Marotos no Futuro

Midnight Memories



Midnight memories, oh oh oh, oh, oh, oh

Baby, where we go?

Never say no

Just do it, do it, do it, do it

Memória da meia-noite, oh oh oh

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Qualquer lugar, para onde vamos?

Nunca diga não

Só faça isso, faça isso, faça isso, faça isso

Midnight Memories — One Direction

Já se passava e muito, do horário de recolher da escola. Elizabeth acreditava que todos estavam em seus quartos, já dormindo. Ao menos, era o que esperava. E esperar era algo de que ela estava entendo bem, após passar muito tempo esperando para que Lily dormisse. Parecia que a monitora tinha um sexto sentido, parecendo notar que Liz iria aprontar alguma coisa, pois levara mais tempo que o normal para cair no sono. Já Dulce e Alice dormiram facilmente. Assim como Zoe, a quinta ocupante do quarto.

Elizabeth já não podia contar quantas vezes quase cochilou enquanto aguardava. Ainda com um pouco de sono descia os degraus o mais silenciosamente que conseguia, e isso não era muito.

A capa recém adquirida com o irmão estava em uma das suas mãos, na outra levava os sapatos, esperando que com isso fizesse menos barulho; em vão, devo dizer. O chão estava gélido, mas ela tentava ignorar esse fato.

Ela não podia negar, estava quase mandando tudo para as cucunhas, e voltando para a sua cama, de onde nunca deveria ter saído. Mas a sua teimosia era mais forte; a teimosia e a vontade de aumentar sua nota em poção. Não que as notas fossem realmente ruins, mas em sua opinião poderiam ser melhores, desejava sair do Excede Expectativas para um Ótimo. E não há jeito melhor de melhorar do que com uma poção bem difícil. Tudo bem, seria mais fácil pedir ajuda a Lily, mas a ruiva ultimamente andava muitíssimo irritadiça. Liz acreditava que se tratava de uma luta interna da amiga em relação aos seus sentimentos, porém preferia não se meter. Por tanto, seguindo o conselho da mesma, faria a poção e esperava que assim descobrisse algum tipo de talento naquela matéria, que ela admitia, só conseguia passar por estudar feito louca — uma das poucas matérias para qual ela fazia isso.

Enquanto pensava nisso passou pelo Salão Comunal sem reparar que havia alguém ainda lá — quase cochilando, é verdade, porém ainda acordado.

— Hum hum — Liz pulou quando escutou o barulho, já estava perto do quadro da Mulher Gorda e só agora havia notado que não estava sozinha.

— Sirius? — perguntou reconhecendo a pessoa.

— O único. Então, vamos para onde? — falou levantando-se do sofá em que estava quase deitado.

— Bem, você vai para seu quarto, eu vou para um lugar que não há a necessidade de você saber.

— Ora baixinha, isso é jeito de tratar seu amigo que só se preocupa com você — aproximava-se da menina à medida que falava. Lizzie só revirou os olhos, sem paciência para aguentá-lo.

— Meu Merlin! Alguém já falou que você é um pé no saco? E eu não sou baixinha, você que é anormalmente grande! — o que era verdade, Sirius era enorme, porem isso não fazia de Liz menos baixinha. Ela resolveu ignorar o maroto e continuou indo em direção a saída do Salão Comunal.

— Para falar a verdade, não. Normalmente as garotas estão muito ocupadas comigo, para falarem qualquer coisa. Se é que me entende — retrucou com um sorriso sacana no rosto.

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— Informação demais, Sirius — ela exclamou o mais baixo que conseguia.

— Desculpe-me, esqueci que você é a pura Potter.

— Não sei como ainda lhe aguento, serio! Você é insuportável! Não sei como ainda não te joguei da torre de Astronomia — falou e abriu a porta do Salão, indo em direção aos corredores do colégio, sendo seguida por Sirius. — O que você está fazendo aqui, assombração? — questionou quando viu que estava sendo seguida.

— Ué, já falei. Irei com você.

Elizabeth nesse momento sentiu vontade de matar o melhor amigo do irmão, que as vezes também era o seu. E se arrependeu amargamente de não ter saído com a capa do dormitório.

— E qual motivo eu deixaria você ir comigo? — arqueou as sobrancelhas, encarando o moreno.

— Bem, eu acredito que você não vai gostar que sua querida amiga e monitora, Lily saiba desse seu passeio ilegal pelas propriedades do colégio — chantageou apelando para o ponto fraco da menina, que sabia que Lily ficaria puta com ela se descobrisse. Não que ligasse muito para o que a Evans achava de seu comportamento. Só não estava afim de ficar a escutando reclamar até o final do ano. Coisa que ela era bem capaz.

— Você é irritantemente irritante, Black — Lizzie falou se aproximando dele, os cobrindo com a capa. Seus pés ainda ficaram visíveis, devido ao tamanho deles, mas era o jeito. — Agora calado e não me atrapalhe — resmungou recomeçando a andar.

...

— Na biblioteca, sério? — Sirius perguntou quando pararam em frente ao seu destino. — Você tem um bilhão de coisas mais emocionantes para fazer e escolhe vim a biblioteca?!

— Ninguém mandou vim junto — retrucou, começando a andar entre as estantes, o arrastando.

— É que, sei lá, esperava algo mais empolgante.

Ela o ignorou mais uma vez — aparentemente, se tornaria um hábito — e continuou indo em direção a Seção Restrita. Assim que chegou retirou a capa, e com a ajuda da luz em sua varinha, começou a procurar o bendito livro.

— Então, o que você veio procurar aqui? — indagou aproximando-se da garota que ficava na ponta dos pés, tentando olhar as prateleiras mais altas.

— Bem, estamos numa biblioteca — parou fazendo uma cara pensativa — obviamente vim procurar um bolo quentinho, por sabe como é, as bibliotecas têm os melhores bolos... demente — respondeu batendo na cabeça do amigo e virando-se para a outra estante.

— Grossa. O que eu quero saber qual o livro, dona Elizabeth — disse a seguindo.

— Poções e seus segredos. *

— Por que você precisa de um livro de poções?! Ok, ok! Já entendi — retirou a pergunta assim que viu o olhar mortal da garota.

— Agora que você sabe o que eu estou procurando pode me ajudar a achá-lo? Assim ambos poderemos sair mais rápido daqui — mandou. O Sirius deu de ombros, fazendo o ordenando, porque quanto mais rápido saísse dali melhor seria.

...

Algum tempo depois eles deixavam a biblioteca, encobertos pela capa e com o livro a salvo com a menina. O caminho até o Salão Comunal foi silencioso, pois nenhum dos dois desejava ser pegos por algum professor.

Finalmente chegaram ao seu destino e puderam retirar a capa.

— Boa noite, Black — Liz falou se dirigindo para a escada.

— Só isso, nem um beijinho? — brincou o maroto.

— Só nos seus maiores sonhos, Six. Ah é, você já deve sonhar com isso — zombou com o amigo.

— Você descobriu o meu maior segredo Potter, eu lhe amo! — retrucou, — e havia um pouco de verdade em suas palavras — depois de alguns segundos de silêncio ambos desataram a rir, tentando rirem baixinho. Apesar das briguinhas e provocações, haviam criado uma grande amizade, boa parte das vezes, colorida.

— Boa noite, Six — repetiu, dessa vez indo até o moreno, o abraçando e lhe dando um breve beijo.

— Boa noite, baixinha — respondeu, vendo a menina subir para o dormitório.

...

Ao chegar em seu dormitório, Sirius notou que não era o único acordado.

— Até que foi rápido dessa vez — comentou Remus para o amigo, abaixando o livro. Sirius havia sentando em sua cama, e tirava os sapatos.

— Está me espionando, é Aluado?

— Não, apenas coincidiu de você chegar e eu ainda estar acordado... achei que iria demorar mais. O que foi? A menina não gostou de você? — caçou Lupin.

— Como se isso fosse possível, Remus! — exclamou Sirius. — Na verdade, não fui encontrar ninguém propriamente. E sim fazer um favor para a Liz — explicou.

Remus o encarou desconfiado. — E ela o pediu esse favor?

— Bem, não. Porém, aceitou minha ajuda do mesmo jeito — deu de ombros, e passou a colocar o pijama. Remus gesticulou negativamente.

­— Você tem que tomar cuidado com a Liz. Sabe que qualquer mal que fizer a ela, você receberá em dobro.

— Oh, que fofinho. Senhor Remus Aluado Lupin preocupado comigo. Mas não é necessário. Primeiro que não irei magoa-la. Ela é a minha melhor amiga, e possivelmente o relacionamento romântico mais duradouro que eu tenho. E segundo, que acho que o James não é capaz de me machucar — Sirius falou tranquilamente, deitando-se.

— Nunca falei que seria o James a lhe machucar, Almofadinhas. Tenho certeza que conheço alguns feitiços de ataque a mais que você — Remus ameaçou gentilmente, finalmente fechando o livro e o colocando de lado. — Boa noite, Sirius.

...

Já era sábado, e havia se passado quase uma semana desde a madrugada em que Elizabeth e Sirius foram à biblioteca. Devido ao fato da menina ter que se dividir entre os estudos — estava no sétimo ano e não poderia perder tempo brincando — e os treinos de quadribol — onde era batedora, em companhia de Sirius —, não teve tempo para começar a poção. Agora aproveitava o que era um raro sábado sem treino para inicia-la. Havia encontrado uma sala vazia, num corredor praticamente deserto, e ali havia se instalado.

A poção demoraria muito tempo para ficar pronta, isso mesmo se ela acertasse tudo de primeira, o que duvidava. Porém já havia conseguindo boa parte dos ingredientes. Alguns eram bem fácies de achar no castelo. Outros, já haviam sido comprados logo deveriam chegar. E como esses só seriam utilizados mais na frente, começaria sem eles. O resto ainda precisaria ser retirado do armário do professor, mas era algo que ela logo resolveria. Com mais um pouco de ajuda da capa. E alguns drinques...

No entanto, o que mais a preocupava era um ingrediente em especial: pelo de lobisomem, que não é uma coisa muito comum de se arrumar por aí.

Tudo bem, ela sabia exatamente onde arrumar um lobisomem, pois ora, um dos seus melhores amigos era um! — era impossível não descobrir isso, quando ele era um dos melhores amigos do irmão, que por acaso, havia virado um animago para ajudá-lo. Sem contar nas vezes que ela teve que arrumar uma desculpa para os sumiços de James durante a lua cheia, e posteriormente, o sumiço de James e Sirius!

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Porém pegar o pelo seria a parte mais complicada. Era preciso que fosse retirado quando se estivesse na forma de “lobo” e ela duvida que os Marotos — é, ela sabia quase todos os segredos deles. Dividir a casa com dois deles ajuda — a deixassem ir a Casa dos Gritos quando Remus estivesse transformado.

O único jeito que ela via era se algum deles pegasse... E mesmo assim seria arriscado. No entanto, resolveu pensar nisso mais para a frente. Nem sabia se conseguiria realizar a primeira parte da receita.