Eu disse que você ia continuar sendo my lady. - com um movimento rápido a garota ficou de pé e correu para o outro lado do quarto. Em sua cabeça se passavam mil coisas e ela não conseguia raciocinar direito.

— O que vai fazer agora? Me prender? Ameaçar contar minha identidade para Paris inteira caso eu não vá com você?

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— Mari... - ele levantou e foi até ela.

— Não! Fica longe. - a mestiça foi para trás até bater as costas nas escrivaninha, onde segurou forte a madeira do móvel.

— Ah, falou a garota que a pouco tempo me puxou para um beijo.

— Você me beijou primeiro.

— Sim, você estava entrando em pânico e eu não sabia o que fazer. - pontuou.

— Quer que eu fique como depois de saber que eu dei um soco no olho do garoto que eu amo?

— Você ainda me ama?

— Sim, eu ainda sou idiota o suficiente para isso.

— Marinette...

— Acho ainda não percebeu a gravidade da gravidade da situação, não é Adrien? Eu não assinei aquela droga de acordo porque eu não queria que soubessem minha identidade. E agora você vem aqui na minha casa e faz praticamente uma chantagem.

— Mas você sabia que não podia salvar as pessoas sem assinar o acordo e mesmo assim continuou fazendo isso.

— E você quer matar seu próprio pai! - levou a mão até a boca.

— Eu não... eu não quero matá-lo.

— Ah, agora que sabe quem ele é você muda de opinião.

— Caramba, Marinette! Decide logo do que você vai me acusar. - o loiro passou a mão pelos cabelos, já nervoso com a situação.

— Por acaso parou para pensar que se não fosse seu pai, poderia ser o pai de outra pessoa? - o modelo abriu a boca para falar algo, porém foi interrompido.

— Marinette! Tá tudo bem aí em cima? - Tom gritou lá de baixo.

— Está sim, eu só... estou com Alya no telefone. - gritou de volta, inventando uma desculpa.

— Certo. Boa noite filha.

— Boa noite. - quando Marinette virou-se para Adrien, notou que ele estava transformado em Chat Noir novamente, pronto para sair. - Você não pode sair agora. - correu até Adrien e segurou o braço dele.

— Por acaso quer que eu fique?

— Você sabe o que eu quis dizer. - eles suspirou pesadamente.

— Será que pode me soltar?

— Não.

— Eu não quero ter que me soltar a força.

— Tente. Tikki, transformar! - Chat Noir virou o rosto quando o brilho avermelhado envolveu Marinette, e logo revelou Ladybug. O loiro puxou seu braço, mas a garota puxou de volta mais forte, o jogando para o meio do quarto.

— O que pretende fazer? Quer brigar de novo?

— Você sabe a minha identidade e veio me intimidar. Não faço ideia do que vou fazer, mas isso é imperdoável. - a cabeça de Marinette girava. Nunca se imaginou em uma situação dessas com Chat Noir, muito menos com Adrien.

O comunicador dele tocou e Chat Noir o segurou como se perguntasse o olhar se podia atender. Ladybug assentiu hesitante no começo. Ela não prestou atenção na conversa, pois havia aproveitado o momento para assimilar e pensar sobre o que estava acontecendo.

— Preciso ir. - caminhou até a janela mas ela entrou na sua frente. - É um akuma. Eu realmente preciso ir.

— Eu vou com você então.

— Você não...

— Sem discussão! - pegou o ioiô e ligou para Alya.

— O que está fazendo?

— Chamando Peacock e Queen Bee.

— Equipe reunida? De volta aos velhos tempos. - soltou uma risada de leve.

— Você fala como se tivessem sido anos.

Depois de entrar em contato com as duas heroínas, a dupla saiu pela janela até o local onde o akuma estava atacando. Enquanto saltavam sobre os prédios, vez ou outra olhavam de soslaio um para o outro.

— E aí Chat e... Ladybug? - Tortue questionou confuso.

— Explico depois. Agora nós precisamos...

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— Achar o objeto onde está o akuma. - Ladybug cortou a fala do loiro, que a encarou com um olhar irritado.

— Chegamos! - Peacock e Queen Bee pousaram ao lado dos heróis.

— Mas o que...

— Já disse, explico depois. Vamos só...

— Derrotar o akuma de uma vez. - a azulada provocou recebendo outro olhar atravessado de Chat Noir.

— TODOS CURVEM-SE DIANTE DE DARKBLADE! - um homem com um traje típico de um cavaleiro medieval, caminhava em direção a prefeitura, cercado por um exército de pessoas vestidas como ele.

— O nome do cara é Armand D'Argencourt. - disse Volpina - Ele perdeu nas eleições para o pai da Chloé e parece que foi por isso que ele foi akumatizado.

— Esse é o meu...

— Professor de esgrima? - Ladybug arqueou a sobrancelha.

— Tá zoando com a minha cara? - Chat Noir perguntou irritado.

— Espera! Ela sabe sobre você? - Tortue apontou para Marinette e depois para Adrien.

— Sim.

— Gente, menos papo e mais ação. - Peacock alertou assim que desviou um machado lançado por um dos cavaleiros.

Cada um dos heróis saltou para um lado diferente, desviando dos ataques desferidos por Darkblade e seus cavaleiros.

Enquanto lutavam, o vilão conseguiu arrombar a porta da prefeitura.

— Pai... - Chloé sussurrou e correu para o mesmo lugar que eles. Marinette viu que a loira estava indo e decidiu ir junto, seguida por Peacock.

— Vamos deixar elas irem? - Tortue perguntou.

— Sim. - disse Chat Noir sério, focado em uma luta de espadas com um das vítimas do akumatizado.
*

— Queen Bee, cuidado! - Ladybug se atirou por cima de um cavaleiro que tentou acertar seu machado na loira. A garota agradeceu Marinette com um aceno com a cabeça e continuou correndo, seguida pelas amigas.

— Finalmente achei você, André! - Darkblade chegou no gabinete do prefeito, e apontou sua espada para o mesmo - Sempre se escondendo atrás dos seus servos.

— Não ouse dar mais um passo! - Chloé parou na porta com uma flecha pronta para ser lançada na direção do vilão.

— Espera! - Ladybug colocou a mão no ombro dela - Segundo a lei, não podemos salvar o prefeito, porém como somos... - André riu irônico e caminhou até o telefone pronto para chamar mais seguranças.

— Você acha que age de maneira heroica, Ladybug, mas não passa de uma farsa. O que você faz, nada mais é do que um show. Você não consegue capturar um criminoso, necessita de ajuda dos seus companheiros e não faz o que tem que fazer. Você é muito boa com quem não merece.

— Exatamente. - Chloé concordou - Ela é muito boa com quem não merece, inclusive com o senhor, pai. - os dedos dela deslizaram, disparando a flecha, porém na direção do seu pai. O projétil prendeu a manga dele contra a parede o impedindo de completar a chamada.

— V-Você queria me acertar? - perguntou incrédulo.

— Acertei onde queria. Eu nunca erro. - a loira sorriu de canto.

— Agora finalmente terei a minha vingança! - Darkblade levantou a sua espada para cima, no entanto o ioiô de Ladybug impediu que ele a acertasse em André.

— Tem razão, eu sou muito boa com quem não merece! - Marinette falou reprendendo a si mesma. Em seguida ela puxou o ioiô, trazendo Darkblade junto.

Chat Noir chegou correndo, o que distraiu Ladybug dando espaço para o vilão se soltar, sair correndo em direção a janela e se jogar contra o vidro. Os heróis correram até o parapeito e viram que os cavaleiros de Darkblade tinham o segurado.

— VAMOS DOMINAR PARIS! - ele gritou transformando uma moto em um tipo de cavalo e saindo montado no mesmo.

— Precisamos ir atrás dele. - todos saltaram pela mesma janela, utilizando suas armas para se locomover atrás do vilão. Por onde eles passavam, haviam pessoas transformadas em cavaleiros.

— Cara, pensei que o mundo fosse acabar em um apocalipse zumbi, e não voltando a Idade Média. - Tortue comentou. Ladybug analisou a situação preocupada.

— Temos que acabar com isso, antes que vá além de Paris.