Agora e para Sempre

Amizade Colorida.


Os opostos se atraem, mas não por muito tempo.
Os motivos que os atraem são os mesmos que os distânciam - as diferenças.

— Tailine Girardi.

Afasto nossos labios depois de eternos minutos.

— O que estamos fazendo? - pergunta ele com um sorriso torto no rosto.

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Sorrio e mordo o labio inferior ainda sentindo seu gosto de bala de menta.

— Eu não sei. - rimos.

Voltamos a nos beijar, agora de verdade. Sua mão adentra meus cabelos, me puxando para aprofundar nossas bocas.

— O que é isso?! - alguem urra nos fazendo se afastar.

Miguel nos encara confuso e com os olhos enfurecidos.

— Você estavam se beijando?!

— Não. Estavamos jogando futebol. Esta vendo? - ironizo, revirando os olhos.

Ele se aproxima e me agarra pelo braço, me levantando.

— Você esta louca! - exclama me olhando com odio. - Beijando um Nerd?! E ainda mais ELE!

— Miguel você esta me machucando.

Arthur se levanta e olha para Miguel.

— Solte-a. - sua expressão é calma.

— O que?

— Solte-a agora. Não me faça repetir.

Solta meu braço e avança em Arthur mas Guilherme se põe no meio.

— Cara, não faça isso.

Consegue afastar Miguel.

Arthur me olha.

— Esta bem?

Assinto e acariscio meu braço, onde doi.

— Esse babaca estava beijando minha namorada! - grita ele, fora de si.

— O que? Helena você estava beijando o VilasBoas? - pergunta meu irmão.

— Sim. E qual é o problema?

— O problema você sabe muito bem. Ele é um Nerd. Odiamos nerds.

— Me poupe, Guilherme. - passo por ele.

Paro em frente a Miguel.

— E você não é mais meu namorado.

— Não faça isso Helena.

— Faço sim. Acabou. Inclusive seu lugar em minha acensão.

— Esta me tirando da popularidade?

— Sim. Tchau Miguel.

Pego na mão de Arthur.

— Não pode fazer isso!!!!

— Posso. E já fiz. Bye, Bye. - aceno e mando beijos no ar.

Me viro dando de cara com Guilherme e Gabriel.

— Não fará mesmo. Só por cima de nós dois.

Cruzam os braços.

— Ta de brincadeira comigo, né? - balançam a cabeça. - Ok. Vocês pediram.

Puxo Arthur e lhe dou um selinho, o que deixa o mesmo surpreso.

— A partir de hoje eu declaro Arthur VilasBoas um popular.

Me encaram estupefatos, inclusive Deborah.

— Vai colocar esse nerd e não a mim? - reclama com as mãos na cintura.

— Vou. E não vou repetir. Agora me dê licença.

Ela continua parada a minha frente então a empurro com o ombro, puxando Arthur pelo braço.

— Vem. Vamos embora.

— Vai nos deixar aqui? - pergunta Gabriel.

— Vão a pé.

Empurro Arthur para dentro do carro e logo dou partida.

— Por que fez aquilo? - dou de ombros.

— Sei lá, só fiz.

— Mas não foi o certo. Sei que não tenho espaço naquela escola.

— Pare. Já começou a me dar pena. - ri.

— O que acha que vai acontecer amanhã?

— Nada muito grande. Eles não podem me atacar.

— Como pode ser tão segura de si?

O olho.

— Eu posso. É por isso que sou tão odiada. Tenho rios de dinheiro. Melhores roupas, melhores carros. Sou linda. Posso pegar qualquer garoto apenas estalando os dedos.

— É por isso que nunca fomos amigos.

— O que esta querendo dizer?

— Você se apoia naquilo que os outros pensam de você. Dinheiro e beleza te dão esse poder. Só para esfregar na cara da sociedade que você possui eles. - fala olhando pela janela.

— Sou o que sou. Porque quero ser.

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— Ser odiada?

— Isto é um bonus. - ele sorri.

Estaciono o carro em frente a sua casa.

Nos olhamos.

— O que vai ser agora?

— Não quero me apegar.

— Nem eu.

— Amizade colorida?

Estendo a mão.

Ele sorri de lado e aperta a minha mão.

— Sem apego. Sem carinho. Sem amor.

— Mesmo? - arqueia a sombrancelha.

— Sim. Ou esta me dizendo que esta com medo de se apaixonar.

Balança a cabeça.

Me beija com voracidade, sugando meu labio inferior possesivamente.

Quando me solta, estamos ofegantes.

— Cai fora do meu carro, Arthur. - digo sorrindo o fazendo rir.

— Atê logo.

Entra em casa.