Josie Woodwork P.O.V.

Aquelas duas semanas cuidando de Kerttu foi especial, nunca me diverti tanto. Mas o tempo passou e tudo voltou ao normal.

— Je viens ? – já tinha ouvido aquelas palavras muitas vezes.

“Posso entrar?” em francês.

— Clair – respondo arriscando e Kaden sorri para mim fechando a porta.

— Como você está? – ele pergunta se aproximando da minha cama onde estava meio deitada lendo.

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— Cansada apenas – respondo pondo o livro de lado.

— Trouxe uma coisa para você – ele me entre um livro que tinha vista dede a hora que ele entrou em sua mão.

Era um livro comum, mas qualquer livro dado por Kaden tinha grande valor.

— Obrigada, Kaden – digo dando um selinho nele.

— Você não quer ler? – ele pergunta se sentando na ponta da cama ao meu lado.

— Agora?

— Agora! – afirma.

Acho estranho, mas faço.

Começo a folhear o livro, não leio realmente, mas vou passando as páginas, analisando os títulos dos capítulos, algumas gravuras nele. Até que tinha um capitulo chamado “Amor?” e em baixo dele escrito com a caligrafia de Kaden a seguinte frase.

Amor?

Quer se casar comigo??!!

Reli umas cinco vezes a frase até me dar conta, mas ainda catatônica, olho para Kaden que tinha um sorriso no rosto e olhos brilhando.

— Não sabia muito bem como pedir, achei que assim seria mais romântico – ele fala. Não me importava como ele tinha pedido, mesmo sendo extremamente romântico, eu só me importava por ele ter me pedido, por ele me amar o bastante para querer se casar comigo.

Sinto lagrimas e um sorriso se forma nos meus lábios.

Kaden suavemente se ajoelha e retira uma caixinha do bolso esquerdo com as alianças.

— Josie Woodwork, aceita se casar comigo? – ele pergunta, fico hipnotizada nos seus olhos em como eles brilhavam. Minha única reação e puxa-lo para cima e beija-lo. Kaden cai sobre mim na cama, mas se apoia com as mãos no colchão para não me esmagar e continua a me beijar. Seus lábios tão macios e calmos, gelados, mas doces, era incrível, um despertar de sensações.

Devagar ele vai se levantando e eu vou junto a ele, para não nos separamos, mas ele nos separa sorrindo.

Olho nos seus olhos.

— Sim!

Ele não diz mais nada, pega a aliança e põe no meu dedo, faço o mesmo com ele.

— Eu te amo – ele finalmente diz.

— Eu te amo – digo logo em seguida. – Fica comigo? – eu peço.

— Pra sempre – ele diz se sentando.

— Não, estou dizendo fica aqui hoje, dorme comigo?

— Aqui, assim?

— Não vamos fazer nada, ninguém vai saber, só vamos deitar e eu vou poder dormir bem ao seu lado – digo manhosa.

— Tudo bem – ele se rendendo se deitando ao meu lado. Ele me puxa pela cintura para ficarmos bem perto e descanso minha cabeça no seu peito. E ficamos conversando sobre tudo o que estava por vir. Até eu adormecer.

[...]

Ninguém ficou sabendo que Kaden dormiu no meu quarto aquela noite, mas quando virão a aliança foi aquela alegria.

Mamãe e América choraram de emoção, Kerttu ficou super animada. Foi aquela alegria, o tempo foi passando a notícia começou a ficar velha, ainda bem não aguentava mais.

Mas hoje, esse dia amanheceu para ser ruim. Primeiro acordei com uma grande dor de cabeça e atrasada, iriamos tirar fotos por que Kerttu daqui duas semanas iria fazer aniversario e sempre tirávamos fotos antes dele. Mas só faltava eu descer as escadas.

Acabei me atrapalhando com o salto a dor de cabeça me confundiu e torci o tornozelo no meio da escada, cai e sai rolando.

— JOSIE – escute Kaden e quando chegue ao pé da escada já estava preste a desmaiar, apena vi Kaden correndo se aproximando.

[...]

Quando abri os olhos tive dificuldade de me acostumar com a claridade. Percebi que estava na enfermaria em um leito, o meu corpo todo doía.

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— Josie – Kaden fala aliviado. Ele estava ao meu lado, com uma cara de cansaço. – Ainda bem que acordou.

— Estou com dor – resmungo. Ele ia me consolar mais o médico entrou.

— Ainda bem que acordou, senhorita – ele diz e faz rápidos exames para chegar minha coordenação. – Deixe me explicar, o seu tombo da escada causou lesões, mas nada grande, vou passar pomadas e a não ser o tornozelo que deverá ficar enfaixado pela lesão – ele diz e eu assinto. – Mas por conta do impacto tivemos que fazer exames mais profundos, tomografia, raio X, ultrassom e no meio desses exames diagnosticamos uma coisa.

— É grave? – Kaden pergunto rapidamente.

— Dependo do que você considera. O exame mostrou que seu útero senhorita é deslocado, isso significa que é improvável que consiga manter uma gravidez até o final.

— Como? – gaguejo a pergunta e sinto lagrimas.

— Sinto muito. Mas isso não é em decorrência da queda. Seu útero é assim.

— Eu não posso engravidar?

— Você até pode, mas é muito improvável que as gravidezes vinguem sem um aborto espontâneo.

— Não há nenhum tratamento? – Kaden pergunta.

— Infelizmente não – o médico finaliza se retirando silenciosamente.

Começo a chorar, meu sonho de ser mãe arruinado, jogado no lixo.

— Josie, vamos dar um jeito – Kaden diz carinhoso me abraçando e me fazendo carinho. Me permito chorar em seu colo.

— Não!

— O que? – ele pergunta.

— Não posso me casar com você, não agora que não posso ter filhos!

— Não estou entendendo?

— Não posso ter filho! Ou seja você não pode ter herdeiros!

— Você acha que eu ligo?!

— Você queria filhos!

— E quero. Mas só se você for a mãe. Eu te amo Josie, nunca poderei amar outra pessoa, e se você não pode ter filhos, vamos passar por isso juntos! – ele fala firme fazendo carinho em minha bochecha. – Você só está falando isso por que está nervosa, acabou de receber a notícia.

Talvez ele tivesse razão.

Volto abraça-lo e chorar.