Agora e para Sempre

2 Temp - Familia Sanchez


GABRIELLE SANCHEZ

— Como ele é? - pergunta mamãe colocando os pratos sobre a mesa.

— Ele é Inteligente, Carinhoso, Lindo. - ela sorri.

— Você parece feliz.

— Muito. Guilherme me completa.

— Ele é irmão da Helena, certo? - assinto. - É metido igual a irmã ou... - a interrompo.

— Não mãe. E a Helena não é mais metida. Guilherme é educado.

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A campainha toca e sinto minha mão começar a suar.

— Pai, ele chegou! - grito e corro para a porta.

Ele me olha e um maravilhoso sorriso aparece em seu rosto.

Sorrio e colo nossos labios o puxando para dentro.

Ele me solta e percebo que papai nos olha.

Guilherme arregala os olhos.

— Olá Rapaz. - meu namorado sorri desajeitado e estende a mão.

— É um prazer Senhor Sanchez. Eu sou Guilherme.

— O namorado da Gabrielle. - completa.

— Isso.

— Venha. Vamos jantar.

Entramos na cozinha e mamãe o recebe de braços abertos, dando um beijo em sua buchecha.

— Ouvi muito sobre você. - minha buchecha cora.

Nos sentamos á mesa, com ele ao meu lado.

— Então rapaz... - começa papai, observando mamãe o servir a lasanha. - Você é um Lacerda?

— Sim.

— Conheço uma de vocês. É a... - papai tenta lembrar o nome. - Como se chama...?

— Helena. - responde Guilherme. - ela é minha irmã.

— Mesmo?. Não vejo semelhança em vocês.

— Somos trigemeos. Ainda tem mais um irmão.

— Hum.

— E então Guilherme - mamãe toma a palavra. - onde se conheceram?

— Na escola. Desde que ela e a Helena viraram amigas.

— Então faz um bom tempo.

Meu namorado ri, apenas por educação. Experimenta a lasanha.

— Uau. A comida esta deliciosa, Senhora Sanchez.

— Obrigada, querido. Mas tenho certeza que não é melhor que Caviar que comem diariamente.

As buchechas de Guilherme de tingem de vermelho mas ele ri sem graça.

— Não somos muito fãs deste tipo de comida. Minha familia e eu preferimos comer pizza enquanto assistimos algum filme da TV A Cabo.

Mamãe ri, contagiada pela educação e pelo humor do genro.

— Aprecio sua humildade. - Gui sorri para mim, orgulhoso por conquistar a sogra.

— Qual suas intenções para com minha filha? - meu pai fala, deixando Guilherme surpreso.

— Eu pretendo me casar com sua filha, Senhor. Não é desejo de ambos casar após a formatura, mas com certeza depois da faculdade.

— O que cursará?

— Engenharia.

— Um engenheiro... - faz uma pausa. - É facil quando se tem muito dinheiro.

— Não, pai. Guilherme ganhou uma bolsa no MIT.

Outra vez, Guilherme cora.

— Serio? - pergunta minha mãe completamente interessada.

Seu sonho sempre foi estudar no MIT.

— Guilherme é inteligente.

— Não é pra tanto. - murmura ele.

— MIT fica em Massachussets, Cambridge. Gabrielle irá para Kingston University em Londres. Acho que esse relacionamento não dará certo já que as facukdade ficam a kilometros de distancias.

— Ah, não. Gabi irá pra Nova York. Ela vai pagar...

— Gabrielle ganhou uma Bolsa pra cursar moda na Kingston University em Londres, na Inglaterra. Ela não te contou isso?

Guilherme me olha e afundo mais na cadeira.

— Não. Ela não me contou.

Um silencio constrangedor paira sobre a mesa.

Eu queria sumir, virar pó só para não ter que encarar Guilherme.

— Alguem quer a sobremesa? - diz minha mãe com seu humor inabalavel.

Traz o sorvete e nos serve.

— Gabi disse que gosta de carros... - Meu namorado começa. - Meu pai tem uma Ferrari 250 de 1958.

— Seu pai é um homem de sorte. Mas eu tenho um Fusca de 1968. Ele é meu xodó.

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— Sempre fomos fãs de carros de epoca.

— Meu bebê azul tem tudo original. Retrovisor, bancos, atê o radio.

— Eu estava mesmo querendo trocar meu Zenvo ST1 por algo mais em conta.

— Ah, você tem um Zenvo?

— Sim. Ganhei de aniversario aos 16 mas não posso dirigi-lo ainda já que não tirei a carteira de motorista.

— Esta na lista dos carros mais caros di mundo.

— Sim, mas eu não o quero. Acho que a pontencia do carro esta no motor não na beleza e nem em milhões de dolares.

— Ele deve ter custado caro, não?

— Alguns milhões mas prefiro os velhos.

— Como o meu que custa dois mil reais?

Guilherme se cala e a tensão na mesa se aprofunda.

Não consigo aguentar mais então abro a boca:

— Estou gravida.

Os talheres fazem barulho ao cairem sobre os pratos.

Guilherme me olha surpreso.

— O que?! - exclama meu pai.

— Eu estou gravida. - repito.

Nos minutos seguintes a unica coisa que ouvimos é palavrões de baixo calão e ameaças.

— Não quero ter uma filha irresponsavel em baixo do meu teto! Quero você fora de casa!!!. - me levanto agarrando a mão de Guilherme e o puxando.

— Sinto muito senhor. - repete varias vezes atê sairmos da casa.

As lagrimas rolam sem interferencia enquanto andamos pela rua.

— Por que contou, Gabi?

— Eu precisava. Não estava aguentando.

Para e me olha.

— Hey, vai ficar tudo bem. - me abraça e desabo sobre seu peito, soluçando.

— Eu não tenho mais casa. Eu não tenho mais pais.

Afasta meu rosto para me olhar.

— Você tem sim. Vai morar comigo. Eles vão ficar bem. Logo vão te perdoar.

Beija minha testa.

— E seus pais?

— Eles vão aceitar. Afinal, passaram pela mesma coisa.

Entrelaça nossos dedos.

— Nosso bebê esta ai dentro, Gabi. É a unica coisa que me importa.

Por fim, me beija. Nosso pequeno e querido bebê...