Paga Para Matar

Assalto.


— O que faz aqui? – perguntei.

— O mesmo que você não é obvio. – respondeu irônico.

— Me solta, nos não temos mais nada Josh. – disse puxando meu braço bruscamente.

— Por que você não foi madura o suficiente pra continuar sua vida comigo. – ri.

— Claro que fui, fui madura até demais, não esta vendo? Estou vivendo minha vida super bem e veja só... sem você! – disse irônica.

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— Não me provoca Sayra. – disse ele com a raiva já visível. Mas acontece que não sou mais a garotinha boba que namorou com ele há quatro anos atrás, mudei.

— Não te provocar? Só você sair de perto de mim horas. – disse cruzando os braços.

— Por que não respondeu minhas mensagens? Não atendeu minhas ligações? – perguntou.

— Porque eu não quis Josh, é tão difícil entender? Eu quis seguir minha vida sozinha, num rumo diferente, e acredite, estou bem assim, então por favor, não estraga, volta de onde veio, finja que não me conhece pode ser? – pedi um tanto quanto grossa.

— Não, porque eu ainda te amo Sayra, e sei que você ainda me ama também. – disse.

— Não Josh, me desculpe mas, não mais! – disse, estava pronta para sair dali mas, ele pegou em meu braço e foi me levando para a saída.

— Você não vai ficar aqui, se não for comigo não será com ninguém! – disse ele, eu já conseguia ver lagrimas em seus olhos.

— Para onde vai me levar? Minha irmã está aqui sabia? – eu falava e ele parecia não escutar nada. – QUE DROGA, DÁ PRA PARAR CACETE? NÃO ESTAMOS MAIS JUNTOS JOSH, ENTENDA ISSO. EU NÃO QUERO MAIS, JÁ SE PASSARAM QUATRO ANOS, IMPOSSIVEL QUE AINDA NÃO TENHA ME ESQUECIDO! – gritei e me soltei dele. – VOCE TEM QUE ENTENDER QUE QUANDO OS DOIS NÃO QUER, NÃO DÁ NADA CERTO, VOCE NÃO PODE AMAR POR MIM E POR VOCE, QUE DROGA, VOCE VAI ARRUMAR OUTRA GAROTA, MAS NÃO EU! – disse.

— Eu te amo, não quero outra garota, quero você. – disse ele, suas lagrimas escorriam pelo seu rosto. Me doía vê-lo assim, eu vivi momentos ótimos com ele. Não quero que ele sofra, mas eu acabei desgostando dele. Seria bem pior se eu o iludisse ainda mais de algo de não irá fluir de mim.

— Josh, entenda, eu gosto tanto de você mas, não do jeito que você quer que eu goste, é apenas carinho, nós vivemos momentos incríveis juntos mas acabou. Por favor não se torture, você merece uma pessoa melhor do que eu, acredite, eu mereço ficar sozinha, morrer sozinha, e não ter uma pessoa maravilhosa como você comigo para apenas te magoar. – disse compreensiva. Ele assentiu e me abraçou. Ele olhou em meus olhos e me beijou, fiquei sem reação na hora, senti um impacto forte, olhei para o lado e Justin estava lá, nos olhando.

— Desculpe atrapalhar o casal, não vi vocês. – mentiroso! Argh.

— Tudo bem. – disse Josh, ele me deu mais um abraço e saiu.

Passei as mãos pela cabeça, eu estava nervosa, não queria que tivesse sido assim, Josh é uma pessoa maravilhosa, eu e ele namorávamos quando eu tinha 16 anos, depois que minha tia morreu, eu queria me afastar de tudo e de todos, especialmente dele. Então ele disse que ia viajar mas que voltaria para mim. Eu decidi que essa era a hora, ele me mandava mensagens e ligava, até eu não atender suas ligações e nem responder suas mensagens, troquei de chip, enfim, apaguei ele da minha vida. Tudo para não magoa-lo, pois eu estava decidida do que iria fazer e fiz, matei o desgraçado que matou minha tia e acabei entrando em um mundo sem volta.

— Quem era ele? – perguntou Justin me tirando de meus devaneios.

— Que? – perguntei.

— Quem era ele? – refez a pergunta.

Não o respondi, apenas sai andando.

— Eu perguntei quem era ele? – disse grudando em meu braço e me virando para ele.

— Pra que quer saber? – perguntei brava.

— Quem. Era. Ele? – perguntou pausadamente.

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— Justin, acho que você bebeu demais, e minha vida não diz respeito a você! – sai dali deixando um Justin irritado para trás.

Subi para o VIP e me sentei, tomei as bebidas que havia na mesa, eu já estava bem ruim, decido que era hora de parar, pois estava de carro, tenho pelo menos consciência disso.

Justin chega e senta ao meu lado. O encaro confusa.

— Não vai me dizer quem era aquele cara? – disse ele olhando para qualquer ponto a sua frente com o maxilar travado.

— Qual é Justin... – disse e me levantei. O mesmo puxou minha mão me fazendo sentar de volta. Ele agora olhava em meus olhos, sua cara de bravo. Ele acha que tenho medo? – Que foi essa cara? – perguntei.

O mesmo se levantou e saiu andando.

Fiquei lá sentada, já estava até me dando sono. Levantei e desci de novo. Fui ao banheiro, não o usei, apenas fiquei um tempo lá dentro. Sai e voltei. Eu estava entediada, minha noite perdeu a graça.

— Lany, vou indo embora. – disse para a mesma.

— Por que agora? – perguntou sem entender.

— Não estou me sentindo bem. – expliquei.

— Tudo bem, quer que eu vá com você? – perguntou.

— Não, quero que fique e aproveite sua noite. – lhe dei um beijo na testa e me despedi de Chris que estava do seu lado.

Me despedi de Mel e Jessie, pedi para que elas fossem em casa amanhã. Me despedi de Ryan e Nash. E de Justin que não respondeu.

Desci as escada e sai do recinto, estava indo para a garagem do local.

— Vai se encontrar com ele? – olhei e Justin estava caminhando atrás de mim com as mãos no bolso de sua calça.

— Justin, volta pra lá volta. – disse abrindo meu carro e entrando no mesmo. Ele entrou no passageiro.

— Como sou um adorável estraga prazeres, vou ir com você, não vai se encontrar com ele. – disse Justin, semicerrei os olhos.

— Você esta bem? – disse colocando a mão em sua testa.

— Melhor do que nunca. – sorriu.

— Justin, desce, eu estou indo para minha casa, não estou bem, pode descer por favor?!

— Não, estou bem aqui. – disse.

— Tudo bem, se quer perder sua noite, foda-se. E se me encher o saco, te jogo para fora do carro. – disse. O mesmo gargalhou.

Liguei o carro e acelerei. Liguei o som do carro e aumentei o volume no último. Estava tocando Fight Song de Rachel Platen. Justin me olhava as vezes, parecia estar viajando em seus pensamentos. Parei em frente de casa, abri a garagem e guardei o carro. Entramos em casa e subi para meu quarto, Justin me seguia.

— Quero tomar banho. – disse ele.

— O chuveiro é por ali. – apontei para o banheiro.

— Quero roupas. – pediu. O olhei incrédula.

— Folgado. – fui até meu closet e peguei um shorts largo e uma cueca. – Toma.

— Acha que vou vestir essa cueca do seu namorado? – arqueou as sobrancelhas.

— Justin, para de palhaçada, vai logo tomar esse banho. Essa cueca é minha. – disse com toda a calma do mundo.

— E toalha. – revirei os olhos e peguei uma toalha jogando nele.

Ele entrou no banheiro, me deitei na cama e fechei os olhos, estava viajando nos pensamentos, senti meu corpo relaxar e minha mente voar para longe, dei um pulo na cama, estava passando para o sono e nem percebi.

— Onde eu vou dormir? – perguntou Justin. O olhei e ele estava com o shorts, sem camisa, impossível não babar.

— Ahn... pode... pode dormir, no quarto de hospede horas. – disse disfarçando, tirando os olhos de sua barriga.

— Gosta do que vê? – perguntou.

— Não enche. – me levantei peguei uma roupa e fui tomar meu banho. Quando sai, Justin estava deitado em minha cama de barriga para cima.

— Demorou. – disse ele.

— Eu disse no quarto de hospedes Justin. – disse pegando minhas cobertas e jogando em cima da minha cama.

— Não quero dormir agora. – disse.

— Mas eu quero. – resmunguei.

— Mas não vai. – disse de volta.

—Já disseram que você é irritante? – perguntei irônica.

— Já disseram que sou gostoso. – disse sorrindo.

— Desnecessário. – disse.

— Eu não acho. – disse Justin se aproximando mais de mim. Pensei em me afastar mas, eu tinha que fazer isso, ou então Khalil poderia desconfiar. Apenas deixei ele se aproximar.

Justin tocou meus lábios e foi me deitando na cama lentamente. Ele ficou por cima de mim. Ele beijava como se não houvesse amanhã, era um beijo urgente. Ele retirou minha camiseta, trocou de posições e me colocou sentada em seu colo. Ouvi a porta da sala ser aberta. Pulei do colo de Justin e coloquei minha camiseta rapidamente. No momento pensei que fosse Lany mas, não faz nem uma hora que saímos de lá, eles não devem ter ido embora já. O desespero tomou conta de mim. Se fosse alguém invadindo minha casa, o que eu iria fazer? Com Justin aqui, complica tudo. Não posso usar minha arma.

— Justin, entra aqui. – disse abrindo um teto falso no teto do meu quarto, puxei a cordinha e a escada veio.

— Para que? Quem está lá em baixo? – perguntou nervoso.

— Acho que estão invadindo minha casa de novo. Já assaltaram aqui uma vez. – menti. – Eu vou lá ver quem é e já volto.

— Não, você não vai lá sozinha. – disse me segurando.

— Justin, eu só vou ver quem é, quero ver se é a Lohany, se não for ela eu volto. – disse.

— Não, fica aqui comigo. – disse.

— Justin eu já volto. – disse.

— Sayra, eu sou claustrofóbico, não vou ficar aqui em cima, ainda mais sozinho. – disse.

— Deixa aberto, eu vou voltar aqui, é rapidinho. – disse.

Justin subiu lá em cima e eu fui ver quem era, abri a porta do quarto lentamente, sai e estava descendo as escadas, parei na metade quando vi um cara de costas para mim com um capuz na cabeça e uma arma na mão. Voltei lentamente para trás sem me virar. Corri para o quarto, estava descalço o que facilitava para não fazer barulho. Entrei no quarto que fechei a porta. Subi a escadinha que estava aberta ainda, já podia ouvir os passos no corredor. Pelo jeito não havia apenas um em casa, fechei a escada e me deitei olhando pela fresta que dava a visão de todo meu quarto. Justin me abraçou e colocou seu rosto na curva do meu pescoço. Ele sondava tudo comigo.

— Justin, cadê seu celular? – disse sussurrando o mais baixo que pude.

— Está aqui. – sussurrou de volta.

— Desliga ele. – mandei. Justin o pegou e desligou o mesmo. O meu estava lá em baixo no meio das cobertas.

— Não tem ninguém aqui. Droga! – disse um dos caras.

— Mas o carro está na garagem. – disse o outro.

— Mas está vendo alguém na casa? Já procuramos em tudo e nada seu idiota. – disse o outro indo para cima de seu parceiro. Havia quatro caras no quarto.

— Peguem tudo o que quiserem. – disse o outro separando um do outro.

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Eles pegaram algumas coisas de valor alto, mas sem valor para mim, de meu quarto e vasculharam a casa toda, em busca de coisas para levarem consigo. Justin me olhava, podia ver em seus olhos o medo começando a fluir. Ouvi os passos no andar de baixo, abri a escada e desci, pedi para que Justin continuasse lá em cima. Fui pelo corredor e sondei da ponta da escada, vi eles saindo pela porta da sala com várias coisas em mãos, fecharam a porta e se foram, subi de volta ao quarto e sondei da janelas, eles caminharam até a esquina onde deixaram o carro deles para não chamar atenção, montaram no mesmo e foram embora.

— Pode descer Justin. – disse de frente para a escada olhando para cima.

— Tem certeza? – disse ele pondo só a cabeça para fora.

— Sim, desce logo. – pedi.

— Graças, não aguentava mais ficar lá em cima, achei que iria desmaiar. – disse descendo as escadas.

Empurrei a escada para cima de volta.

— E agora? – perguntou Justin.

— E agora o que? – perguntei.

— Não vamos ficar aqui né? – disse apontando em volta dele, se referindo a casa.

— Tem alguma sugestão de onde podemos ir a essa hora? – perguntei irônica me jogando na cama.

— Vamos para minha casa. – disse ele como se fosse obvio.

— Eu não, estou bem aqui. – disse me cobrindo.

— Você esta calma de mais para quem acaba de ter a casa assaltada não esta? Deveria pelo menos chamar a policia não? – disse ele pegando seu celular.

— Claro que não. – disse me levantando mais que rápido e pegando o celular de sua mão.

— Por que não? – perguntou desconfiado.

— Porque... porque eles me marcariam, esse tipo de pessoas são muito perigosas. – disse.

— Então vamos sair daqui antes que eles resolvam voltar. – disse ele me puxando pela mão.

Peguei o carro e saímos, estávamos indo para a casa de Justin. Resolvi ligar para Lany.

...........

Ligação on

— Alo? – atendeu Lany.

— Lohany, não vai para casa hoje, quando sair dai, vai direto para casa do Justin okay? – disse.

— Por que? – perguntou ela confusa.

— Invadiram nossa casa, depois te explico. Onde você está? – perguntei.

— Estou saindo daqui. Já, já chego okay? - disse ela.

— Okay. – desliguei.

Ligação off

..........

Chegamos em frente a casa de Justin, ele abriu a garagem para que eu guardasse meu carro. Descemos e entramos em sua casa, olhei no meu celular e já era 04:26, subimos para o quarto.

— Onde é o quarto de hospedes? – perguntei.

— Aqui. – disse ele se referindo no quarto em que estávamos.

— Ah tá. – disse simples. Justin se jogou na cama.

— Hey, vai para seu quarto. – disse o olhando indignada.

— Estou nele. – disse como se fosse obvio.

— Então eu vou ficar em qual Justin? – disse irritada.

— Nesse! – disse ele.

— Mas esse é o seu quarto, é serio Justin, para de graça, eu quero me deitar. – disse batendo o pé no chão e cruzando os braços.

Justin se levantou de sua cama e chegou perto de mim, deu um risinho e me pegou no colo.

— Justin me solta agora! – mandei. Ele me colocou na cama.

— Não queria se deitar? – perguntou. – Só te ajudei.

— Sai de cima. – disse, sim ele estava em cima de mim.

— Não. – disse e começou a beijar meu pescoço.

Ouço vozes la em baixo. Eles chegaram. Empurro Justin e saio, desço as escadas e Lany me olha.

— O que houve? – perguntou ela.

— “Assaltaram” nossa casa. – disse fazendo aspas com as mãos. Notei que Mel e Jessie também estavam aqui. – Vão dormir aqui também? – perguntei para as duas.

— Mas é claro. – disse Mel olhando para Ryan e sorrindo sapeca. Jessie riu.

— De novo? – perguntou Lany.

— Sim, vamos ter que nos mudar! – disse.

— Para onde? – estalou os olhos, suponho que por medo de ficar longe de Chris.

— Eu ainda não sei. – respondi.

— Tem uma casa aqui a venda, é na rua de trás. – disse Justin atrás de mim. O olhei.

— Pensarei. – respondi.

Nos sentamos no sofá e ficamos conversando um pouco. Depois foram subindo para o quarto, sobrou apenas eu e Justin na sala.

— Onde fica meu quarto? – perguntei.

— No meu. – disse ele pegando minha mão, me puxando escada acima.

— O que vai fazer Justin? – perguntei.

— Terminar o que começamos a horas, mas sempre algo nos atrapalha. – disse ele.

Entramos no quarto e Justin me jogou na cama ficando por cima de mim.