... A Câmara Secreta - Capítulo 1 - O Segredo de Potter e Weasley

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CAPÍTULO 1

Nunca fora tão difícil prestar atenção na aula de herbologia. Não era a matéria preferida de Amy, mas ela tentava ser uma boa aluna em todas as aulas, até nas mais chatas, como as de Snape. Contudo, os acontecimentos das últimas semanas ocupavam não só sua mente, mas de todos os alunos em Hogwarts. Depois que Hermione Granger fora petrificada alguns dias atrás, todos que tinham certeza que Harry Potter era o herdeiro de Sonserina tiveram suas suspeitas decapitadas e o medo cresceu em toda a escola.

Amy nunca acreditou que Potter era o culpado pelos ataques. Não tinha exatamente uma defesa para ele, mas sentia que o menino era inocente.

Olhou para Harry Potter do outro lado da sala. Ela nunca admitiria isso para si mesma, mas adorava quando os olhos verdes dele se encontravam com os castanhos dela; isso lhe provocava um minúsculo arrepio. Harry foi despejar uma braçada de galhos mortos na composteira e deu de cara com Ernie Macmillan. O garoto passara as últimas semanas falando para quem quisesse ouvir que o Potter era o autor dos ataques aos nascidos trouxas. Ernie tomou fôlego e disse formalmente:

—Eu só quero dizer, Harry, que sinto muito por ter suspeitado de você. Sei que nunca atacaria Hermione Granger e peço desculpas por tudo que eu disse…

Amy desviou os olhos para sua figueira. Garotos... Ernie continuou a se desculpar, então ele e Ronald Wesley começaram a falar do garoto Malfoy. Amy revirou os olhos. Como se Draco Malfoy fosse capaz de controlar um monstro gigante por Hogwarts. Isso ia além das capacidades mentais daquele menino.

—AI! Que é que você... –Amy ouviu o Wesley reclamar e olhou imediatamente.

Harry apontava para uma fileira de pequenas aranhas que caminhavam estranhamente juntas. Estranho. Amy nunca vira aranhas se comportarem daquele jeito.

—Estão indo para a Floresta Proibida!- Harry disse e Rony pareceu ficar um tom mais branco.

Amy olhou a direção que as aranhas seguiam, depois olhou de volta para Harry, no mesmo momento que ele voltou seu olhar para ela. Os dois desviaram o olhar quando a professora Sprout chamou a sala para se retirarem. Devido aos ataques, os professores tinham que acompanhar os alunos até a próxima aula. Ao saírem da estufa, Amy tentou ficar próxima dos dois meninos e ouvir o que falavam.

—Teremos que usar a capa da invisibilidade outra vez. Podemos levar Canino conosco. Ele está acostumado a entrar na Floresta Proibida com Hagrid, talvez possa ajudar.- ela ouviu com dificuldade Harry falar.

Amy entrou na aula de Lockhart e se sentou ao lado da colega Lilá Brown. Estava extremamente confusa. Eles achavam mesmo que podiam entrar na Floresta Proibida sozinhos? Iriam morrer, com certeza!

Ou eram muito idiotas em irem sozinhos, ou tinham uma boa, uma ótima razão para fazerem essa idiotice. Alguma coisa dizia a Amy que a segunda alternativa era a correta, afinal, Harry sabia mais do que os outros alunos sobre os ataques pois achou quase todas as vítimas. Podia muito bem estar escondendo alguma informação e ir atrás das informações sozinho. Foi isso que aconteceu ano passado com a Pedra Filosofal, pelo o que ficou sabendo.

No final da aula, Amy não sabia por que Harry e Rony entrariam na floresta, mas sabia que iria junto. Se houvesse algo naquela floresta que pudesse ajudar os alunos de Hogwarts, não poderia ficar apenas nas mãos do Potter e do Wesley! Harry tinha mencionado que eles teriam que usar sua capa de invisibilidade. Amy não sabia onde diabos eles tinham conseguido aquilo, mas concluiu que não seria daquele jeito que sairia do castelo. Os meninos nunca a deixariam ir se ela simplesmente pedisse. Resolveu então sair escondida na hora do jantar e ir até a casa de Hagrid, esperar por eles, afinal, eles passariam para pegar o cachorro. Era um plano extremamente cheio de falhas e Amy nem sabia ao certo por que estava se metendo nessa encrenca. Nenhum dos alunos atacados eram seus amigos muito chegados. Mas ela não ligou. Alguma coisa dentro dela dizia que devia ir e Amy sempre seguia sua intuição.