A Teoria do Multiverso

Capítulo IV; Capturados


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Lou;

Fiquei muito triste, por não ter tido tempo para salvar o sr. Tumnus, sei que no fim, ele vai ficar bem, mas nunca pensei que saber o fim de uma história mas esperar por ela fosse tão angustiante.
Andávamos sem saber para onde estávamos realmente indo, para mim eram círculos e mais círculos, cheios de árvores e muita neve, com sorte, muita sorte mesmo, encontraríamos Aslam. Só de pensar, batia uma vontade louca de dançar, gritar e chorar ao mesmo tempo, quando era "pequena" meu sonho era conhece-lo.
—- Klaus, você sabe ao menos para onde estamos indo? -- Pergunto, minhas pernas estão cansadas, e o frio não facilita muito as coisas.
—- Estamos perto, eu sinto...
—- Perto da onde? -- Estou começando a desconfiar do faro de Klaus, espero que ele não seja igual ao Zoro, de One Piece.
—- O que foi isso? Pareceu um gigante andando-- Pergunta Klaus, virando para trás.
—- Minha barriga? Sabe, todo ser humano deve comer 3 refeições diárias, e meu estômago não senti um alimento sequer a mais de meio dia, deve tá devorando a si mesmo -- Respondo seriamente, até carne de macaco cairia bem... Acho que a falta de alimento não ta fazendo bem pra minha saúde mental.
Klaus ficou silêncio. Minha barriga não parava de roncar, além de doer, iria parir meu estômago, só pode!

—- Já estamos perto? -- Falo desanimada, já era a quinta vez que eu fazia a mesma pergunta, estava começando a ficar irritada de mim mesma.

—- Eu não sei, Lou.-- Fazia um tempo que ele falava meu apelido, mas não importava.

—- Quer saber?! Eu vou guiar a gente, por que esse teu "não sei", já ta me dando nos nervos, a gente tá rodando feito peru de natal, admiti logo que não faz ideia para onde estamos indo! -- Olho para ele, e sem esperar uma resposta saiu pisando fundo.

—- Ei Lou! Esper... -- Fala correndo atrás de mim.

Piso em falso e acabo caindo, ativando uma rede de caça, que em meio aquela neve, eu não havia visto. Estava sem rumo, a sensação dentro daquela rede era semelhante a estar dentro de um trampolim com muitas crianças pulando ao mesmo tempo, onde você não consegue se manter em pé em nenhum momento.

Klaus:

Tentei avisar Lou, mas ela acabou dentro de uma rede pendurada em uma árvore.

—- Quem foi o idiota filho da PURA mulher brasileira, que botou essa maldita rede de caça aqui?! -- Lou começou a falar uma série de palavrões, que faria minha mãe lavar sua língua com sabão.
Procuro algum meio de tira-la dali antes que o dono da rede aparecesse. Dentro dos meus bolsos, eu tinha guardado um canivete, que vi perdido em uma prateleira da casa.

—- Genial! -- Fala Lou mais calma, se é que é possível.

Fiz sinal de silêncio, coloquei o cabo na boca e escalei a árvore do melhor jeito que consegui, quase cair inúmeras vezes, o que rendeu a Lou vários comentários do tipo "Você não sabe nem escalar uma árvore!" ou "Você vai me matar de rir, o jeito que você iria cair, séria h-i-l-á-r-i-o!!", mas consegui chegar até o galho em que o cabo estava amarrado. Quase desistindo de salvar a vida daquela ingrata, e deixá-la ali, até que alguém a encontra-se, o que provavelmente seria ninguém, e ela morreria de fome, mas tenho um coração puro e bondoso.

—- O galho não vai aguentar o seu peso e vai quebrar, você vai cair, quebrar a perna, e eu vou continuar aqui. -- Comenta Lou, analisando a situação como se fosse algo normal, alguém que NUNCA em sua vida escalou uma árvore estar prestes a morrer de forma patética. Tiro a faca da boca.

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—- Discurso bem motivado, para alguém que quer salvar tua vida. -- Comento, tentando cortar a rede.

—- Acho que tua tentativa vai ficar pra outra... -- Lou. Olho na mesma direção que ela. Dois leopardos, seguidos de dois centauros, apareceram de uma trilha no meio daquelas árvores -- Eh.. Olá, tudo joia? -- Eu até riria de Lou, estar quase mijando nas calças, mas não era o momento, minha vingança ficaria para mais tarde.