I Can't Love You

Capítulo 64 - Minha família.


KATE.

A porta do quarto já estava aberta e eu podia ouvir alguns sussurros. Era cedo. Meu despertador mal tinha tocado e eu já estava pronta para sair. São seis horas da manhã e eu já estou de volta ao hospital. Rick tinha razão, eu precisava descansar. Assim que cheguei em casa tomei um longo banho e cai na cama. Não me lembro de mais nada até acordar às cinco horas da manhã completamente revigorada e louca para voltar. Queria estar lá quando Alexis acordasse já que eu não pude estar ontem, antes dela dormir.

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— Bom dia. – apareço na porta do quarto e a menina sorrir.

Alexis estava deitada na cama enquanto a enfermeira trocava seu soro. Castle estava deitado na mesma poltrona que eu o encontrei ontem e parecia dormir. Martha não estava no quarto. Deixo minha bolsa num canto e me aproximo da menina e dou vários beijinhos em seu rosto, fazendo-a rir.

— Como você está princesa?

— SHIII. – ela me interrompe colocando os dedos entre os lábios. – meu pai está dormindo, vamos falar baixo. – a enfermeira ao seu lado rir e eu arqueio as sobrancelhas encarando ruiva desperta.

— Ela fez a mesma coisa comigo quando entrei no quarto. – a mulher asiática diz. – pronto Alexis, troquei seu soro. O doutor Demming vai começar as visitas daqui a pouco e ele vem te ver.

A menina sorrir e eu agradeço a mulher antes que ela saia do quarto, fechando a porta.

— Então... – pergunto baixinho. – como você está?

— Cansada. – ela se deita na cama puxando as cobertas. – eu quero ir para casa. Não aguento mais ficar aqui.

Passos a mão nos cabelos ruivos bagunçados e sorrio.

— Só um pouquinho mais de paciência, ok? O Demming está vindo e a gente pergunta quando você pode ir, pode ser? – ela balança a cabeça e sorrir. – você viu o livro que eu trouxe ontem?

— Sim. – ela balança a cabeça animada e estica a mão pegando o livro ao lado da cama. – eu abri, mas ainda não li... – ela passa mão na capa do livro.

— A história é linda... eu li quando eu era criança. Pollyana era meu livro favorito.

— A gente pode ler juntas... – ela diz meio tímida e eu em aproximo ainda mais da cama.

— Eu acho uma ótima ideia. Olha só... – começo meio sem jeito. – desculpa por não ter chegado cedo ontem... tive um problema no trabalho e saí tarde, mas eu prometo que hoje eu vou estar com você antes de dormir e a gente pode ler o livro juntas.

— Eu sonhei com você. – ela sorrir. – que você estava aqui e dizia que me amava.

— Mesmo? – ela balança a cabeça. – ah então não foi um sonho... eu estava aqui ontem quando você já estava dormindo e disse que te amava antes de sair.

— Mas eu não acordei...

— Mas você sonhou e isso aconteceu no seu sonho. Foi quase a mesma coisa de acordar e me ver aqui. – a menina abre um sorriso de ponta a ponta.

— Eu também te amo, Kate. – ela diz e eu sinto meu coração se desmanchar dentro do peito. Acaricio seus cabelos e puxo seu rosto para perto, beijando sua testa por longos segundos.

— Fiquei sabendo que você recebeu a visita de um certo amiguinho ontem... quem era? – ela abre ainda mais o sorriso e move o corpo para a ponta da cama.

— Dei aqui comigo. – sorrio e aceito o convite. Tiro meus sapatos e me deito de lado e a vejo puxar um urso debaixo da coberta. – ele trouxe isso aqui para mim.

Era um urso pequeno, de pelos marrom e segurava um coração com os dizeres: fique boa logo.

— Nossa, é lindo. Ele aparece gostar de você.

— Ele gosta... – ela fala olhando para o urso e eu podia ver seus olhos brilharem. Castle estava tão ferrado.

— Você quer me contar sobre ele? – Alexis me olha.

— O nome dele é David, ele é da minha sala. – sua voz é tão baixa que eu mal posso escutar.

— E como vocês se tornaram amigos?

— Ele é novo na escola... chegou logo depois de mim. Estava sozinho no intervalo e eu fui falar com ele, e nós começamos a ficar juntos na sala. – eu a vejo ficar um pouco vermelha. – ele senta ao meu lado agora...

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— E você gosta dele? – ela balança a cabeça meio tímida.

— Posso te contar um segredo? – ela fala ainda mais baixo.

— Claro que sim. Somos amigas, você pode me contar tudo. – Alexis concorda e aproxima seu rosto do meu.

— Ele falou para Mandy que queria que eu fosse sua namorada. – ela fala tão baixo que eu quase não escuto. Tenho vontade de sorrir, mas ela estava séria e isso era importante para ela.

— E o que isso significa? – ela não fala nada, claramente envergonhada. – se vocês namorarem as coisas vão mudar... – ela fica ainda mais vermelha.

— Eu sei, a gente vai ficar de mãos dadas. – ela fala tímida e eu me apaixonei ainda mais por ela. Alexis era uma menina encantadora, mas tímida ela era ainda mais. A inocência em sua definição de namoro era admirável.

— E você quer segurar a mão dele? – sento um pouco de medo da resposta. Por mais que eu achasse lindo e inocente essa fase da vida dela, ela era muito novinha.

— Eu não sei... ele não me perguntou nada, mas eu gosto dele. Ele me divide o lanche comigo quando eu não gosto do meu e brinca comigo no intervalo. Os outros meninos da sala não brincam com meninas. – ela diz e eu sorrio aliviada. – mas você não pode falar nada para o meu porque ele vai brigar comigo. – ela me olha assustada.

— Alexis é claro que seu pai não vai brigar com você.

— Vai sim. Eu prometi que não namoraria até ter trinta anos. – ela diz firme e eu rio. Castle tinha mesmo feito a cabeça da menina e eu tinha que trabalhar para que ele desistisse disso e para que ela não caísse mais nas armadilhas do pai.

— Olha só... isso vai ser um segredo só nosso. – pisco e ela concorda sorrindo. – mas eu quero saber de tudo, ok?

Ela concorda e eu ouço a porta do quarto se abrir.

— Oh, bom dia querida. – Martha se aproxima e me cumprimenta.

— Bom dia, Martha. Cheguei cedo, né? Mas eu estava morrendo de vontade de ver essa coisinha linda. – abraço a ruiva ao meu lado e encho ela de beijo.

— Assim você vai acordar meu pai, Kate! – ela reclama e eu rio. Olho para trás e vejo Castle dormir tranquilamente na cadeira totalmente desconfortável, mas ele não parecia se importar.

— Seu pai está dormindo feito pedra. O que deu nele?

— Ele passou a noite acordado. – Martha se adianta. – trouxe um café para ele, mas já que você está acordada e ele não... – ela junta os ombros e estica o café para mim. Rio e aceito.

— Posso beber um pouco? – Alexis pede e eu a encaro.

— Mas é claro que não. – ela resmunga e faz bico. Exatamente como o pai.

— Mas eu estou com fome e meu lanche só vai chegar mais tarde...

— Então vamos chamar a enfermeira e pedir que ela traga um lanche reforçado para você.

Alexis fecha a cara e a porta do quarto se abre novamente.

— Bom dia. – Demming diz sorridente e Alexis faz o mesmo gesto de quando eu cheguei, pedindo silencio.

— O meu pai está dormindo. – sorrio pelo cuidado que ela estava tendo com Castle por ele ter passado a noite trabalhando.

— Mas não vai estar mais daqui a vinte segundos. – informo e levanto da cama. Dou uma ajeitada rápida na minha roupa, calço meus saltos e me aproximo de Castle.

Toco seus cabelos suavemente e ele nem se mexe. Virar a noite inteira escrevendo deve ter deixado ele bastante cansado, mas agora ele precisava acordar.

— Castle... – chamo, mas ele não acorda. – Castle. – chamo um pouco mais alto. Dessa vez ele abre os olhos preguiçosamente. – Castle acorda, o Demming está aqui. – ele me encara e pisca algumas vezes antes de sentar-se ereto.

— Que horas são? – sorrio de sua cara. Ele parecia atordoado e sonolento.

— Ainda é cedo. Agora levanta... – ofereço minha mão e ele segura, levantando.

Demming estava ao lado de Alexis. Os dois tinham um sorriso sugestivo no rosto que me faz corar.

— Alguma novidade? – Castle pergunta coçando os olhos.

— Bom, sim. – Demming começa. – os exames da Alexis já melhoraram e ela não teve febre essa noite, então... – ele olha para a menina fazendo um suspense. – até o final da manhã você vai receber alta. – ele pisca e a menina vibra, gritando.

Eu rio e me aproximo.

— Ei, mocinha, cuidado que você está em um hospital e ainda é muito cedo.

— Eu sabia, eu sabia. Não aguentava mais ficar aqui. – ela suspira, mas não tira o sorriso do rosto.

— Mas ela está bem mesmo? Não é melhor ela ficar aqui por mais tempo... – Castle se aproxima de Demming.

— Pai!

— Alexis eu estou querendo me certificar que você está bem. – o médico rir.

— Ela está ótima. Mas ainda vai precisar tomar alguns cuidados quando voltar para casa, se alimentar bem e tomar os remédios na hora certa.

— Eu vou poder tirar isso do meu braço? – ela ergue o braço e mostra o acesso venoso. – isso incomoda.

— Vai, mas só quando a enfermeira vier tirar, ok? – a menina concorda e Demming se despede dizendo que tinha outras visitas para fazer, mas voltava para dar alta na Alexis assim que possível.

Castle vai até o banheiro lavar o rosto e Alexis volta a me puxar para me deitar na cama com ela. A menina fazia planos do que queria fazer quando chegasse em casa e dizia o quanto estava com saudade de Cosmo. Quando Castle volta seu rosto ainda está amassado e isso me faz rir. Ele parecia realmente cansado. Castle se aproxima de mim e, sem pensar, se inclina me beijando. Nós ainda não tínhamos falado nada para a menina que no mesmo instante, grita de alegria.

— Eu não acredito. – eu viro meu rosto para ela e sorrio. – isso é nojento... – ela aponta falando do beijo. – mas quer dizer que vocês estão juntos de novo.

Castle rir e se inclina por cima de mim, beijando o rosto da filha.

— Bom dia filha. – ele diz e volta sua atenção para mim, beijando meus lábios demoradamente mais um vez. – bom dia meu amor. – sussurra baixinho em meus lábios.

— Voltaram. – a menina afirma e eu ouço a risada de Martha.

Olho para Alexis novamente.

— Voltamos sim, está feliz?

— Muito. – ela agarra meu pescoço e o de Castle de uma só vez e depois reclama. – ai... esse negócio dói. – ela faz um careta mostrando o acesso venoso. Ela ficou tão empolgada que esqueceu que não podia mexer esse braço.

— Cuidado, meu amor. – digo olhando o braço para ver se estava tudo bem. – porque nós não vamos tomar banho para quando o Demming vier te dar alta você já está pronta? – ela balança a cabeça concordando. – ótimo, então vai indo ao banheiro que eu já vou te ajudar.

Martha ajuda a neta a descer da cama e leva-la até o banheiro. Sento na cama e puxo Castle para perto. Ele boceja preguiçosamente e eu rio.

— Está cansado, não é? – ele balança a cabeça. – porque você não dorme mais um pouco?

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— Não, está tudo bem. Eu já estou acostumado a virar noites escrevendo.

— Eu sei, mas você não tem dormido direito desde que Alexis foi internada... deve estar duplamente cansado.

— Eu estou bem, Kate. – ele sorrir e acaricia meu braço. – e eu sei me cuidar, sabia?

— Ah, mais eu gosto de cuidar de você. – murmuro. Castle sorrir e aproxima nossos lábios.

Querido, eu estou pensando em ir para casa preparar tudo para a chegada Alexis. – Martha volta e nós nos afastamos.

— Eu acho ótimo. Pode ir no meu carro, eu peço um táxi...

— Não precisa pedir táxi, Castle. Eu vou estar aqui e levo vocês. – ele me encara.

— Você não vai trabalhar? – balanço a cabeça.

— Não. A Lanie vai me cobrir hoje, então vou passar o dia com vocês. – sorrio e ganho o mais lindo dos sorrisos de volta.

— Bom, nesse caso eu vou indo. – Martha diz pegando as chaves do carro de Castle.

— Eu te acompanho até a saída.

Os dois saem juntos e vou até o banheiro ajudar Alexis no banho. A menina estava ainda mais feliz depois que soube que Castle e eu voltamos. Eu programava fazer uma surpresa para ela, mas Castle se adiantou. O que foi bom, ver o sorriso no rosto da minha pequena ruivinha é a melhor coisa do mundo.

Quando nós voltamos para o quarto encontramos Castle arrumando as coisas da menina. Dois dias e ela já tinha duas pequenas malas com roupas, brinquedos e produtos de higiene. Algumas coisas Alexis sequer tinha usado, mas tanto Castle quanto Martha eram exagerados em tudo. Amarrei o cabelo da menina em um rabo de cabelo e deixei sua franja solta, ela adora esse penteado e adorava quando mexia em seu cabelo.

Não demora muito para Demming voltar e assinar a alta de Alexis. Enquanto ela observava atentamente a enfermeira retirar seu acesso venoso, Castle e eu prestávamos atenção nas recomendações do médico. Seria difícil manter a menina quieta por mais alguns dias para que ela não voltasse a piorar e se curasse totalmente, ela estava animada em poder correr novamente pelo rancho com as gêmeas.

Castle a pegou no colo quando saíamos. Eles andavam logo na minha frente enquanto eu levava uma das bolsas dela. Olho os dois conversando e rindo e meu coração se enche de amor. Eles são minha família, e eu não podia ter escolhido uma família melhor. Assim que chegamos em meu carro Castle arruma Alexis no banco de trás e vem ao meu encontro, que guardava as duas bolsas no porta-malas do carro.

— Pedi para minha mãe organizar uma festa de boas-vindas para ela. – ele fala baixinho.

— Mesmo? Isso vai ser bom, ela passou muito tempo longe... Cosmo vai avançar nela assim que a ver. – rio e Castle concorda.

— Vai ser bom ela saber que fez falta na casa... será que ela vai gostar?

Fecho o porta-malas e me viro para ele.

— Ela vai amar, meu amor. – sorrio e o beijo. – agora vamos? Porque até eu estou louca para sair de vez desse hospital. – Castle sorrir e concorda.

Durante todo o caminho Alexis não parou de falar. Sorrio com a empolgação da menina e do quanto Castle pode ser tão criança quando ela. Fiquei apenas calada ouvindo os planos dela. Ela queria brincar, correr, ver os cavalos, agarrar Cosmo. Estava morrendo de saudade de tudo, e eu posso imaginar o quanto, mas me dói o coração ter que dizer que ela vai ter que pegar leve por enquanto. Então prefiro me calar por enquanto do que ter que destruir os planos dela.

— Chegamos. – anuncio assim que estaciono o carro.

— Graças a Deus. – me viro e vejo ela erguer as mãos, a gradecendo. – eu estava morrendo de saudade da minha casinha.

Os olhos de Castle brilham ao ouvir a menina dizer isso. Aqui era a casa da Alexis agora, e seria para sempre.

— Então, vamos descer? Ou prefere ficar no carro? – ele pergunta encarando Alexis no banco de trás do carro. Ela nega com a cabeça e tira o cinto de segurança.

Castle abre a porta e deixa a menina passar. Um silencio estranho na casa, mas assim que adentramos na sala as pessoas saltam de trás dos moveis e paredes gritando surpresa. Estavam todos aqui. Martha, Jenny, as gêmeas, Ryan, Espo, Lanie e até mesmo a um certo garotinho loiro da mesma idade da Alexis que eu não conheço, mas aposto que esse é o tal David. Alexis rir empolgada com os gritos de todos e uma bola de pelo dourada late e corre na direção da menina. Alexis se abaixa e agarra o cão, que lambe e pula em cima dela fazendo-a cair no chão.

— Seja bem-vinda de volta minha netinha. – Martha se aproxima e agarra a menina.

— Vovó a senhora está me apertando. – ela diz fazendo uma cara dramática e Martha a solta.

Alexis se aproxima do restante do pessoal que a recebem com um abraço apertado. Ela se dava bem com todo mundo, como alguém podia não amar essa coisinha ruiva e fofo? Fico observando ela terminar de falar com Lanie e depois se vira para o David. Castle, que estava ao meu lado, ameaça se mexer e eu coloco a mão no peito dele, que me olha sem entender.

— Segura esse ciúme, ok? – não podia esconder o sorriso provocante em meus lábios.

— Kate você se diverte com tudo isso, não?

— Não. – balanço a cabeça. – mas você está sendo bobo.

— Você vai dizer que aquilo é bobo? – ele aponta e eu vejo o menino beijando o rosto da Alexis e segurando a mão dela. – isso não pode acontecer, Kate! – ele fala indignado e eu rio.

— Ok, precisamos conversar a sós. – eu o empurro até o escritório dele em meio aos resmungos. Assim que fecho a porta ele se afasta e me encara feio. – pode desmanchar essa cara?

— Não. Eu não sei porque estamos aqui ao invés de estarmos lá fora tomando conta daquele conquistador barato. – ele fala do menino e eu rio.

— Rick você está se escutando? Você chamou uma criança de conquistador barato.

— E não é isso que ele é? Com aqueles olhos verdes e aquele sorriso bonito. Além de tudo ele é galanteador, Alexis não pode cair nas garras dele, eu sei bem o que esses meninos fazem, eu já fui um deles ok? O bonitinho de olhos claros que roubava os corações das meninas. – ele fala rápido sem parar para respirar. Apenas observo. – e antes que você diga, isso não é ciúmes, é cuidado. Não quero minha filha sofrendo depois...

— Acabou? Eu posso falar agora? – ele balança a cabeça e eu me seguro para não rir, apesar de ser engraçado um Castle com ciúmes, o assunto era sério. – eu vou te fazer uma pergunta. Você quer que sua filha confie em você? Quer que ela te conte tudo e não minta?

— Claro que eu quero. Que tipo de pergunta é essa?

— Então você precisa parar com isso. – ele me olha sem entender. – Rick a Alexis gosta desse menino e ele me parece ser um cavalheiro. Eles se conheceram na escola, ele é novo aqui, e se tornaram amigos por causa disso... ela te contou isso?

— Não. – ele fala baixo e se aproxima. – ela te contou mais alguma coisa?

— Sim. Que você a fez prometer que só namoraria quando tivesse trinta anos, e é exatamente por isso que ela não te contou nada.

— Mas ela prometeu, tem que cumprir.

— Rick! – repreendo e ele joga as mãos para o alto, em sinal de redenção.

— Tudo bem, me desculpe.

— Você fala que sabe o que esses meninos querem... – digo me referindo ao que ele já falou mais de uma vez, mas eu não entendi. – o que eles querem?

— Se aproveitar de garotas inocentes, exatamente como a Alexis. E eu não quero que minha menininha se magoe.

— Ok, eu acho lindo esse seu lado protetor, mas você não pode usar isso para Alexis não namorar nunca. Ela gosta desse menino, você não acha melhor você conversar com ela e saber das coisas do que ela esconder e você não saber de nada?

Ele suspira e cruza os braços na frente do corpo.

— Tudo bem, eu errei. Mas ela não é muito nova para gostar dele? – rio e me aproximo, passando meus braços em seu pescoço. Castle descruza os braços e abraça minha cintura.

— Ela está na idade de se apaixonar... é tudo tão inocente que você não precisa se preocupar. – mesmo contrariado ele concorda, e eu rio de sua cara amarrada. – agora vamos voltar?

— Vamos. – ele concorda.

— Você vai se comportar? – ele balança a cabeça. – certeza?

— Prometo. – ele cruza os dedos e beija. Uma criança. Sorrio e seguro sua mão enquanto voltamos para a sala.

Jenny servia um lanche para as crianças quando nós saímos. Eu me aproximo delas e cumprimento as gêmeas com um beijo e um abraço e conheço, oficialmente, o David. Ele realmente tinha belos olhos e um sorriso bonito. Podia facilmente partir o coração de todas as meninas da escola, eu só espero que ele não faça isso com a minha menina.

Quando volto ao encontro dos adultos encontro Martha explicando a Castle como tinha encontrado o David e a mãe na porta do hospital. Parece que o menino tinha insistido em visitar Alexis antes de ir à escola, mas Martha disse que ela receberia alta e que ele podia vê-la em casa e que eles dariam uma festa de boas-vindas. O menino então tirou o juízo da mãe para que ela deixasse ele vir a essa festa, então ele veio com Martha, que também estava encantada pela criança. Era notável a cara de ciúmes do Castle enquanto sua mãe lhe contava toda a história.

A pequena festa não demorou muito. Os adultos voltaram a seus a fazeres, mas as crianças continuaram brincando na sala. As risadas preenchiam o lugar. Castle observava as crianças atentamente encostado numa parede perto. Um leve sorriso em seu rosto. Não tinha ciúmes, como antes, tinha um brilho diferente. Me aproximo e abraço sua cintura. Ele passa o braço por cima dos meus ombros e beija meus cabelos antes de voltar a atenção para as quatro crianças no chão da sala.

— Está pensando em que? – murmuro.

— No quanto eu gosto de ter essa folia aqui em casa. – ele vira o rosto para mim. – as crianças brincando, bagunçando tudo, as risadas...

— Você quer uma família grande?

— Enorme. – ele fala arregalando os olhos e eu rio. – sabe, eu já tenho uma família aqui. Tenho você, Alexis, minha mãe... tenho o Ryan e a Jenny que eu já os considero como parte da família, e claro, tenho as gêmeas, a Lanie, o Esposito... nós ficamos mais próximos depois de algumas partidas de pôquer... – ele esclarece e eu sorrio. Era importante que Castle se desse bem com todos os meus amigos. – mas eu não paro de pensar em nós... se nós vamos ter filhos ou não...

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— Castle...

— Eu sei, Kate. Você tem problemas para engravidar, mas eu não ligo. – ele se vira totalmente para mim. – eu não estou falando que seria agora, mas a gente pode começar a pensar sobre isso. Sobre adoção...

— A gente pode deixar esse assunto mais para frente? Nós acabamos de voltar, então vamos curtir isso...

— Claro. – ele sorrir. – só não vamos deixar esse assunto morrer. Eu quero muito isso.

— Não vamos. Eu só preciso de um tempo, ok?

— Ok. – ele diz e me puxa de volta para seus braços.