Quando chega a noite é sempre: uns vão dormir, enquanto outros saem para se divertir e alguns se encontram com seus amados. Uns fazem coisas boas, já outros fazem exatamente o oposto, como a dicotomia de Heróis X Vilões.

Os dois jovens heróis de Paris, contudo, não estavam lá para combater as forças do mal (não momento, pelo menos); estavam ali porque a aposta tinha de continuar.

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— Antes de começar as perguntas desta noite, eu vou avisar que peguei inspiração nas suas perguntas de ontem. - Chat Noir alertou antes que sua rodada se iniciasse

— Ok, sem problemas. - ela deu permissão, olhando-o com uma cara que dizia "precisava mesmo pedir?"

— Então, o que você faz da vida?

— Eu não sou nenhuma “modelo publicitária” ou nada do tipo. – fez aspas com os dedos dizer “modelo publicitária”, como se estivesse ironizando o que Chat Noir havia lhe falado na noite anterior - Eu só estudo e desenho nas minhas horas vagas.

— Gostei, uma desenhista. – sorriu de canto, começando a pergunta seguinte - E o que my lady desenha?

— Roupas, sapatos... – a de cabelos negros listou - Eu fazendo muitos chapéus, na verdade.

— Então a super heroína de Paris é uma estilista. – pareceu estar feliz com a informação, talvez feliz até demais. - E eu sou o primeiro a saber disso, não é?

— O segundo.

— Ah, que pena, mas é uma boa posição. – a decepção na sua voz era um tanto notável, mas não parava com as poses e gracejos por um minuto se quer. - Sua vez, my lady.

— Você realmente é um super modelo ou mentiu pra mim, por acaso?

O loiro ficou um pouco abalado com tal pergunta. Isso é sério? Ladybug não acreditava nele? Achava que havia mentido?

— E- Eu menti? - tentou, em vão, não gaguejar - Claro que não, eu nunca mentiria para você, Ladybug.

— Supermodelos costumam viajar muito, por vários países, mas você não. Você está sempre por aqui, parece que você nunca sai de Paris.

Uma argumentação válida, ele precisava admitir. O dono de sua identidade deve ser o único top model que mal coloca o pé para fora de casa.

— E eu praticamente não saio da cidade, na verdade.

— Por quê?

— Eu sou modelo exclusivo de uma marca. - respondeu rapidamente - E, além disso, meu pai nunca me deixaria viajar, pelo menos não sem um gorila me observando vinte e quatro horas por dia.

— Seu pai é super protetor?

— Sim, mas também é ausente, combinação estranha. O mais irônico é quando ele tenta me fazer não sair de casa. - sua expressão mudou drasticamente, o gato preto parecia estar tão triste, de uma maneira que Ladybug jamais pensou vê-lo - Às vezes eu sinto como se estivesse numa prisão; meu pai parece um daqueles policiais maus.

— Eu... Eu sinto muito, Chat Noir.

— Tá tudo bem, my lady. - sorriu para a morena; não um sorriso galanteador como de costume, mas um sorriso sincero - Eu gostei de falar sobre isso com você, Ladybug.