Agora e para Sempre
Foi a pior coisa que fiz na minha vida
— Fora Helena! Fora Helena! - ouço os gritos quando entro no refeitorio.
Gabi me olha confusa.
— Ora, ora, aqui esta nossa futura ex popular. - fala Deborah, que segura uma palca escrita "Fora Vadia!".
Cruzo os braços e para em sua frente.
— O que pensa que esta fazendo?
— Estou começando uma revolução. Ninguem aguenta mais esse nazismo todo.
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— Uau. Deborah VilasBoas pensou em tudo isso? - gesticulo com as mãos para o publico ao nosso redor. - estou orgulhosa de você.
— Você vai se arrepender de falar assim comigo.
— Vou? Quando? - rio com sarcasmo. - Deborah não me faça rir com essas suas piadinhas.
Cerra os punhos.
— Eu queria ter te matado ontem.
— Sinto muito, mas ficarei aqui por mais uns 40, 50 anos. Terá que me aguentar.
— Você é uma piranha que só quer saber de transar. - coloco a mão na boca, fingindo surpresa.
— Serio?. Meu Deus, você é tão ridicula.
Rio.
— Tente. Apenas tente, me derrubar. - a empurro com o dedo. - que eu acabo com você, queridinha.
— Você se garante, não é?. Mas não devia Helena. Pelo que eu sei, Arthur admitiu não gostar de você.
Sorri vitoriosa ao ver minha expressão.
— Nem um Nerd consegue te amar. Você não é nada sem essa mascara. Rica, linda, poderosa. Tudo é uma farsa. Você é podre e insegura por dentro.
Vejo Arthur do outro lado do patio, sentado ao lado de uma garota de cabelos negros e lisos.
Ele sorri para mim, mas logo após é surprendido por um beijo da garota.
Meu coração acelera e volto a olhar para Deborah.
— Eai? Ficou sem fala? - provoca.
— Você é mediocre. - falo apenas, me virando e saindo do patio.
— Amiga, você esta bem? - pergunta Gabi, correndo atras de mim.
— Estou. Estou. - minto.
Um garoto de óculos passa ao meu lado e seguro em seu colarinho o beijando. Ele fica surpreso mas corresponde.
— Helena... - Gabrielle chama, e me afasto.
Arthur esta me olhando, parado perto da saida do refeitorio.
— O que esta olhando?
Limpo o batom borrado.
— Nada. Só quero saber se esta bem?
— Desde quando se importa?
Dá de ombros.
— Você esta?
Me aproximo, deixando nossos rostos a centimetros.
— Você acha mesmo que estou sofrendo por você?
Fica calado.
— Não agradeço e nem me arrependo, pois não houve nada entre nós.
— Não precisa agir assim. Podemos ser amigos.
— Acha mesmo que estarei afim de ser amiga de você?. Ainda é um Nerd, ainda é um babaca. Ainda é o garoto que implico e que odeio só por estar no mesmo lugar que eu. Não quero mais nada com você.
— Por que precisa ser assim?
— Não quero me machucar.
— Eu te disse. Nunca me apaixonei Helena.
— Mas eu sim. E foi a pior coisa que fiz na minha vida.
Saio andando para fora da escola.
Não estou com cabeça para as aulas. Só quero sumir, evaporar do universo.
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