2 Temp - Parceiros...

ARTHUR VILASBOAS

Tamborilo os dedos na garrafa de cerveja enquanto espero a pior noiticia.

Mas ela não vem. Na verdade, ninguem parece notar o garoto sentado na calçada se embebedando.

Helena sofreu uma Parada Cardiorrespiratoria. Quando a trouxe atê o hospital, os medicos a levaram as pressas para um lugar que não pude acompanha-la. Eles diziam que estava tudo bem mas eu sabia que não.

Jà faz 6 horas.

Bebo as ultimas gotas da bebida, jà sentindo as consequencias do alcool no sangue.

— Nunca pensei em ver Arthur VilasBoas nesta situação. - Guilherme se senta ao meu lado. - esta esperando noticias?

Assinto.

— Nada ainda, cara. Sinto muito.

Jogo a garrafa no meio da rua o que faz com que ela se estilhace no chão.

— Entendo que esteja preocupado mas nada disso combina com você.

— Não. Você não entende.

— Serei pai. - o olho. - E estou com medo.

— Perdão. Não fazia ideia.

— Tenho 18 anos e já lidarei com esta responsabilidade.

— E como esta a Gabi?

— Muito enjoada. E chata. não conte a ela.

Rimos.

Pego a garrafa extra e bebo um gole, oferecendo a Guilherme que tambem bebe.

— Saber que um ser minusculo dependerá de você é assustador. Eu ensinarei a andar, a falar. Trocarei fralda, acordarei de madrugada para aconchega-lo. Estou uma pilha com isso.

Meus pelos se arrepiam só de imaginar.

— Te desejo boa sorte.

— Eu tambem.

Ficamos um tempo em silencio apenas bebendo.

— Nunca amei alguem como amo a amo a Helena.

— Sabiamos que isso iria acontecer.

— Ela faz parte de mim.

— Estamos no mesmo barco.

— Em um minuto eu era apenas o Nerd que era zoado pela garota mas linda do colegio e no outro eu sou o bobo apaixonado sentado na calçada com medo de perder a garota que faz da minha vida completa.

— Eu entendo. Somos azarados demais.

Lagrimas descem de meus olhos e segundos depois estamos os dois schorando.

— Não conte a ninguem sobre isso.

Concordo.