Prólogo

Jacob Black.

Eu gosto de como seu nome desliza em minha língua, flui através dos meus lábios e fica pulsando deliciosamente a meu redor até ser engolido pelo ar.

É suave e intenso ao mesmo tempo.

Uma pequena explosão de delícias, condensada e perigosa. Sexual.

Eu quase posso saboreá-lo na minha boca.

Lambo os lábios, fecho os olhos e escorrego a mão pelo meu pescoço enquanto solto um suspiro afetado. O pensamento me deixa quente. Pesa minha respiração.

É como uma gostosa carícia sedutora, que sempre me faz repetir seu nome mais vezes do que posso contar. E eu posso contar pelo eterno, se quer saber.

Jacob Black.

Eu digo seu nome muitas vezes ao dia, e em outros tantos imagino ele dizer o meu da mesma forma. Com amor. Com tesão. Com paixão indômita. Talvez isso seja um reflexo do meu desejo doentio, da realidade que quero para mim. O dia que Jake me olhar daquele jeito – os olhos ardentes, despertando meu corpo com o pulso de necessidade pungente de ser tomada e montada como sua companheira, meu coração doendo quase sangrando para ser apenas dele –, neste dia, eu vou marcá-lo como meu para sempre. Eu penso sobre isso muitas vezes ao dia. O que mantém a irritação do meu pai bisbilhoteiro sempre afiada. Não me aborrece Edward ler meus pensamentos nada pueris. Um irritado na família é suficiente. Mas, assim como ele não pode controlar seu poder de ler mentes alheias, eu tampouco posso controlar meus pensamentos hormonais. Eu tento, mas é difícil policiar minhas fantasias e desejos secretos quando tenho esses sentimentos acordando dentro de mim, arranhando a superfície.

Edward sabe disso. Ele não gosta, mas não há muito que fazer a respeito. Eu atingi a maturidade biológica, mental e emocional, dois anos antes.

Estou pronta para isso.

Estou pronta para me relacionar em todos os níveis.

Estou pronta para ser de alguém... para ter alguém.

Estou pronta para me entregar e ser tomada.

Estou pronta para ser companheira.

Estou pronta para Jacob Black.