, não sei bem o porquê talvez seja a cor dos seus olhos, do seu cabelo ou talvez até seu sorriso de lado.

Livro off

Parei de ler por um segundo. Tem um menino da Escola Mundial que se chama Mário, não tem? Os acasos da vida são muito engraçados, após pensar isso voltei a ler.

Luiza off

Maria Joaquina:

Será que o Daniel está apaixonadinho pela Luiza? Não. Nunca que o Dani ia se interessar por uma garota como ela.

Maria Joaquina off

Daniel:

A Luiza é uma menina muito legal e divertida, eu acho que se eu voltasse a me apaixonar seria por uma pessoa como ela, afinal fiquei traumatizado com o namoro com a Margarida, não que eu amasse a Margarida, eu só gostava dela.

Daniel off

16:00

Valéria:

Quando eu terminei de me arrumar fui esperar o Davi na sala.

A campainha tocou e eu fui correndo atender, não que eu conseguisse correr muito, afinal minhas pernas estavam tão bambas que já não me obedeciam.

Quando finalmente consegui abrir a porta.

— Oi, Valéria. – Davi me cumprimentou parecendo meio nervoso.

— Olá, Davi, quer entrar? Beber um pouco de água? – Eu o cumprimentei e ofereci.

— Não, obrigado, vamos.

— Com certeza, eu estou super ansiosa para conhecer o café que também é biblioteca, qual é o nome mesmo?

— Café literário. – Davi me respondeu.

Continua....