O jogo continuava, agora era vez do Clint, que parecia um pouco alterado

—Eu nunca... - ele me olhou e sorriu - Eu nunca voei em um Pégaso

Natasha deu ar de riso e eu virei o conteúdo do meu copo. Natasha encheu meu copo novamente e falou

— Eu nunca menti - ela falou nós rimos e tomamos a vodka ao mesmo tempo

— Eu nunca fiquei irritada - falei após encher nossos copos para esvazia-los em seguida

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— Eu nunca fiz besteira - Clint falou e tomamos mais uma dose

Depois de diversas rodadas vi que o Clint já estava bêbado, eu um pouco alterada e a Natasha totalmente sóbria rindo das besteiras do Clint.

— Não é justo - a fala do Clint saiu um pouco enrolada - Vocês são imunes a bebida.

— Eu sou apenas mais resistente - falei dando de ombros.

— Vamos brincar de outra coisa - Clint falou parecendo pensativo e depois me olhou - Vamos brincar de desafio, eu te desafio a esvaziar essa garrafa de vodka.

— Acho que já bebeu de mais para um dia, Barton - Natasha falou com um sorriso brincalhão

— Deixa Nat, vamos ver até onde isso vai - falei e olhei para o Clint - Eu topo.

Peguei a garrafa que estava pela metade e tomei direto do gargalo, de tanto beber, minha garganta já estava dormente, mal sentia ela arder quando a vodka passava. Sequei a garrafa e coloquei sobre a mesa de centro, fechei os olhos alguns segundos impedindo um mal estar por ter bebido tanto e tão rápido. Abri os olhos e sorri.

— Minha vez - falei e levantei indo até a cozinha

Preparei um café bem forte, sem açúcar e levei pra sala.

— Te desafio a beber isso em apenas um gole - falei olhando-o

— Ok! - ele pegou a caneca e começou a tomar sem parar, enquanto eu e a Natasha batiamos na mesa de centro incentivando a beber, ele terminou e colocou a caneca na mesa fazendo careta - Que merda é isso? Você me deu pó de café puro pra beber?

— Não. Só um café bem forte e sem açúcar - falei pegando a xícara - Vou fazer chocolate pra cortar o álcool. Já volto.

Fui até a cozinha e fiz chocolate, enquanto a Dora preparava o jantar. Depois de alguns minutos, estava na sala com uma panela de chocolate e três colheres, sentados em torno da panela, Clint, Natasha e eu estávamos comendo, quando a Pepper, Steve, Bruce e meu pai entraram.

— O que estão fazendo? - Steve perguntou estranhando o fato de estarmos sentados no chão.

— Comendo chocolate - Natasha perguntou enchendo uma colher - Vai querer?

Steve pegou a colher e comeu do chocolate.

— Muito bom - Steve comentou

— Su? - Pepper me chamou e eu a olhei - Tenho novidades.

— Quais? - perguntei comendo do chocolate

— Como não há mais ameaça, eu e seu pai achamos que já podemos voltar para mansão - ela falou me olhando

— Não teria como eu ficar aqui? - perguntei olhando-a - No mês de dezembro o Buffet sempre fica uma correria, quando menos se espera sou chamada pra resolver algum problema.

— Isso já não é comigo - ela falou e olhou na direção do meu pai e do Bruce que conversavam mais afastados.

— Pepper, por favor - falei olhando-a com súplica e ela respirou fundo

— Vou ver o que consigo fazer - ela falou me olhando e sorri agradecida

— Obrigada! - falei e ela se afastou.

O jantar seguiu normal. Estávamos na sala assistindo um programa qualquer quando o celular da Natasha tocou.

— Fury - ela murmurou, se levantou e se afastou da gente.

Depois de alguns minutos tive sede, me levantei e fui em direção a cozinha, enquanto a Natasha voltava para sala com um notebook.

— O que o Fury queria dessa vez? - Clint perguntou olhando-a

— Uma missão - ela falou abrindo o notebook

— Que missão? - Steve perguntou enquanto eu voltava da cozinha.

— Destruir uma organização de tráfico de mulheres e órgãos, liderada por um antigo amigo nosso - ela abriu o arquivo da foto dele e quando vi a imagem eu paralisei

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O copo que estava na minha mão escorregou e quebrou ao atingir o chão. Todos olharam pra mim.

— O que aconteceu, Su? - Clint perguntou me olhando

— Robert Lancaster - falei encarando a tela

— Você sabe quem é esse cara? - meu pai perguntou preocupado enquanto se aproximava

— Conheço, ele foi o responsável por destruir a família de uma das funcionárias do Buffet - falei me aproximando da Natasha - Ele levou a filha da Julia pra remover os órgãos e vender. Ela conseguiu me ligar, eu rastriei a ligação e denunciei anonimamente.

— Antes de cairmos em Vermont, estávamos voltando de lá - Clint explicou nos olhando - Nós só conseguimos fechar aquela clínica. O Lancaster sabe limpar as evidências.

— Pra acabar com o todo o esquema do Lancaster tem que ser feito de dentro pra fora - Natasha falou fechando o notebook

— Então você vai precisar de mim - falei e ela me olhou - Sei como colocar você lá dentro.

— Você não vai se envolver nisso - meu pai falou, mas ignorei. Ele segurou meu braço e me fez virar na direção dele - Você me ouviu? Não quero você envolvida com esse tipo de coisa.

— Essa não é uma decisão sua - falei e soltei meu braço - Eu tenho que fazer isso.

— Como você pode me colocar dentro da organização? - Natasha perguntou desconfiada

— Isso por enquanto não vem ao caso - falei olhando-a - Porque quero algo em troca pra te colocar dentro da organização.

— O que você quer? - Natasha perguntou me olhando

— Quando encontrar o Lancaster, não o prendam - falei olhando-a, senti a bênção de Hades e pela expressão dele, meus olhos mudaram de azuis para pretos - Mate-o.

— Feito - Natasha falou me olhando - Agora... como vai me colocar dentro da organização?

— Eu não vou te colocar dentro - falei olhando-a - Vou fazer você ser escolhida pra entrar.

— Como fará isso? - Steve perguntou me olhando

— Primeiramente, vamos fazer uma viagem. Vamos passar o Natal em Vermont - falei olhando-os e olhei diretamente pra Natasha - Vou fazer as malas.

Disse e fui em direção ao meu quarto.

POV Stark

Inacreditável. Como uma garota pode ser tão teimosa?

— Natasha, você não pode apoiar essa insanidade da Susan - falei olhando-a, depois que a Susan saiu

— Se ela sabe como me fazer entrar, porque não? - Natasha falou

— Porque pode ser perigoso - eu praticamente gritei

— Stark, sabemos que a Su não é uma garotinha indefesa - Natasha falou se levantando - Vou arrumar a mala.

— Steve, você precisa fazer a Natasha mudar de idéia - falei depois a Natasha saiu

— Você sabe que isso é impossível - Steve falou e suspirou em seguida - Mas também não concordo de envolver a Susan.

— Eu sei que a Susan, não vai mudar de idéia. Eu vou junto - falei decidido

— Acho melhor não. Sua presença pode comprometer toda missão - Clint falou me olhando - E comprometer a missão é colocar a Natasha e a Susan em perigo.

— Quer que eu fique aqui de braços cruzados? - praticamente gritei com o Clint.

— Posso ir para me assegurar que a Susan não se exponha a riscos - Steve falou me olhando - Assim fico de olho nela pra você

— Obrigado, Steve - falei e ele estendeu a mão na minha direção e apertamos as mãos - Me mantenha informado de cada passo dela.

— Não se preocupe quanto a isso - Steve falou

— E por favor - falei olhando-o - Mantenha a minha filha longe de confusão

— Pode deixar - ele falou e soltamos as mãos - Vou fazer as minhas malas.

— Precisamos arrumar nossas coisas também - Pepper falou se aproximando - Amanhã cedo voltaremos para mansão.

Assenti, fomos para o quarto e começamos a arrumar as coisas.

POV Susan

Arrumei apenas uma mochila com alguns itens pessoais, afinal em Vermont ainda tem roupas minhas lá. Dormir cedo, quero voltar a Vermont antes do sol nascer. Na manhã seguinte, peguei minha mochila e encontrei a Natasha na sala ao seu lado estava o Steve.

— Acordou tão cedo para se despedir da gente? - perguntei olhando-o

— Eu vou com você - ele respondeu - Também estou em missão.

— Fury quem deu a missão? - perguntei parando próximo a eles.

— Na verdade, não - ele respondeu me olhando

— Então... - fui interrompida pelo som de passos na escada

— Acordados tão cedo? - meu pai falou nos olhando

— Ia perguntar a mesma coisa pra você - comentei olhando-o

— Pepper - ele falou dando de ombros.

— Entendi - falei normalmente

Minutos depois a Pepper desceu e fomos para o aeroporto, quando chegamos entramos no avião do meu pai. No caminho lembrei que precisava pegar as chaves das casa em Vermont e alguns itens que estavam no meu quarto na mansão.

— Preciso passar na mansão pra pegar as chaves da casa em Vermont - falei normalmente

— Temos tempo - Natasha falou olhando o relógio de pulso - Susan, como você pretende me fazer entrar na organização?

— Eu já disse. Eu não vou te colocar dentro, mas irei fazer com que te chamem - eu digo olhando-a - No natal, há sempre apresentações na festa da cidade. Olheiros do Lancaster sempre estão nos eventos convidando aquelas que se destacam nas apresentações.

— E o que essa apresentação tem a ver comigo? - ela perguntou me olhando

— Vou fazer você ser a melhor entre as melhores. E sei quem pode nos ajudar - falei como se não fosse nada

— Acho que envolver civis nisso não é uma boa idéia - Steve falou me olhando

— Confie em mim - falei olhando-o - Sei o que estou fazendo.

Minutos depois Steve se afastou e foi conversar com meu pai. Pepper estava lendo alguns documentos, Natasha estudava os arquivos da missão. Em pouco tempo chegamos a Malibu.

— Volto em menos de uma hora - falei saindo do avião depois da Pepper e do meu pai.

Steve e Natasha ficaram no avião, o piloto aproveitou esse tempo para completar o tanque do avião. Depois que desembarquei vi o que o Happy nos esperava no aeroporto, entramos no carro e Happy seguiu caminho para a mansão após ter colocado as malas no porta-malas do carro. Do aeroporto à mansão ficamos em silêncio, quando descemos Happy falou que iria colocar as malas no segundo andar da mansão e que em alguns minutos nós estaríamos no caminho de volta para o aeroporto. Assenti, fui ao meu quarto, peguei tudo que precisava e desci. Não vi nenhum sinal do Happy, então coloquei as chaves sobre o piano e sentei no branquinho em frente ao piano para esperá-lo. Enquanto esperava comecei a dedilhar melodias aleatórias depois comecei a tocar primeiras notas da música Somebody To Love - Queen. Sem que eu percebesse já tocava a música, mas o som de passos se aproximando me distraiu, errei a nota e olhei na direção do som. E vi meu pai que se aproximava devagar.

— Desculpe. Não queria te interromper - ele falou me olhando

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— Não interrompeu - falei olhando-o - A quanto tempo está aí?

— Tempo suficiente pra ouvi-la tocar - ele falou se aproximando do piano - Não sabia que tocava.

— Há algumas semanas, sequer sabia que tinha uma filha - comentei desviando o olhar, ele suspirou e sentou ao meu lado no banco

Deslizei um pouco pro lado para dar espaço para ele, coloquei minhas mãos no colo, então meu pai colocou a mão sobre o teclado e tocou algumas notas do ponto da música onde eu tinha parado e parou em seguida me olhando, o olhar dele revezou entre mim e o teclado do piano e entendi o convite silencioso dele, ele queria que eu tocasse com ele. Antes que eu pudesse pensar, minhas mãos percorriam o teclado tocando ao mesmo tempo que meu pai. Nas notas finais ele deixou que eu tocasse sozinha.

— Até que você leva jeito - ele comentou sorrindo

— Obrigada - agradeci ainda olhando para o teclado

— Su... - ouví-lo me chamar pelo meu apelido me fez tremer por dentro, o tom de voz dele parecia vulnerável - Deixa que a Nat cuida dessa missão sozinha, ela é experiente sabe o que fazer. Você não precisa se envolver.

— Por favor, não vamos começar com isso novamente - falei olhando-o - Eu só vou por a Natasha no caminho certo e ela cuida do resto. Não irei fazer o trabalho dela.

— E se ele descobrir sobre seu envolvimento? Se ele tentar algo contra você? - ele perguntava me olhando

— Eu sei me proteger muito bem - falei dando de ombros

— Su, eu... - ele foi interrompido pela voz do Happy

— Podemos ir, senhorita Stark - Happy falou próximo a porta

— Vai na frente, Happy, vou em seguida - falei e ele assentiu se retirando - Preciso ir.

— Não há nada que fará você mudar de idéia? - meu pai perguntou sem me olhar enquanto eu me levantava

— Receio que não - falei colocando as chaves no bolso, dei alguns passos e parei me virando para olhá-lo - Stark?

— O que? - ele falou me olhando

— Foi você que deu uma missão pro Steve, não foi? - perguntei olhando-o, ele assentiu - Qual a missão?

— Manter você longe de confusão - ele respondeu e dei um breve sorriso enquanto balançava a cabeça negativamente

— Porque? - perguntei curiosa

— Você é uma Stark, sempre vai se meter em confusão - ele falou voltando a dedilhar o piano e eu sorri

— Eu tenho que ir - falei me virando.

— Susan? - ele me chamou e eu parei para olhá-lo - Tome cuidado, por favor

— Pode deixar - falei e segui o caminho até o carro, ouvindo aos poucos o som do piano ficando mais distantes.

Happy seguiu rapidamente em direção ao aeroporto, em poucos minutos estava dentro do avião que seguia o caminho para Vermont. Assim que chegar lá preciso fazer algumas ligações, logo tudo irá se resolver. O Lancaster estará morto e mais nenhuma família terá que passar pela dor que a D. Júlia passou.