Max lançou pela janela uma carta que escreveu às pressas endereçada à “autoridade mágica competente”. Justin iria se preocupar com o conteúdo da correspondência se o colega tivesse pesquisado melhor sobre o correio bruxo, mas como ele nem endereçou especificamente à alguém, ficou relaxado. Qualquer besteira que ele tivesse escrito provavelmente não chegaria às mãos de ninguém. Não sabia ainda como o correio funcionava mas achava muito improvável que fosse sem endereço nenhum. Porém, eis que menos de um segundo depois chega uma equipe imensa de resgate na toca, com vários aparatos de socorro em magia, como bolhas de regulação dos poderes e pó mágico calmante.

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— Estamos respondendo à chamada 38573845 ao departamento ultrassecreto de magia, codificado também como autoridade mágica competente. Onde está o problema? – Disse em voz séria, um homem que mais parecia um elfo; baixinho com orelhas pontudas e olhos saltados.

— Eu não sei de nada; não estou nem aqui! - Exclamou Max.

— Espera! Alguém olhou no rastreador de remetente da carta onde nós estamos? – Perguntou um dos homens, de altura baixa e de olhos e cabelos castanhos. Justin o achou um pouco familiar.

— Bem... – Respondeu outro, pegando um objeto no bolso que parecia um controle remoto.- Aqui diz Waverly Place, Nova York...

— Waverly Place... – Repetiu aquele homem, em resposta, meio assustado. Em seguida, encarou os dois garotos e perguntou, preocupado- Vocês, por um acaso, são Justin e Max?

Com uma sobrancelha arqueada, bastante desconfiado, o nerd respondeu:

— Somos nós sim. Por quê?

— O QUE HOUVE COM A MINHA FILHA?! ONDE É O PERIGO?! ELA TÁ BEM?! – Desesperou-se o funcionário, que não era ninguém mais ninguém menos que o pai de Alex. Embora não fosse adequado para a situação, Justin não conseguiu conter um sorriso ao ouvir isso. Quando ainda conversando mais com a morena, soube de toda a saudade que sentia do pai. Apesar da seriedade da situação e dos gelos que vinha recebendo, o único desejo de Justin agora era sair correndo atrás dela para anunciar a novidade. Porém, seu lado racional ainda falou mais alto. Embora estivesse quase pulando de empolgação, respondeu:

— Senhor, ela está bem! Saiu há uma hora para uma festa e deve voltar de tarde. Aliás, todos aqui estão bem! O biruta do Max- Nessa parte ele ficou mais sério e encarou o colega mais novo com voracidade- que para testar como o correio mágico funcionava, mandou essa carta aí.

Max respondeu indignado:

— Você que deu a ideia! Eu apenas me inspirei nela para escrever o que minha mente acelerada disse para eu escrever.

Nesse momento, outro funcionário se manifestou, indo com raiva até os adolescentes:

— Espera! Estão me dizendo que foi um alerta falso?! Mobilizaram-se forças de apoio para nada? Vocês sabem o tamanho do problema que fizeram? Se conhecem Alexandra, devem ter alguma noção de que não podemos ter muito contato com o mundo externo! Kelbo podia ter encontrado a filha antes da hora certa, colocando ela própria em risco! Nós largamos todos os nossos trabalhos para virmos aqui! Quer saber, enquanto não estamos lá, tudo isso que vocês acham brincadeira de aulinhas mágicas e movimentos de libélula com as mãos recitando palavrinhas engraçadas e mexendo esses gravetos chamados de varinha pode entrar em PANE! E o pior de tudo: eu perdi o horário de almoço, meu filho, e tinha ALMONDEGAS! Você me ouviu? ALMONDEGAS! Aquelas belezinhas de carne! Tô com uma fome do caramba agora e...

— Acalme-se, Ivã. – Disse serenamente Crumbs, que havia acabado de chegar pelo portal mágico. E da mesma maneira continuou: Eu percebi que algo havia acontecido porque houve um registro em meu computador de um direcionamento em massa para uma das tocas de aprendizes feiticeiros. No caso esta. Por isso, quis vir para entender melhor o que está acontecendo.

Todo mundo que estava ali começou a explicar ao mesmo tempo.

— Hey, calma! Um de cada vez!- Pediu o professor, de maneira firme, mas gentil. – Pelo o que entendi aqui, o departamento ultrassecreto de magia recebeu uma carta de perigo à toa, não foi isso?

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Responderam-lhe que sim.

—Aconselho, então, que a equipe retorne ao seu posto de trabalho. Deixem apenas dois funcionários interrogando os aprendizes, para que se saiba exatamente o que aconteceu. No final, confio que os mesmos tomarão as medidas necessárias.

Um moreno forte e alto, aquele que havia sido interrompido pela chegada de Migalhovisk, disse que ficaria, com um tom de vingança em sua voz. Depois, um rapaz com um crachá onde estava escrito “administrador do D.U.M. – Departamento Ultrassecreto de Magia”, disse:

— Eu acho que pela gravidade da situação, Kelbo Russo também deveria ficar. Já estamos cuidando para que se aproxime gradativamente da filha mesmo. Acredito que interrogar esses dois não irá causar nenhum dano para alguém, nem nada. Ele tem esse direito. – Concluiu dando de ombros.

— Brigadão chefia! – Respondeu, Kelbo, quase enforcando seu chefe em um abraço de agradecimento.