Tonks

Remus


Era impossível deixar de repará-la, bem ali no meio da sala. Não só porque tinha uma beleza significativa ou um charme sutil, mas sim por ser extremamente atrapalhada.

Nymphadora Tonks sempre teve problemas em olhar onde pisava, mas estava tornando-se ainda mais frequente os tropeços em móveis da casa de Sirius.

E Remus Lupin não conseguia deixar de colocar a mão na barba e fingir coçá-la quando, na verdade, estava dando um longo sorriso, achando graça daquilo tudo.

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Naqueles dias, parecia simplesmente impossível sorrir e divertir-se quando muitos lá fora temiam o dia de amanhã. Entretanto, para Tonks, aquilo parecia quase inofensível. A metamorfa insistia em fazer aquelas crianças rirem — e, por Merlin, Ron parecia nunca mais parar de sorrir.

Preenchia o ambiente com sua graça sensível e suas brincadeiras espalhafatosas, de maneira alguma aquilo tornava-se irritante para Remus, ao contrário, ele a admirava. A admirava por ter coragem; por ser uma garota-mulher forte e divertida como ela era naqueles tempos sombrios.

Ele a admirava secretamente; sempre a observando pelo canto do olho, roçando os dedos na barba enquanto sua mão cobria o sorriso, ou quando ele levantava-se rapidamente da cadeira quando enxergava Tonks tropeçar em outro móvel.

Sentia-se aliviado quando o tempo colaborava e ele era rápido o suficiente para segurá-la antes que caísse — suas costas reclamavam, já não era tão jovem, mas simplesmente não se importava.

Sentia as bochechas queimarem como nunca antes quando a segurava e a mão feminina sempre parava em seu coração, e ambos sabiam o quão rápido ele batia quando tinha Tonks nos braços. Ambos sabiam que os olhos âmbares olhavam para o chão quando ela lhe lançava um sorriso meigo, porque ele era envergonhado demais para olhá-la por muito tempo — e, céus, sentia-se um adolescente!

Com o tempo, Remus reparou que Tonks o tinha. E nada poderia simplesmente mudar tudo aquilo; nem o tempo, a guerra ou a morte. Porque seu coração pertencia a mulher que sempre tropeçava nos móveis, que sempre ajudava as pessoas, a mulher que sempre as fazia rir, e a mulher que o aceitou sendo tão perigoso como achava que era.

No final das contas, não era só admiração que sentia por Nymphadora, mas também sentia amor.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.