The Goddess of Dreams

Capítulo 26 - A Teoria do Receptáculo


Pov’ Ares

A última coisa que eu queria era uma reunião com todo o conselho olimpiano naquele mesmo dia. Não estava nem um pouco ansioso para ver a cara de Apolo e muito menos ouvir todos os deuses falando de Victória e agora Tadeu que parecia já ter aparecido para outros deuses. Mas, como o assunto é importante e relacionado a guerra minha presença era ainda mais obrigatória. Sentei em meu trono com uma vontade enorme de sumir e ir para qualquer outro lugar, até que todos os demais preencheram seus lugares.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Olhei ao meu redor e a primeira pessoa que eu notei estar abalada foi Atena. Ela era uma das grandes amigas de Victória e sempre teve esperança que a mesma fosse voltar a ser o que era antes e estava agora claramente desapontada. Depois olhei para Apolo aquele bastardo, ele ainda parecia estar com raiva por causa de ontem. Observei os demais deuses e vi que Hefesto parecia estar tão chateado quanto Atena e isso me fez ficar levemente desconfiado. Qual o grau de intimidade que Victória e Hefesto tinham?

Antes que minha mente pudesse imaginar coisas. Zeus começou a reunião mostrando uma carta escrita a mão. Ele estava mais sério do que de costume e visivelmente furioso.

— Isto aqui! È a principal arma de Gaia durante este inferno de guerra! - Zeus gritou. - Está carta é uma receita explicando como realizar o procedimento da “Teoria do Receptáculo”. E com certeza um de nós vazou essa informação. - Ele afirma dando um olhar mortal para todos nós.

— Impossível! - Atena foi a primeira a dizer. - Nenhuma criatura tão poderosa a ponto de não poder se controlar existe. Se tal força existisse saberíamos! - Ela se levantou do trono indo em direção ao nosso pai. Ela pediu a carta e leu. Seu rosto foi mudando de descrença para choque em questões de segundo.

— Apenas nós presentes nessa sala sabíamos dessa teoria. Como outra pessoa pode ter conseguido essa receita? - Perséfone pergunta mas a resposta era obvia.

— Algum traidor desgraçado nos traiu ou algum tolo idiota não soube ficar com o bico fechado. - Zeus respondeu. – E eu irei descobrir quem foi e cortarei a língua e o jogarei os dois no Tártaro. - Rosnou.

— Bem, que possuía essa receita? - Eu perguntei por fim.

— Sua amada esposa Victória. Ela tinha a posse da carta que foi roubada por Percy Jackson que nos entregou. - Zeus explicou brevemente. - Agora precisamos achar aquela degenerada e a interrogar. E meu caro filho estou dando esta missão para você e Apolo, já que ambos estão com raiva o suficiente da mesma, a tal ponto que não mediram esforços para achar ela e machucá-la. Afrodite caso queira posso lhe incluir nesse pequeno grupo?

— Não será necessário. Apesar de não gostar dela, não irei sujar minhas mãos com o sangue daquela desprezível. - Afrodite fala com desdém.

— Certo, então ela será prisioneira do primeiro que a achar. - Zeus decidiu e a reunião continuou.

Tenho que achar Victória antes de Apolo. Não posso deixar que ela e minha filha sejam machucadas por ele ou qualquer outro.

(...)

Pov’ Victória

Eu acariciava minha barriga que mal aparecia. Mas eu podia sentir a vida germinando ali dentro e aquilo era a única coisa que importava. Eu me olho no espelho enorme a minha frente. Estava vestindo apenas uma lingerie preta. Encaro preocupada as marcas pretas que começaram a aparecer. Elas eram como veias pretas que podiam ser vistas na minha pele clara. Já começou muito mais cedo do que o previsto e agora não restava dúvidas, eu teria que fazer parte da fusão grávida. Eu sabia dos riscos de perder a criança, mas se eu não tentasse eu iria perder a mesma de qualquer forma.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A teoria do receptáculo nunca foi apenas um mito. Poderia funcionar, mas pelo fato de nunca ter sido realizada foi denominada de teoria. Na melhor das hipóteses iria funcionar e eu seria a primeira a experimentar. Na pior eu, meu bebê e todos os envolvidos no ritual iriamos perecer.

Deuses não podem morrer, muito menos titãs. Mas existem coisas piores que a morte e a falha desse ritual seria nosso fim. Eu iria aguentar o máximo possível. Um bebê no ventre de uma deusa não demora tanto tempo para ser gerado e o de uma titã demoraria menos ainda. Eu iria tentar suportar o máximo desse poder obscuro, para não causar nem um dano para minha criança.

Esse poder era um lado meu que eu não conseguia administrar. Quando nasci eu era a “deusa” dos sonhos e dos pesadelos. Pode parecer bobagem, mas não é! Suportar os dois lados era difícil. Ser guardiã dos temores, dos pesadelos e ao mesmo tempo dos sonhos e da alegria.

Ainda mais ter que sentir e fazer tantas coisas como eu fiz no começo. Dar pesadelos horríveis as pessoas e observar o sofrimento delas. As vezes eu tinha que dar para aquela pessoa um pesadelo fixo por anos, derivados de traumas graves. Eu fazia pessoas se matarem por pesadelos que ocasionavam em vidas infelizes e mesmo tendo o lado bom dos sonhos nada conseguia justificar as coisas horríveis do lado obscuro.

E o meu poder sempre esteve expansão, pois sonhos e pesadelos nunca enfraqueciam, nunca diminuíam. Eles sempre aumentam mais e mais. São forças eternas que todos temos. E eu não consigo suportar todo esse peso. Tanto que na época quando as manchas negras apareceram na minha pele eu fiquei desesperada. Implorei a minha mãe adotiva Nice que fizesse alguma coisa contra isso. Então ela entrou em contato com Hécate que conseguiu a receita da teoria do receptáculo e então fizemos o ritual utilizando a irmã gêmea má de Afrodite. Foi tudo em segredo e Morgana aceitou. Então Morgana que não era ainda a deusa dos pesadelos, se tornou o receptáculo do meu poder do mal. Mas isso lhe veio com um alto preço.

Atualmente o ritual está perdendo a validade. O poder que estava habitando Morgana está se transferindo novamente para mim.

Eu não faço ideia se posso controlar esse poder junto ao meu poder dos sonhos e nem quero descobrir. Gaia planejava fazer o ritual para me transforma em uma arma potente, mas com minha gravidez ela mudou seus planos ou os adiou. Ela ainda não falou comigo sobre isso em detalhes.

Percebo que estava tempo demais me encarando o espelho e pego um conjunto de moletom amarelo e visto. Ninguém poderia ver as marcas que estavam chegando um pouco acima do joelho.

Sou desperta de meus pensamentos por meu filho Tadeu. Ele entra e me olha apreensivo. Eu apenas ergo as sobrancelhas desconfiada.

— Meus informantes de dentro do Olimpo me falaram que eles sabem sobre a receita que estava na mão daquele meio-sangue cria de Poseidon. – Tadeu informa e eu nego com a cabeça.

— Que decepção que Percy me causou, mas eu meio que já espera uma coisas dessas. - Comentei me lembrando de todas as conversas com o filho de Poseidon. - Eles sabem que é para mim?

— Não mãe, eles estão subestimando você. Estão dizendo que você apenas está envolvida e não que é você o ser poderoso. - Meu filho diz fazendo careta. - Eu odeio o fato deles te julgarem como fraca sendo que você poderia distorcer a mente deles.

— Eu posso fazer isso e muito mais, contudo não enquanto for uma titã incompleta. Muitos dos meus poderes se foram quando abri mão do meu lado escuro. - Digo e solto um suspiro. - Ele está voltando muito rápido. - Falo e mostro as mascar negras.

— Você acha que minha irmã pode nascer antes da fusão? - Ele me questiona.

— Eu espero que sim. – Respondo tentando continuar esperançosa.

— Outra coisa mãe, Zeus está fazendo uma caçada e você é a caça. Os caçadores principais são o tosco de Ares e o imbecil do Apolo. - Tadeu me informa me fazendo rir.

— Que eles tentem então. Não conseguiram me achar aqui de qualquer forma. – Dou de ombros. - Há coisas mais sérias para se preocupar. - Digo ficando mais sombria. – Querido filho, preciso que arranje uma forma de acelerar o processo de gravidez, se for possível. - Eu peço e ele assentiu.

— Eu vou fazer o meu melhor para encontrar uma solução. - Ele diz e sorrio satisfeita.

— È claro que vai, meu amor. – Comento com carinho. – Quando isso acabar prometo que lhe ajudarei a tomar o Olimpo daquele narcisista de Zeus. - Eu lhe prometi novamente.

— Descanse mãe. – Ele diz me dando um beijo na testa e se despedindo.

Solto um suspiro e acaricio minha barriga novamente. Vai dar tudo certo! Na melhor das hipóteses...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.