Quando eu acordar

Capítulo 24


Regina dirigia pelas ruas de Boston, em um ritmo lento; seus olhos estavam na estrada, mas seus pensamentos estavam em Robin; ela pensará em tudo que conversaram, em tudo que revelaram; e sua cabeça se encontrava em meio de um imenso conflito; e seu coração... bem, seu coração estava em pedaços. O homem que ela amou, o homem que ela ainda ama, estava ali, a minutos de distância, e ela estava impedida de tê-lo, pois sua vida mudará completamente.
Seus devaneios lhe levaram a Graham. Ela o amava, não tanto quanto a Robin, mas Graham esteve com ela durante todo este tempo, e ele era tão bom, tão carinhoso; ela não poderia magoa-lo.
Regina resolveu adiar um pouco mais a conversa. Foi para casa de Emma; encontrando uma Sophie chorosa, que sentirá sua falta; Fez sua filha dormir, e foi conversar com Emma, que não parava de lhe fazer perguntas; Lhe disse que Robin queria conhecer Sophie; Falou sobre a sua memória ter voltado quando ele foi embora; disse que não lhe contou por causa de Marian; haviam muitos problemas que ela não entenderia; omitiu parte da história, afinal, Marian havia matado um homem; e talvez mais dois; e Emma era delegada; não seria ela a pessoa certa para destrinçar o passado de Marian; e Robin também se envolveria de algum modo, e o que Regina menos queria agora, era fazer algo que a separasse mais ainda de Robin.
A conversa é interrompida com um cochicho vindo da varanda; Regina arregala os olhos;
— É o Henry? - Ela pergunta a Emma, que consente; - A essa hora? - Ela questiona olhando para o relógio em seu pulso;
— Ele já está bem crescido, Rê!
— Agora você diz que ele está crescido...
— Ele só saiu para comer pizza com a Violet; não foi beber numa festa em meio à praça; - Regina semicerrou os olhos;
— Ele não bebeu! - Ela exclama; - e quem é Violet?
— Sua namorada!
— Namorada? - nesse instante Henry entra na sala;
— Oi mãe, oi dinda! - Ele as cumprimenta, e vai para seu quarto;
— Não. Ele está crescendo muito rápido. - Ela faz biquinho;
— As crianças crescem!
— A Sophie não vai crescer! - Emma ri;
— Vai sim, e vai lhe dar muito trabalho; a você e ao pai dela; - Regina fica cabisbaixa; - Desculpa! - Emma pede;
— Tudo bem.. eu só fiquei tanto tempo, sem mencionar que Robin era o pai dela; que falar que ela tem um pai; é diferente.
— Você acha que ela vai lhe dar bem com isso?
— Eu não sei; vai ser o primeiro contato entre ela e Robin;
— Vai dar tudo certo! - Emma ofertou a sua amiga um sorriso reconfortante;
A noite passou em extrema lentidão; Regina não dormiu muito bem, ansiava e temia pelo dia seguinte; ela não sabia como, mas sentia que sua vida estaria prestes a mudar novamente, ela só não sabia até que certo ponto estava preparada;

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Um ano antes..

Regina estava jantando na casa de sua mãe; Sophie dormia no carrinho; e por vezes, Cora chamava sua atenção por conta do celular; Regina estava conversando com Graham. Após o mesmo lhe ter esclarecido o passado de Daniel; se tornaram próximos rapidamente; na verdade, só reascenderam a amizade;
Ele esteve presente em toda sua gravidez, lhe acompanhou no parto, e mesmo depois de Sophie nascer, Graham jamais abandonou Regina, mesmo ela dizendo que a relação dos dois não passaria de amizade; no entanto, Graham não iria desistir da linda morena, ele se apaixonara por ela a cada dia que passava, mais e mais; não suportava a ideia de tê-la só como amiga; por mais que adorasse sua companhia; lembrará do beijo que deram em Storybrook, quando se conheceram, e sentia a necessidade de ter os lábios de Regina juntos do seu novamente; resolveu ir atras dela;
Regina recebeu a mensagem de Graham, e disse que lhe esperaria na mansão; não demorou nem quinze minutos, e ele já a avisará que havia chego; ela foi até a varanda, com o celular nas mãos, olhando de um lado para o outro em busca de Graham, pois-se a sorrir, quando notara o mesmo subindo os dois degraus que haviam na entrada, com um buque de rosas nas mãos; ela o olhava curiosa, e maravilhada;
— por favor, não diga que é para mim! - Regina diz divertida;
— Só se você não gostar de rosas; - Graham arqueia as sobrancelhas;
— Eu amo rosas! - Ela exclamou com um riso singelo;
— E eu amo você! - Graham confessou se aproximando;
— Graham... - Um barulho vindo da rua chama a atenção de ambos; Graham nota um homem na escuridão, mas não o reconhece; não se importando com o ocorrido; ele larga o buquê em cima do banco, e volta sua direção para Regina, que é supreendida por um puxão de leve em sua cintura;
— Me de uma chance, é só o que eu peço. - Ele diz, e antes que Regina pudesse respondê-lo, sente-se beijada pelo homem que estava em sua frente; ela retribui o beijo de imediato; um barulho de carro cantando o pneu, os faz desvincularem; Regina oferta um sorriso tímido a Graham; o mesmo pega o buquê e o leva em direção de Regina; a morena pega as rosas delicadamente nas mãos e leva um botão até o nariz, respirando o seu doce aroma;
— Eu amo rosas! - Ela repete;
— E eu amo você! - ela ri; - e eu poderia repetir isto por toda a minha vida; - são interrompidos pelo choro de Sophie; a porta é aberta por Cora, que trás a pequena consigo em seus braços; Regina sente sua bochecha ficar rosa;
— Eu tentei acalma-la, mas acho que ela quer a mãe; - Regina pega Sophie no colo, e faz sinal para que Cora entre em casa novamente, a mesma ri; e o faz.
— A gente conversa depois. - Regina diz;
— Só se for para continuarmos essa nossa conversa; - Regina sorri balançando a cabeça negativamente e entra com Sophie;

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Dias atuais...

Regina, com a memória de como tudo começou entre eles; vai ao encontro de Graham;
Chegando em casa, com Sophie nos braços, ela abre a porta e o encontra sentado no sofá; ele se levanta rapidamente ao nota-la;
— Pensei que não voltaria! - ele diz com a voz rouca; - Regina lhe oferta um sorriso triste, e se aproxima, perto o suficiente para que sua mão passe levemente sobre o seu rosto; ele pega Sophie, e abraça a pequena com saudade; olha para Regina com os olhos fundos; - Eu estava confuso, não sabia se te esperava, ou se já começava a fazer minhas malas, e... - Regina lhe beija; um beijo calmo e sereno;
— Você não vai a lugar nenhum, e eu também não. É você que eu quero! - Graham sorri, e a beija novamente;
— Você conversou com Robin? - Regina arregala os olhos; - Emma! - ele diz; Regina sorri; e massageando a nuca com ambas as mãos; ela se afasta;
— Sim! - Ela afirma;
— E então?
— Ele quer conhecer a Sophie!
— Entendo! - Ela vira a cabeça para olhar para ele;
— Isso não vai mudar nada; - Ele suspira;
— Vai sim, Rê! - Ela fica cabisbaixa; Graham se aproxima e levanta suavemente seu rosto para ele; - mas eu não me importo em dividir a Sophie; ela vai ter dois pais! - Regina sorri; - Eu só peço, que se for para você ficar comigo, que seja por inteiro. Porque eu não suportaria amar alguém, que só me concede amor em pedaços. -
Dito isso, Graham se afastou, desceu Sophie no sofá, colocando um desenho para distraí-la, aproximou-se novamente de Regina, lhe ofertou um beijo na bochecha;
— Eu vou tomar um banho; - ele disse; e o fez. Saiu, deixando Regina com seu coração na mão; e pensou, que se não fosse por Sophie, ela realmente o esmagaria; quão bom seria, não ter um coração...

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Sophie veio a adormecer novamente, pois acordara cedo na casa de Emma. Regina a colocou em sua cama; lhe deu um beijo na testa e saiu. Do corredor, avistou a porta de seu quarto aberta; receosa, ela andou até lá; sentou na cama, respirou fundo, e ficou quieta por algum tempo; ato que não durou muito, pois logo levantou-se, e seguiu o barulho da água do chuveiro caindo. Entrou no banheiro, e avistou um Graham completamente distraído, pois não notara sua presença; tirou suas roupas delicadamente, e foi em direção a ele; massageou suas costas suavemente, fazendo com que Graham arrepiasse.
— Onde está Sophie? - Ele perguntou se virando, olhando profundamente nos olhos de Regina;
— Dormindo!
— De novo? - Ele questiona com um riso no rosto;
— Ela provavelmente não puxou a mim; - Graham forçou um sorriso; fazendo Regina se arrepender de seu comentário; ela abaixa a cabeça; mas logo sente-se puxada pela cintura, sendo surpreendida com um beijo terno; um beijo que começa lento, mas rapidamente é aprofundando; Graham vai levando Regina, até que a mesma sente seu corpo encostar na parede gelada do box; o ocorrido faz ela curvar seu corpo, fazendo-a sentir o membro rígido de Graham mais próximo dela; ela geme com o ato; Graham beija seu pescoço, enquanto desce suas mãos até suas nádegas, apertando com desejo; Regina deixa sua cabeça cair para trás, dando mais acesso à Graham, que agora trilhava com beijos e chupões sua clavícula;
— Acaba logo com isso! - Regina exclamou rouca; Graham sorri;
— Eu gosto de te provocar!
— Eu não gosto de ser provocada! - Regina o fitou com os olhos negros; Graham então pegou-a pelos pulsos delicadamente, levantando os braços de Regina por cima da cabeça, com pressa; aproximou seus lábios ao ouvido de Regina e sussurrou:
— Seu desejo é uma ordem, majestade! - dito isso, ele penetra Regina, fazendo-a gemer em reação; ela o aperta contra seu corpo, fazendo com que as estocadas se tornassem mais profundas e mais rápidas; o movimento se prossegue por algum tempo até que ambos atingem seu clímax.
Graham beija a testa de Regina, e acaricia seu rosto;
— eu senti sua falta! - ele exclama;
— Eu só fiquei fora uma noite;
— É como se fossem anos para mim; - Regina abaixa os olhos; - Rê! - Ele levanta seu rosto, para que ela o olhasse; - eu quero que você fique comigo, mas também quero que seja feliz; não quero que se sinta presa... Eu não suportaria te ter só de corpo; quero tê-la também de coração, e de alma.
— Graham..
— Eu sei! - Ele lhe dá um selinho; deixa a água cair mais uma vez sobre o corpo e sai; - estou indo trabalhar! Robin pode vir ver a Sophie aqui, se você quiser. - dito isso; ele sai do banheiro e vai em direção ao quarto; se arruma rapidamente e alguns minutos depois Regina escuta a porta da frente ser fechada; ainda no chuveiro, ela deixa a água escorrer junto com as lágrimas que agora caiam; ela se sentia tão culpada; acabara de ficar com Graham, mas tudo que ela pensava, a levava a Robin; como sentia sua falta!
Trazê-lo em sua casa, não seria uma boa ideia; e nem respeitoso com Graham, ela pensa; Regina havia entrado em um labirinto, e estava completamente perdida. Haviam duas saídas, uma levava a Graham, e outra levava a Robin; e ela não fazia ideia de que lado iria sair.
—-----------------"


— Belle?? Eu preciso de um favor! - Regina disse ao telefone; ela suspirou; - eu não estou muito bem hoje; então não irei para empresa, você poderia...
— Cuidar de tudo? - a menina do outro lado da linha completa; Regina sorri;
— Sim!
— Claro!
— Obrigada Belle, eu realmente não sei o que faria sem você; é com certeza, a melhor sócia que alguém poderia ter; eu não me arrependo de ter lhe promovido. - Bella sorri timidamente; antes de desligar o telefone, Regina prossegue; - Belle? Mais um pedido... O senhor Gold estará na cidade, resolvendo as papeladas de seu divórcio. Aproveitando a viagem, ele visitará a empresa; pode conversar com ele? É só a finalização das papeladas da abertura de outra franquia de "palhas de ouro"... você pode me fazer mais este favor?
— Claro! - Regina nota o silêncio do outro lado da linha, e imagina o motivo;
— Me pergunte Belle! - Belle ri;
— Você acha que o divórcio é definitivo?
— Bem... Jade traiu ele; e o Gold não faz o tipo, que perdoa uma traição;
— Ela é realmente uma tola! - afirma Belle; Regina sorri;
— É sim! Gold é um homem bom, apesar de tudo; merece alguém que lhe trate com o mesmo romantismo que ele, com todo esforço oferta.
— Ok, Regina! - Belle sai do assunto; Regina ri;
— Obrigada, Belle! - desliga;
Regina segura o celular perto dos lábios, pensativa; depois de alguns segundos, ela volta a discar um número;
— Regina! - a voz de Robin ecoa em sua cabeça;
— Robin! Que bom que não trocou de número; - Ela diz sem pensar; Robin sorri;
— Que bom que você não apagou! - Regina cora; "que bom que você não pode me ver", ela pensa.
— Você também não apagou o meu, visto que reconheceu quem era;
— Nem que eu apagasse, Rê; eu não poderia esquecer; decorei seu número nas diversas vezes em que o disquei para te ligar;
— Como eu queria que você tivesse ligado. - silêncio na linha; Regina coça a garganta; - Que tal irmos ao parque? Sophie adora ir lá!
— Tudo bem! Nos encontramos lá.
— Até logo, Robin!
— Até logo, Regina!