Harry Potter e...

Capítulo 3 - Invasão em Hogwarts


CAPÍTULO 3

Dois dias depois, os meninos tiveram a melhor aula de Defesa Contra as Artes das Trevas de suas vidas.

Todos esperavam o professor Lupin (que estava atrasado) com seus pergaminhos, livros e penas em cima da mesa, mas quando ele chegou, pediu para que guardassem tudo e o acompanhasse.

—Ele parece estar com uma aparência melhor, não acha?- Amy perguntou a Harry. Realmente, o homem parecia menos pálido e mais forte do que aquela noite no trem.

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Todos seguiram o professor pelos corredores, até a sala dos professores. Snape estava sentado em uma das poltronas e quando viu Lupin com os alunos, lançou um olhar de desdém e saiu da sala.

—Vamos, aproximem-se – pediu Lupin e parou do lado de um velho armário de vassouras.

Os alunos se posicionaram em volta do armário, formando uma meia lua, e todos deram um pulo de susto quando algo dentro do móvel o balançou.

—Não se preocupem. Aqui dentro tem um bicho papão. Alguém sabe me dizer o que é isso?

Hermione ficou nas pontas do pé e levantou as mãos, ansiosa.

—Um bicho papão é um transformista, senhor. Assume a forma do que mais tememos.

—Muito bem Hermione. Dez pontos para a grifinória. Agora, Neville, quero que nos diga o que você mais teme.

—O professor Snape.- Neville disse numa voz baixa.

A classe irrompeu em risos, até mesmo Lupin.

—O professor Snape. Certo. E se não me engano, você mora com sua vó, não é mesmo? Quero que faça o seguinte, Neville: pense no professor Snape com as roupas de sua avó, depois diga bem alto e claro: Riddikulus. Acha que consegue?

—Eu... eu acho que sim- Neville disse numa voz baixinha e medrosa.

—Muito bem, quando eu contar até três. –O professor contou até três e apontou sua varinha para o armário, que se abriu com um clique e de lá, saiu Severo Snape com suas longas vestes pretas e olhar raivoso.

—R... ri... riddikulus!-Neville gritou e apontou sua varinha.

No momento seguinte, o Bicho Papão Snape estava usando um vestido verde esmeralda, uma bolsa enorme vermelha e um chapéu com um pássaro empalhado. A sala explodiu em risos, e todos logo formaram uma fila para enfrentar o bicho papão. Foram Dino, Simas, Parvati, Lilá, e Rony, mas quando chegou a vez de Harry, Lupin se colocou na frente do bicho papão, que tomou a forma de uma enorme bola branca.

—Ridikkulus!- o professor gritou e a bola se transformou numa bexiga, que voou para dentro do armário. –Eu sinto muito. A aula acabou.

Todos fizeram barulhos de protestos.

—Eu sinto muito, mas o que é bom dura pouco. Quero uma folha de pergaminho sobre o bicho papão para a próxima aula. Estão dispensados.

Todos saíram da sala, animados pela aula prática, mas decepcionados por nem todos terem conseguido enfrentar o bicho papão. Harry estava visivelmente chateado pelo professor interromper a aula bem na sua vez. Será que achava que Harry era um fracote e não conseguiria derrotar o bicho papão depois de tudo que aconteceu no trem?

Amy pareceu ler os pensamentos do amigo, segurou seu braço e falou olhando em seus olhos.

—Sei o que está pensando. Lupin não te acha fraco, Harry. Ele só não deixou você enfrentar o Bicho Papão por que achou que ele se transformaria em Voldemort. Imagina o caos que se tornaria a aula se Voldemort tomasse forma ali na frente. As pessoas se assustariam.

Harry não tinha pensado nisso.

—Você acha que foi isso mesmo? –ele perguntou.

—Tenho certeza. –Amy disse e sorriu para ele.

Os dois seguiram o resto da turma que caminhava para a aula dupla de poções junto com a sonserina.

—Amy. Qual é o seu maior medo? –Harry perguntou ao perceber que não fazia a mínima ideia de no que o bicho papão de Amy se transformaria.

Amy desviou os olhos de Harry por um segundo, e ele percebeu que ela ficou desconfortável com a pergunta. Quis logo pedir desculpas, mas ela responde:

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—Não ter churros de sobremesa hoje no jantar. Estou com vontade de comer um desde que voltamos para Hogwarts. –ela disse e deu de ombros.

Harry sorriu e aceitou a mentira da amiga. Os dois entraram na sala de Snape e pegaram um lugar próximo à Hermione e Rony. O professor entrou na sala de mal humor, como sempre, e pediu que o alunos seguissem as instruções do livro.

Já tinha passado quase uma hora de aula, quando Malfoy entrou na sala com o braço enfaixado e uma carinha de coitado.

—Com licença, professor. Estava na enfermaria.

—Entre, Draco. Fique a vontade. Vá com calma na aula de hoje.

Amy e Harry reviraram os olhos. Snape nunca falaria pra algum aluno, além de Malfoy, ir com calma e ficar a vontade em sua aula, muito menos entrar atrasado. Malfoy se sentou na mesa atrás dos dois, dando um risinho.

—Senhor, não consigo cortar meu pinhão –Malfoy disse após um minuto.

—Green, corte o pinhão de Malfoy. –Disse Snape na frente da sala.

Amy deixou sua faca cair ao ouvir aquilo e olhou incrédula para o professor Snape, que apenas deu um sorrisinho torto e começou a andar pela sala. Amy pegou com força sua faca e respirou fundo. Sequer olhou na direção de Malfoy, apenas pegou o pinhão e cortou em quatro. Harry sentiu que ela poderia explodir de raiva a qualquer momento.

—Professor, não consigo limpar minhas raízes. –Malfoy disse segundos depois.

—Potter, limpe as raízes de Malfoy – ordenou Snape.

Harry ficou um tom mais vermelho e, assim como Amy, não olhou para Malfoy ao limpar as raízes.

Malfoy sorria vitorioso, e Amy quis arrancar dente por dente de tanta raiva que sentia. Primeiro, colocou o emprego de Hagrid em perigo e depois, fazia ela e Harry passar aquela vergonha. Harry voltou em silencio para a mesa, mas estava visivelmente com raiva também.

—Ei, Harry! Viu o que saiu hoje cedo no jornal? Sirius Black foi visto por um trouxa. –Dino disse aos sussurros quando foi pegar um pouco da raiz de Harry emprestada.

—Onde? –perguntaram Amy e Harry ao mesmo tempo.

—Não muito longe daqui. Quando o ministério chegou ao local, Black já tinha desaparecido. –disse Dino e saiu antes que Snape percebesse a conversa.

Amy e Harry absorveram a informação em silencio. Não muito longe dali... Será que Black estava vindo mesmo para Hogwarts? Ele não seria tão louco, seria?

—Qual o problema, Malfoy? Precisa que eu corte mais alguma coisa? –Harry perguntou.

Amy viu que Malfoy lançava um olhar maldoso para Harry, e abriu um sorrisinho cruel.

—Pretende pegar Sirius sozinho, Potter? Você quer se vingar? –perguntou o loiro com um brilho no olhar.

—Me vingar do que? Do que você está falando? –perguntou Harry, intrigado com as palavras dele.

—Lógico que, se fosse comigo, eu estaria lá fora procurando por ele, e não na escola preparando poções idiotas. –ele disse num sussurro.

—Não dê ouvido a ele, Harry. Ele só quer te irritar. –Amy disse e virou Harry para a mesa.

Mas ela não sabia se estava realmente certa. O que Malfoy quis dizer com aquelas palavras? Ela olhou para trás, para Malfoy, e ele lhe lançou um olhar malicioso, como se soubesse de alguma coisa que não estava contando.

Finalmente a aula acabou e o quarteto saia da sala. Rony comentava alguma coisa de sua poção para Hermione, mas quando os três olharam para a menina, ela simplesmente tinha sumido de vista.

—Onde ela foi? –Harry perguntou intrigado.

Então a menina apareceu na escada na frente deles, ofegante e com vários livros na mão.

—Segura isso aqui. –ela empurrou alguns livros para Amy e Rony.

—Onde você foi? Estava atrás de nós num momento e depois, esta aqui na frente.

—Ah... eu tive que... voltar para buscar algo.

—Mas Hermione...

—Vamos logo, Ronald, estou faminta e quero jantar logo. – Ela disse e saiu na frente.

—Vocês não tem a impressão que ela está escondendo alguma coisa? –Rony perguntou.

Amy e Harry deram de ombros e todos foram para o salão grande jantar.

Naquela noite, Harry contou sobre Sirius Black ter sido visto e sobre o que Malfoy falou na aula.

—Sinceramente, Harry, eu acho que Amy está certa. Ele só falou aquilo para te irritar. Esquece isso.

E não tocaram mais no assunto, apenas continuaram com seus deveres de casa.

Rony estava chateado com Hermione porque seu gato estava tentando pegar Perebas as vezes, o que o deixava irritadíssimo.

—TIRA ESSE GATO BURRO DAQUI! –Rony gritava quando Bichento aparecia.

No final da semana seguinte, anunciaram que a visita à Hogsmeade aconteceria no dia das bruxas. Todos ficaram animados, logico, menos Harry.

—Tudo bem. Vai ter a festa de dia das Bruxas, depois que vocês voltarem. Nos vemos lá. –disse Harry na manhã do dia em que os meninos iam a Hogsmeade.

Amy, Rony e Hermione só voltaram no final da tarde, com todo o doce que conseguiam carregar para Harry.

—Você tem que conhecer a Dedosdemel, Harrry. Tem tudo lá, olha isso! –disse Rony e apontou para o tanto de doces na frente deles.

—O que fez a tarde toda, Harry? –perguntou Amy.

—Terminei algumas tarefas e fui tomar chá com Lupin, o que foi meio estranho, pois Snape apareceu lá com um caldeirão de poção para ele. Lupin disse que era para indisposição.

—O que? Lupin é louco? E se Snape envenenou a poção? –Rony perguntou indignado.

—Não seja burro, Rony. Snape nunca faria isso na frente de Harry. –Amy disse.

Depois disso, os quatro se prepararam para a festa de Dia das Bruxas. Neville, Gina, fred e Jorge se juntaram aos amigos e todos comeram e dançaram a noite toda. Amy reparou que Snape não parava de lançar olhares raivosos a Lupin. Todos estavam de bom humor, que nem as brincadeiras de Molfoy sobre dementadores abalaram o quarteto. Quando voltavam da festa, Amy fez sinal para Harry para ele deixar Rony e Hermione irem andando na frente, para que a amiga não ouvisse o que diria.

—Quando chegamos em Hogsmeade, os professores nos deixam livres para visitar a cidade. Você pode conosco da próxima vez, se usar sua capa da invisibilidade!

Harry abriu um enorme sorriso com a ideia.

—É brilhante.

—Só não deixe Hermione saber. Ela acharia uma má ideia e ficaria preocupada.

—Tudo bem, não conto nada.

Os dois pararam nas escadas. Havia algum tumulto na frente do quadro da Mulher Gorda, os alunos pareciam confusos, alguns surpresos.

—Será que trocaram a senha de ultima hora? – perguntou Amy.

Mas percebeu que algo realmente grave tinha acontecido quando ouviram Percy mandar chamar Dumbledore. Rony e Hermione desceram até onde Harry e Amy estavam.

—A Mulher Gorda sumiu! Alguém destruiu o retrato dela. –Rony disse.

—O que? –Amy perguntou incrédula.

Então Dumbledore passou apressado por eles e o quarteto aproveitou o corredor aberto para se aproximarem da cena. Lupin, Minerva e Snape estavam juntos com o diretor.

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Tiras do quadro cobriam o chão, e apenas alguns pedaços da pintura continuavam na parede.

—Minerva, mande fazer uma busca pelo castelo atrás da Mulher Gorda.

—Boa sorte nisso. –Pirraça apareceu com cara de que escondi alguma coisa.

—O que quer dizer com isso, Pirraça? Você sabe quem fez isso? –perguntou Dumbledore numa voz calma

Pirraça não ousava tirar sarro ou chatear o diretor, então logo respondeu num tom cortês:

—Ela esta extremamente envergonhada e apavorada, diretor. Ela não deixou ele entrar por que não tinha a senha. Tem um gene muito forte, esse tal de Sirius Black.

Houve uma série de gritinhos de pânico e murmurinhos. O corpo de Harry pareceu se endireitar e endurecer. Dumbledore olhou de relance para o menino, e se encontrou rapidamente com o olhar de Amy. Eles pareciam querer uma resposta para “o que você vai fazer para colocar meu amigo em segurança?”.

—Percy e professores, quero que levem todos os alunos para o Grande Salão imediatamente. Precisamos fazer uma busca no castelo. –disse Dumbledore e desceu as escadas acompanhado por uma massa de alunos. Rony, Hermione, Amy e Harry ficaram parados. Rony e Hermione olhavam o amigo como se ele fosse ter uma crise de pânico naquele momento.

—Vamos Harry. Não vamos ficar para trás. –Amy disse e pegou na mão do amigo, puxando-o escada abaixo.

Ao chegarem no Grande Salão, os alunos de todas as casas cercavam alguns alunos da Grifinória para saberem o que estava acontecendo. As mesas foram afastadas e inúmeros sacos de dormir estavam espalhados pelo chão. Por volta da meia noite, Percy mandou todos dormir e apagou as luzes. O quarteto dormiu próximo e ouviu, por volta das três da madrugada, quando a maioria já estava dormindo, Dumbledore entrar na sala e perguntar a Percy se estavam todos bem. Em seguida, ouviram passos de uma nova pessoa, e a voz de Snape falou próxima a eles.

—Revistamos a torre norte e o corujal. Nenhum sinal de Black, diretor. –disse Snape numa voz baixa.

—Eu não esperava que ele se demorasse.

—Alguma teoria de como ele entrou?

—Muitas. Uma mais absurda do que a outra.

—O senhor se lembra do que falei no começo do ano? Sobre minhas suspeitas com sua nova nomeação do...

—Não creio que alguém dentro de Hogwarts tenha ajudado Sirius Black a entrar no castelo, Severo. Tenho que descer e conversar com os dementadores - Dumbledore disse e saiu do grande salão.

Amy observou o diretor se afastar, depois desviou seu olhar para Snape, que tinha a expressão mais rancorosa que já tinha visto na vida. Então Snape deu uma olhada nos alunos que dormiam, e viu que Amy o encarava e que provavelmente escutou a conversa toda. Amy não desviou o olhar, já tinha sido vista de qualquer maneira. Snape lançou um olhar estreito e saiu do salão.

Amy soltou o ar pesadamente, depois olhou para Harry. O amigo também estava acordado e ouvira a conversa inteira.

—Ele está falando de Lupin.- Amy disse apenas com os movimentos dos lábios.

As horas continuavam a passar e nenhum dos dois foi dormir tão cedo.

Primeiro, Amy se questionava do por que tanto rancor e raiva que Snape sentia de Lupin, a ponto de acusa-lo de ajudar Black a entrar no castelo. Não era apenas pelo cargo de professor, isso já estava obvio para ela. O que aconteceu entre os dois fora de Hogwarts para Snape ter tanto remorso do professor maltrapilho? Além disso, por que Snape acusaria Lupin de ajudar Black, sendo que, aparentemente, Lupin não teria motivos para fazer isso. Mas outra pergunta tomou a mente de Amy um tempo depois: por que Sirius Black escolhera logo o Dia das Bruxas para invadir o dormitório, sendo que era o único dia que eles estariam fora da cama até mais tarde? Ele poderia muito bem ser visto por algum aluno voltando da festa, além de não encontrar Harry no dormitório, já que ele estava aqui para mata-lo.

Todas essas perguntas sumiram de sua mente quando ela olhou para o lado e viu que Harry ainda estava acordado, com olhos preocupados fitando o teto estrelado. Ele devia estar com a cabeça tão cheia de perguntas quanto Amy, além da preocupação de ter um assassino atrás dele. Amy estendeu os braços e segurou a mão de Harry, que estava caída para fora do saco de dormir, e sorriu levemente para o amigo.

—Não estou com medo- ele disse num sussurro.

—Sei que não. Mas precisa dormir, mesmo assim.

Ele sorriu levemente para ela e de repente, os dois se sentiram extremamente cansados. Eles sequer tiveram tempo de soltarem as mãos, caíram no sono logo em seguida.