The Goddess of Dreams

Capítulo 22 - Xeque-Mate


Pov’ Victória

Mudar de lado nunca foi uma decisão que se passou pela minha cabeça. Pelo menos não com tanta convicção. Gaia havia me tirado daquele inferno do Tártaro para ser sua aliada, mas descobri que além disso sou sua filha biológica, e agora eu estava escolhendo ficar contra ela. Sei muito bem que isso irá me prejudicar com toda a história do meu receptáculo, mas darei um jeito nisso. O que eu não posso aceitar é criar um filho no meio desse caos.

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Tudo o que eu mais presava é dar um futuro diferente, que meu outro filho Tadeu teve. Tadeu foi arrancando de mim ainda menino e escorraçado do Olimpo como um cão sarnento, pelo próprio avô. Pensar em tudo o que aconteceu a mim e a Tadeu, me faziam questionar se ficar ao lado dos olimpianos fosse mesmo a decisão certa a se forma.

Havia tantas coisas que me faziam querer continuar a vingança. A dor de traições mal perdoadas, O ranço que peguei por Zeus ao fazer tudo que fez comigo e Tadeu. Ou então a descarada da Afrodita que nunca demonstrou remorso por tudo que me fez. O fato de todos os deuses não terem feito muito por mim, ao ponto de eu querer estar ao lado deles de coração. Mas, em contrapartida vinham os sentimentos confusos em relação ao meu próprio marido e também esse bebê inocente, que não deveria ter vindo nessa hora, mas veio.

Não vou ser hipócrita ao ponto de falar que não sabia o que estava fazendo na noite que transei com Ares. Fiz aquilo por medo que ele se revolta-se e parece-se de me amar, por que seria o fim de uma das minhas vinganças e eu não queria isso na época. Tenho que admitir que fui uma descuidada. Hoje em dia existem diversos métodos contraceptivos. Mas, eu estava tão absorta pela minha vingança que me deixei levar e quando Ares começou a me tocar, eu não queria que ele parasse, não mais.

— Está tão calada hoje. – Comentou Gaia me despertado de meus pensamentos.

— Andei pensando em muitas coisas ultimamente. - Falei séria.

— Que tipo de coisas exatamente, minha querida? - Ela me perguntou e pude notar sua curiosidade.

Era só dizer que não queria mais lhe ajudar. Que eu estava passando para o lado do Olimpo. Era somente admitir que estava a deixando e depois dizer que lamento por deixá-la na mão. Mas, me vi em dúvida. Eu realmente queria parar?

— Eu estou grávida! - Revelei.

O silencio reinou por alguns instantes. Gaia me olhou e deu um sorriso mínimo.

— Parece que serei avó novamente. – Disse e deu um pequeno riso.

— Devido a minha gravidez não planejada, eu queria dizer que sinto muito ,mas não posso continuar com nada disso. – Digo tudo de uma vez só e vejo o semblante calmo de Gaia se transformar em raiva.

(...)

Pov’ Apolo

Isso tudo só poderia ser uma pesadelo! Ou então um castigo por todas as galinhagens que já fiz! Conhecer Victória foi inevitável, éramos deuses e isso aconteceria alguma hora, mas me apaixonar por ela, por todos esses anos foi o pior erro de toda minha vida imortal.

Será que eu estava tão deslumbrado com a antiga Victória que era alegre, espontânea e fofa de milênios atrás., que não percebi a megera que retornou ao Olimpo, assim que foi liberta do Tártaro. Eu a amei, mais do que antes, mesmo passando a ser o outro! Não me importava as circunstâncias, eu queria tê-la.

Agora, descubro que a mesma está grávida e a chances do bebê ser meu e o que ela me pede? Para abrir mão da criança se ela realmente for minha! Como ela pode pedir isso á um pai?! Ela me disse que tudo o que houve entre nós não significou porra nenhuma. Isso fez meu coração terminar de se partir.

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Entretanto, se ela pensa que eu vou abdicar do meu filho está enganada. Farei DNA e o que for necessário para sanar suas dúvidas. Quanto ao seu casamento com Ares ficar abalado? Eu não me importo! Se precisar vou ir até ele e falar com todas as letras que transei com sua esposa diversas vezes e queria saber se a criança era minha.

Desperto de meus pensamentos quando ele entra no local. Ares entra no salão dos tronos com um bom humor não característico dele. Com certeza estava sob o efeito Victória. Eu simplesmente não aguentava ver aquele sorrisinho besta na cara dele.

— Sabe qual a diferença da sua mulher para um abridor de latas? - Perguntei diretamente para Ares.

— Quê? - Indagou confuso.

— È que a sua mulher abre as pernas! - Respondi calmamente. – Para qualquer um... – Completei maldoso.

Ares se levantou furioso da cadeira e me pegou pelo colarinho. Seus olhos eram pura chamas e seu maxilar estava trincado de raiva.

— Está dizendo que minha esposa é uma vadia? – Perguntou furioso.

— Parece obvio, não é mesmo? - Debochei.

Senti o impacto do soco que ares me deu, com toda sua força bruta. Cai no chão com impacto e senti o gosto metálico do meu sangue e logo vi e notei o líquido dourado escorrendo pela minha boca.

— Era extremamente delicioso , quando ela me procurava na madruga para satisfazer os seus desejos, já que você não dava conta. – Digo rindo.

Sinto outro soco de direita de Ares. Depois o mesmo me pegou e arremessou na pilastra mais próxima. Senti meus ossos doerem. Se esse palhaço acha que vai me espancar está muito enganado, pois agora eu iria revidar.

(...)

Voltando ao Pov’ Victória

— Você não pode fazer isso! - Berrou Gaia. - Você deve ficar ao meu lado! Eu te libertei da prisão que eles te jogaram! Eu sou sua mãe! - Gaia tentava apelar de qualquer forma.

— Fui presa por te ajudado VOCÊ a muitos anos! - Relembrei. - Sei que é minha mãe e por isso deve entender, que um filho ou filha é deveras mais importante do que tudo isso! - Digo irada.

— Está pondo a sua falta de pulso firme nessa criança! - Ela diz soando decepcionada.

— Claro que não! – Neguei. – Carreguei toda essa grande vingança de todos nas costas durante um bom tempo, mas não quero um tipo de futuro desses pro meu bebê. - Exclamo.

— Um filho não te impedirá de prosseguir o plano! - Tentou argumentar.

— Sabe que a maldita fusão poderá prejudica-lo! - Digo nervosa. – Não farei nada que o ponha em risco e quero que ele ou ela tenham uma vida longe desse circo de armações e traições! Não quero o mesmo nesse fogo cruzado de vocês todos!

— O que Tadeu acha disso? - Quis saber. - Que sua mamãe está traindo a causa! - Ela argumentou.

— Tadeu nunca pertenceu a essa causa que você criou de tomar o Olimpo. Ele quer ter sua vingança individual. - Dou um sorriso ao ver que tinha acabado com seus argumentos. - Além do mais tentarei convencê-lo a desistir e se juntar a sua família.

— Quem você acha que tirou o Tadeu do lugar onde era aprisionado? - Gaia perguntou sínica e fez meu sorriso morrer. - Eu rodei o mundo atrás dele, eu sei da profecia e é por isso que ele é precioso! Posso ser a grande interessada ao trono, mas quem sentará nele será Tadeu. - Gaia sorriu ao ver minha cara de espanto.

— Então, todo esse tempo você sabia onde ele estava. – Murmurei em choque.

— Sou a própria Terra! Estou em toda parte e por isso tenho meus meio de descobri muitas coisas! - Ela se gabou.

— Quer saber Gaia? Vai se ferrar! - Berrei. - Você acha que tem algum direito sobre mim por ser minha mãe, mas não tem merda nenhuma! - Esbravejei. - Não vou deixar usar meu filho e se a profecia dele se cumprir, será por que ele agiu por mérito próprio e não por sua causa. – Eu falava as primeiras coisas que vinham a minha mente. Estava totalmente angustiada.

Me teletransporto para o Olimpo. Quando cheguei ao mesmo, fui na direção do grande salão. Queria ver se encontrava Ares por lá. Assim que adentrei o local, meus olhos captaram algo que me fez ficar desesperada. Ares estava sendo segurado por Poseidon e Hermes , já Apolo estava sendo segurado por Hefesto e Hades. Zeus entrou no local gritando silêncio a todos e depois de muito custo conseguiu por fim a baderna.

— O que está acontecendo aqui? - Perguntou Zeus possesso de raiva.

— È que sua querida norinha, não consegue controlar a vagina dela! - Gritou Apolo e gargalhou em seguida.

Não ele não estava fazendo isso. Eu conversei com ele e exigi que me deixa-se ser feliz. Como Apolo pode ser egoísta a esse ponto! Será que ele havia contado a Ares? Eu não duvido nada! Todos olham para mim nesse exato momento.

— Olha se não é a famigerada puta! - Afrodite debochou.

- Olha quem fala! - Retruquei automaticamente. – E eu não sou puta queridinha. – Neguei mesmo sabendo que em parte eu era.

Ares veio para cima de mim como um furacão. Encolhi-me um pouco, pois não sabia o que ele faria. Ele me segurou pelos ombros, nada delicado.

— Diga-me que é mentira o que Apolo falou! - Praticamente implorou.

Então, finalmente minha ficha caiu. Estou completamente ferrada.