Agora e para Sempre

2 Temp - Vida.


Logo depois que Arthur saiu, sem dizer nenhuma palavra, pude me afundar em lagrimas. E eu queria me afogar. A dor no peito é forte, rasga minha pele.

Não há mais o que fazer aqui. Mas alimentei esperanças naqueles que estão ao meu redor. Seria demais.

Sempre venerei o amor, mas então percebo que o Amor machuca. E deixa cicatrizes. Ele chega, te agarra, e depois te solta levando uma parte sua como lembrança. O amor mexe conosco. Tortura e conduz as pessoas a falsas promessas.

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Senti todas as dores, todas as falsas promessas e esperanças que o amor dà para que depois possa te destruir dos pés a cabeça.

Muitos idolatram mas outros... Bem, outros odeiam.

— Helena. - a enfermeira chega e me olha preocupada.

Não olho, não ouço. Só sinto.

Choro atê sentir o ar sair de meus pulmões e custar a deixar entrar oxigenio neles. Perco o folego o que deixa a enfermeira preocupada.

Ela não sabe o que esta havendo. Ninguem sabe. Só eu. Presa a essa dor torturante e doentia.

Sou uma peça nesse quebra cabeça do Destino. A peça perdida embaixo do carpete.

SELENA RIVEIRA.

Acaricio seus cabelos enquanto o observo dormir. Seu eosto é sereno, calmo.

— Por que esta me olhando assim? - sua voz rouca ecoa pelo quarto e seus belos olhos verdes me encaram junto a um sorriso de tirar um folego.

— Gosto de vê-lo dormir.

— O que há de bom nisso?

— Você fica de boca fechada quando esta dormindo. - me afasto brincalhona o fazendo mostrar a lingua.

Pego o livro e me sento ao seu lado.

— Em que parte paramos? - pergunto filheando as paginas de O Pequeno Principe.

"O essencial é invisel aos olhos, e só se pode ver com o coração".— cita uma das frases do livro.

— O que esta querendo dizer, Senhor Lacerda? - peegunto com os olhos semicerrados.

— Que o nosso amor só pode ser visto pelo coração. Só nós sabemos como é. Nada, nem ninguem pode entender essa paixão.

Me agacho para olhar diretamente em seus olhos.

— Eu sinto muito. A culpa foi minha.

— Shhh... - seu dedo contorna meus labios. Amo essa mania. - Esta tudo bem.

— Não esta. Você perdeu uma perna e a culpa foi... - me puxa e junta nossos labios.

O contato de nossas bocas ainda me deixa tonta. É como se fosse o primeiro.

— Eu te amo. Quero viver o resto dos meus dias ao seu lado. Sou só seu. Apenas seu.

— Eu só sua. - me beija de novo.

— Gabriel. - me lavanto bem no momento que Georgia entra no quarto. Fica sem jeito ao me ver ali. - Filho, sua irmã não esta nada bem.

— O que ela tem dessa vez?

— Parece que é mental. Nada fisico.

— Como assim?

— Ela não para de chorar e de olhar para o teto. Esta me deixando assustada.

— Chamou o papai?

— Jà esta a caminho. Meu filho, depois passe no quarto dela. Ela precisa dos irmãos. Tudo bem?

Gabriel assente.

— E Selena... - segura minhas mãos. - Sem ressentimentos.

Sorrio.

— Sem ressentimentos.

— Eu te considero como uma segunda filha. Você é uma otima garota e...

— Mãe não vai chorar, vai? - Gabriel nos interrompe.

Georgia ri.

— Não. Claro que não. - Aperta minha mão. - Selena. Eu sei quê nã fui uma boa madrasta. Mas vou fazer o possivel.

— Tudo bem, Georgia. Obrigada.

Me abraça e se vai.

— Esta bem?

Desabo na poltrona.

— É isso?

— O que?

— Passe livre?

Sorri.

— É cedo para saber.

Sorrio e o beijo.