Agora e para Sempre

2 Temp - "Emergency" Part II


HELENA LACERDA

Tudo ao meu redor se transforma em branco. Não tenho noção de onde fica o chão ou o teto.

Tento me mexer mas meus pés não saem do lugar. Agora uso roupas normais e tenho cabelos.

Imagens começam a me rodear. O riso de Leticia, os sorrisos de meus irmãos, o aconchego de minha mãe. E os olhos penetrantes de Arthur.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

"Essa é sua vida" Diz uma voz masculina de algum lugar que eu desconheço.

Quero perguntar de quem é a voz mas nenhum som sai de minha boca.

"A vida que você não deu valor".

"Você escolheu esse destino. Ele te pertence. E você pertence a ele".

Meus pelos se arrepiam.

"Você foi uma pessoa mà. Pivô de um suicidio e de sofrimentos".

Balanço a cabeça, não concordando.

Então Abigail aparece a minha frente, me olhando com a cabeça inclinada para o lado. Os pulsos cortados pingam sangue o que logo forma uma poça vermelha ao seu redor.

— Olà Helena.

Não posso responder. Ela anda em minha direção mas não posso correr. Nem me desvencilhar de suas mãos quando elas chegam ao meu pescoço e me sufocam.

— Sempre esperei por esse momento. Você virà para o inferno junto a mim. Seremos amigas là. Brincaremos com os ossos dos pecadores.

Arregalo os olhos enquanto minha visão fica turva. Ela desaparece dando lugar a Nathalia.

Recupero o folego agachada.

— Ora, ora, ora... Helena Lacerda.

Ela se aproxima e sua mão agarra meus cabelos me levantando.

— Você merece morrer. Merece tudo o que hà de mal no mundo.

Me joga no chão e seu pé acerta minhas custelas. Meu grito é abafado pelo silencio e o riso assustador da minha rival.

— Você é ridicula. Eu te levarei ao inferno... Eu terei essa honra.

Recebo tapas, socos, ponta-pés. Minha visão esta embaçada e sinto uma dor inimaginavel.

Uma luz aparece diante de mim e minha mão se aproxima quase a tocando. Mas algo me interrompe:

— Não a deixe morrer... - é a voz de Arthur. - sou dependente dela. Eu não posso viver sem ela ao meu lado. Ela dà sentido a minha vida. Por favor Deus... Eu não quero perder a mulher da minha vida. - ouço seu choro e sinto meu coração pulsar.

"Você pagou pelos pecados. E escolheu ficar para cometer outros" A voz volta a falar.

Fecho meus olhos e me concentro nas três ultimas palavras que fazem sentido a minha escolha.

—... Eu a amo.

— O desfibrilador!

— Sem reação, doutor.

— 1,2,3. Vamos là garota. Não podemos perde-la.

— Nada ainda.

— Potencia aumentada. Se afastem. 1... 2... 3!

Sinto todo o sangue correr por minhas veias e o coração voltar a bater.

Abro os olhos e puxo uma golfada de ar.

O monitor cardiaco ao meu lado começa a apitar algremente.

— Ela esta de volta! - comemora uma das enfermeiras.

— Como esta? - pergunta o homem de jaleco aparecendo em meu campo de visão.

Não respondo.

— Agua. Peguem agua.

Me trazem um enorme copo de agua e bebo tudo em questão de segundos com a ajuda da enfermeira.

— Ela esta viva. - ouço a mulher falar no corredor.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Obrigada... Muito obrigada... - É a voz que me salvou. A voz de Arthur.