The Goddess of Dreams

Capítulo 24 - Até perder


Um fogo precisa de espaço para queimar

Uma respiração para acender o brilho

Eu já ouvi e disse várias vezes

Mas agora eu sei

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Que você não sabe o que tem

Oh você não o que você tem

Não, você não sabe o que tem

Até perder

Até perder

Até perder

Pov’ Ares

Eu deveria saber que Victória não voltaria a me amar tão fácil. O que eu estava pensando? Que ela simplesmente esqueceria de tudo e nós dois passássemos uma borracha em todo nosso passado? Eu estava completamente enganado, não vou mentir. Dizem que só percebemos o valor das pessoas quando as perdemos e agora eu sei que isso é uma verdade. Uma triste verdade.

Victória tem razão em algumas coisas. No passado eu errei mais vezes do que pude contar. Eu exigi dela uma coisa que não deveria ser exigido a ninguém. Exigir seu amor de uma maneira submissa. Exigi fidelidade e eu mesmo não dei isso a ela. Exigi dela que se fizesse de cega para todas as minhas traições. Exigi que ela fosse uma tola chifruda e eu me arrependo.

Se na época eu soubesse tudo o que eu sei agora. Se naquela época eu soubesse aonde aquela relação tóxica iria acabar. Sim, foi uma relação tóxica e eu enxergo isso. Eu fiz minha esposa de prisioneira e capacho, quando tudo que ela merecia era uma família feliz, com um marido amoroso e filhos que pudessem ficar com ela. Ela nunca mereceu estar casada comigo, pois ela sempre foi muita areia para meu caminhãozinho.

Nesse exato momento, estávamos Apolo e eu sozinhos, pois Victória havia saído da sala a alguns minutos. Apolo olhou para mim e eu pude ver em seus olhos ódio e ciúmes. Ele se aproximou de mim e negou com a cabeça.

— O que você tem, Ares? - Ele perguntou com um ar derrotado. - Ela sempre preferiu você a mim, eu sempre estive lá por ela, era o melhor amigo dela e ela nunca me amou como ama você! - Ele resmungou.

— Além da minha beleza e do meu ar Badass. – Zombei da pergunta. - Não escolhemos por quem nos apaixonamos seu imbecil, apenas acontece. – Falo me afastando no mesmo.

O simples fato de eu continuar na mesma sala que aquele cínico deixava meu punho coçando para dar mais um murro na fuça desse desgraçado. Estava caminhando para a porta afim de sair, quando Apolo começa a falar novamente.

— Exatamente. - Ele bufa. – Se eu pudesse escolher por quem me apaixonar tudo seria muito mais fácil. - Ele me olha e posso ver o quanto ele estava destruído. - Eu odeio a necessidade de querer estar perto dela. De beija-la . De tocar seu corpo. Mas, eu simplesmente não consigo parar de me sentir assim ,pois estou completamente enlouquecido por ela, Ares. Você não passa de uma pedra que ficou em nosso caminho por mais de milênios. - Ele disse por fim, passando por mim para sair e esbarrando em meu ombro de propósito.

(...)

Eu achei que te deixaria sã e salva

Achei que te faria forte

Mas algo me fez perceber

Que eu estava errado

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Estava mais uma vez no quarto em que guardei por todos esse anos as coisas dela. Victória havia mexido em algumas coisa, mas ainda haviam muitas coisas dentro de caixa e baús. Milhares de vestidos, joias, pinturas e variadas coisas que a muito tempo atrás pertenciam á aquela antiga Victória. Aquela com quem eu me casei e estraguei.

Abri uma caixa aleatória e vi um caderno de desenhos. Dentro dele haviam vários símbolos gregos, mas eu não dei muita importância. Logo larguei o caderno e achei algo interessante. Uma runa cor de sangue estava dentro de uma caixinha lilás. A peguei e não senti nada demais, mas ela era bem bonita.

— O que está fazendo? - Perguntou Victória me assustando.

Me virei para a mesma que rapidamente fez toda as suas coisas sumirem. Ela chegou perto de mim tirando a runa e a caixa de mim e fazendo ambas desaparecerem.

— Obrigada por guardar tudo, mas eu quero de volta. – Ela diz dando um sorriso falso.

— O que pensa que está fazendo? - Questionei.

— Querido, meu lugar não é mais aqui com você. - Ela deu de ombros. – Estou apenas pegando minhas coisas para ir embora.

— Você está carregando um filho meu, Victória. Eu quero te manter por perto e segura. - Falo me aproximando da mesma.

— Ares eu tenho um templo no Olimpo irá me ver com frequência, então se o bebe for seu, não perderá contato com o mesmo. - Ela falou com simplicidade. - E Ares eu sou uma deusa imortal! Não estou correndo risco nenhum seu tolo. Não preciso ficar aqui para nada. - Ela finalizou.

— Você vai me tratar assim, depois de tudo. Como se eu fosse um merda? - Pergunto irritado.

— Já que perguntou, vou sim. Afinal é isso que você é e sempre será. - Victória diz com sinceridade. - Você é um merda Ares. Pois me diga que tipo de homem faz tudo o que você fez e agora que eu dei o troco você simplesmente age como um hipócrita! - Ela se aproximou de mim ainda mais. - E querido os tempos mudaram e eu quero o divorcio! - Ela disse sorrindo.

— Somos deuses. Não temos divorcio. – Neguei rapidamente. – Você não pode me trair e depois me abandonar.

— Eu não quero continuar com essa relação tóxica, irá fazer mal para mim e o bebê. - Ela disse alisando a barriga com carinho. - E eu estou por aqui com esse casamento por muito tempo.

— Victória... – Eu tentei falar, mas ela me interrompeu.

Porque achar o que você tem às vezes

Significa que você tem que encontrar sozinho

E eu finalmente posso ver a sua luz

Quando eu me liberto

Porque você não sabe o que tem

Até perder

Até perder

Até perder

— Vai ser um grande alivio finalmente poder me livrar desse fardo que foi esse casamento! - Ela diz parecendo aliviada.

— Tudo que está fazendo. A forma que está agindo. - Digo sentindo um nó se formar em minha garganta. – Não sei se posso perdoar isso. – Confessei.

— Eu não preciso do seu perdão. – Ela diz rapidamente. – Não preciso de você.

— Está mentindo! - Acusei. - Ainda pouco disse que ainda me amava.

— Posso até amar, mas eu me amo muito mais e amo ainda mais essa criança. E é por isso que eu sempre irei escolher a mim e meu filhou ou filha antes de você, pois não existe amor maior do que o próprio e de uma mãe para um filho. - Ela disse fria como um iceberg.

— Se quer o divorcio eu irei te dar, querida. - Digo tentando transparecer frieza.

Fiquei observando seus atos e gestos. Eu queria que ela cedesse. Queria que ela fala-se que continuaria comigo. Eu queria muito, mas tudo que ela fez foi ficar satisfeita.

— Obrigada Ares. – Ela agradeceu.

— Pelo que? - Perguntei de mal grado.

— Por finalmente me libertar de você e desse casamento infrutífero. - Ela respondeu sem titubear.

— Você está sendo cruel. – Acusei.

— Eu sei meu querido, mas as vezes precisamos de um pouco de crueldade para aprender alguma coisa sobre a vida. E olha que eu aprendi bastante ao logo de toda a minha vida imortal. – Ela riu de escárnios. – Você foi um dos meus instrutores de como ter uma vida de merda. Você fez minha vida uma merda cruel por muito tempo e agora eu simplesmente estou vendo tudo mais claro. Quase como cristalino!

— Saia daqui. - Digo sem querer mais ouvir sua voz.

— Veremos os tramites para o divorcio com Zeus e Hera, mais tarde. – Ela me informou. - E antes que pergunte, eu não ficar com Apolo após o divorcio. Eu planejo criar meu bebê, sem romances para me atrapalhar.

— SAIA DAQUI AGORA! - Berrou para a mesma que pareceu nem se importa.

— Que seja. – Ela deu de ombros e em seguida desapareceu.

Até perder

Até perder

Até perder

Até perder

Até perder

Porque você não sabe o que tem

Oh você não o que você tem

Não, você não sabe o que tem

É a sua batalha que deve ser enfrentada

Não, você não sabe o que tem

Até perder

Até perder

Até perder