Make a Wish (Revisando)

Chapter - XV Next day



"Eu, eu não consigo tirar estas memórias. Da minha mente E algum tipo de loucura. Começou a evoluir. E eu, eu tentei tanto deixar você ir. Mas algum tipo de loucura. Está me envolvendo por completo, sim. Eu finalmente vi a luz. E eu finalmente percebi. O que você significa" Madness - Muse

MATT

Passei horas sentado numa cadeira desconfortável olhando para minha irmã que foi sedada após acordar gritando que estava sendo atacada por vampiros. Suspirei e passei as mãos pelo rosto me sentindo exausto depois das ultimas 12 horas mais estressantes da minha vida. Sentia um calafrio percorrer a espinha quando me lembrava do sangue de Vicky em minhas mãos.

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Eu quase a perdi naquele dia, ela quase teve mesmo destino de Tracy. Encontrada morta no meio da floresta. Somente em pensar nisso, meu corpo todo estremecia. Estendi a mão e agarrei a mão dela, encostei a cabeça na cama e fechei os olhos. Cochilei por uns dez minutos antes de ser acordado por Elena.

— Ei trouxe café — disse ela estendendo um copo e colocando sua bolsa na cadeira.

Aceitei, resistindo ao impulso de fechar os olhos outra vez, bocejei antes de tomar um gole de café. Elena sentou-se na ponta da cama de Vicky e suspirei com expressão de pesar no rosto.

— Como ela está?

— Ela foi sedada de novo.

Elena assentiu e abriu a boca para dizer algo, mas não o fez. Mordeu o lábio inferior e colocou uma mecha atrás da orelha. Sabia que estava nervosa, ela sempre fazia isso quando estava e geralmente eu a encorajaria a falar lhe daria um beijo e escutaria pacientemente, mas não agora. Não quando sabia que ela iria perguntar sobre ele de novo. Querendo saber cada detalhe sobre algo que ele tinha repetido cinco vezes a ela.

Tentei ignorar o sinal de alerta soando que me dizia que Stefan representava perigo. Ignorei todo receio quando ele salvou minha irmã. Mas minutos depois o encontrei no quarto de Vicky que estava gritando desesperada apontando o dedo para dizendo que ele era um vampiro. Tentei acalmá-la da melhor maneira que podia, mas somente as enfermeiras conseguiram.

Elena o defendeu desde primeiro segundo, dizendo que deveria ser o choque e o médico confirmou. Stefan ficou parado olhando para minha irmã parecendo perturbado e gritei, queria saber o que ele fazia no quarto dela. Stefan respondeu que estava preocupado e queria saber como ela estava, coisa que não o convenceu nem por um segundo. Mas minha amada namorada não o deixou contestá-lo e ainda o agradeceu pela preocupação, disse que o manteria informado. Ela ficou parada o seguindo com os olhos.

Demorou cinco segundos para voltar a si e notar que eu ainda estava a ali. Ela tentou explicar o porquê defendeu aquele estranho tão fervorosamente e fechei os olhos e tentei acreditar em cada palavra que ela dizia. Elena suspirou derrotada quando não a respondi. Ela estendeu a mão e acariciou meu cabelo, inclinou-se e beijou-me nos lábios antes de levantar e ir embora. Continuei olhando para porta fechada em que ela saiu lembrando do olhar dela enquanto o defendia fervorosamente.

Ele salvou sua irmã, Matt!” suspirou e olhou para chão antes de erguer os olhos para ele “Ele merece um voto de confiança”

Pisquei os olhos voltando a si, sentindo os olhos arderem e cabeça latejar. Coloquei o copo em cima da mesa e peguei a mão da minha irmã antes de encostar a cabeça na cama e dormir. Desejando acreditar que minha namorada dizia a verdade quando dizia que o amava.

CAROLINE

A viagem para casa parecia maior do que realmente era. Talvez fosse a ansiedade me comendo viva ou somente o cansaço que parecia ter caindo em sobre meu corpo todo de uma só vez. Olhei para o lado de esguelha e constatei que estava mais encrencada do que imaginada. Minha mãe não tinha dito uma só palavra durante todo percurso. Apenas olhava para a estrada segurando o volante com mais força que o necessário.

Afundei no banco pensando na bronca que levaria assim que pisasse os pés em casa. Olhei para estrada passando como um flash e me perdi em pensamentos amargos. A culpa pelo que tinha feito a ele crescia a cada segundo, mesmo que insistisse em repetir para si mesma que estava fazendo o certo. Salvando meus amigos do perigo que ele e seu irmão representavam, fingindo que não me importava com destino dele, repetindo que tinha tomado a decisão certa. Tentei respirar fundo e me acalmar, mas quando o fiz a voz dele me assombrou.

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Respire, Caroline” ordenou enquanto respirava devagar.

Suas mãos segurando seu rosto, seus olhos nos meus enquanto deixava som da sua voz acalma-lá sendo meu bálsamo de paz que tantas vezes fizeram sentir-se segura. Minha mãe desligou o carro e só me dei conta disso quando ouvi o barulho da porta do carro se fechando.

Desprendi o cinto e segui para casa desanimada e ainda me sentido uma traidora da pior espécie. Me joguei na poltrona fechando os olhos e cruzando as mãos em cima do estômago enquanto descalçava a sandália.

Abri os olhos sonolenta e acompanhei os passos de minha mãe que retirou o distintivo e arma, os colocou na mesinha de centro e seu chaveiro dentro de cinzeiro velho que nunca foi usado.

Ela sentou-se ao meu lado e em silêncio permaneceu olhando para televisão desligada. Fiquei tensa e me ajeitei na poltrona esperando pelo momento em que ela gritaria com comigo e mandaria para quarto, mas o que ela fez a seguir foi muito pior e quebrou meu coração. O soluço que ela soltou me assustou, não esperava nada além de gritos e olhares desapontados.

Arregalei os olhos e abri a boca querendo perguntar o que ouve, mas as palavras ficaram presas na boca quando vi a dor e cansaço nos olhos azuis dela.

— Eu pensei que fosse você — ela murmurou olhando fixamente para televisão, seu próprio reflexo acinzentado e choroso. — Cheguei em casa mais cedo para verificar você é… Você não estava.

— Mãe, eu sinto muito…

— Eu estava olhando para telefone temendo receber a mesma noticia… Quando recebi outra ocorrência. Um ataque...

— Mãe… eu — ela estendeu a mão ainda sem me olhar me pedindo silêncio.

— Meu coração quase parou por um segundo. Eu fiquei o caminho inteiro lembrando da dor no rosto de Carter e pensando que podia ser a próxima e que dessa vez seria muito pior, porque seria eu mesma a encontrar o corpo da minha filha.

Estendi a mão incerta e segurei a dela. Ela finalmente virou a cabeça e me olhou. Quando olhei em seus olhos e notei o fluxo constante de lágrimas rolando por seu rosto e não contive a vontade de chorar que me perseguia desde que o deixei naquele hospital. Foi olhando para ela que me lembrei das minhas menininhas e me imaginei em estando em seu lugar.

Puxei minha mãe para um abraço e ela relutante correspondeu murmurando o quanto teve medo de me perder. Acariciei suas costas e a confortei prometendo que ela nunca iria ter que sentir essa dor.

STEFAN

Zach andava de um lado para o outro com copo de uísque na mão. Há mais de uma hora ele estava tentando convencer-me a ir embora como se eu fosse uma das pragas do Egito. Me se calei, não rebati nenhuma das acusações sobre minha culpa porque sabia que era um réu confesso.

A minha volta tinha trago algo um pouco pior que uma praga. Tinha trago alguém que vivia apenas para vingar-se de mim e tornar minha vida miserável, tirando toda e qualquer coisa que o fizesse feliz.

Fechei os olhos me sentindo derrotado, ouvindo Zach expressar as coisas terríveis que meu irmão faria a seguir. Levantei o ignorando e me arrastei até o quarto e me deitei na cama sem me importar em acender as luzes. Queria permanecer na escuridão agora porque sabia que eu pertencia a ela. Mesmo que tentasse negar, mesmo que naquela noite louca houvesse chegado perto da luz, sabia que eram as trevas que eu pertencia. Fechei os olhos e por um momento voltei no tempo.

No momento em que meus lábios roçaram os dela. Um segundo apenas, foi o que eu tive. E bastou apenas para me fazer sentir vivo novamente. Podia lembrar com exatidão o ritmo acelerado do coração dela, a maneira como ela prendeu a respiração e seus olhos foram se fechando em antecipação ao beijo que não chegou a acontecer. E talvez nunca chegasse. Porque cometi o erro de ser egoísta e me esqueci que minha existência era amaldiçoada.

Carregava meus erros nas costas, nomes e mais nomes escritos com sangue. Nomes, pessoas, erros que nunca se apagariam. E nunca teria absolvição pelos meus crimes e meu irmão era o algoz que estava vindo para me fazer pagar todos os débitos.

Suspirei enquanto passava as mãos pelo rosto tentando conter a vontade de gritar. Meu celular vibrou no bolso e atendi mecanicamente e por um segundo a pessoa do outro lado não disse nada. Engoli seco temendo falar algo e ouvir a voz dele do outro lado.

— Alô?

Ah finalmente, eu já ia desligar. Pensei que tinha ligado pro número errado.

— Lexi?!

A primeira e única! — ela riu — Por quê existe outra loira, esbelta e maravilhosa na sua vida que eu não saiba?

— Deus, como é bom ouvir sua voz — confessei sorrindo, sentindo o alívio acalentar agonia que se apossou do meu peito.

Stef, aconteceu alguma coisa?

— Ah Lexi, você nem faz ideia.

Okay, então me conte. Tem a ver com a Elena…

— Antes fosse ela — admiti e escutei ela suspirar do outro lado.

Espera um minutinho — pediu ela. E pude ouvir o som alto de uma provável festa sendo abafada — Pronto! Pode contar tudo.

Respirei fundo antes de conseguir reunir coragem e dizer o que mais temia.

— Ele voltou.

Tem certeza que é ele?

— Sim. Ele atacou de novo hoje a noite. E o pior de tudo e que algo deu errado.

Ele matou alguém?

— Não. Ele não conseguiu porque a garota tinha bebido verbena

Uou… espera, isso quer dizer que

— Eles sabem sobre nós. E ela foi uma isca.

Lexi ficou alguns segundos em silêncio. Sabia que ela estava pensando muito a antes de dizer o que realmente pensava, porque sabia que me magoaria, ou que não aceitaria de jeito algum.

Stefan, você precisa ir embora.

— Lexi…

Stefan é perigoso demais. Se for mesmo uma armadilha você está em perigo.

— Eu sei, mas não posso ir embora.

Por causa dela, não é?

— Não, não é só por Elena. Tem outro motivo. Outro alguém que preciso proteger porque ele ira direto pra ela. Eu sei que ele não vai ser capaz de ferir a Elena…

É a garota da ponte?

— Como sabe disso? — inquiri surpreso tentando me lembrar se já tinha dito algo sobre Caroline.

Um passarinho me contou. Disse que era sua mais nova obsessão

— Zach.

— Ele mesmo! Ele disse que você achava que ela disse seu nome e sabia quem era você. E que por isso você estava perseguindo-a.

Fiquei calado remoendo a palavra obsessão. Caroline não era isso, ela não era um fantasma que perseguia sem ao menos dar-me conta. Ela era mais como uma… supernova. Uma explosão de luz e mistério que o atraiu como uma vespa procurando a luz.

Stef, você ainda está ai?

— Sim, eu estou.

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Quem é ela Stefan?

— Ela se chama Caroline. Eu a salvei de morrer afogada na ponte. Ela acordou e disse meu nome. Eu sei que pode parecer loucura, afinal ela só tem dezesseis anos e nunca tínhamos nós falado nem nada. Mas ela olhou para mim tão assustada, Lexi.

Fechei os olhos e lembrei do medo em seus olhos de safira, do meu nome saindo fraco e rouco de seus lábios antes que ela desfalecesse em meus braços.

— Ela diz que não se lembra de nada… mas de algum modo estranho… Eu posso ver que ela esta mentindo pra mim.

Uau — ela riu — Ela deve ter te impressionado mesmo.

— Lexi! — a censurei, mas não contive o sorriso ao escutá-la e imaginando aquele olhar maroto que com toda certeza ela estaria dando agora — Não é desse jeito — defendi — Ela não é uma obsessão como Zach diz…

Ei, eu nunca achei que ela fosse. Ao contrário da Elena que compartilha mesmo rosto da mulher que destruiu a sua vida e do seu irmão.

— Ela não é como Katherine, Lexi. Se não fosse ela me defender hoje… Provavelmente eu teria sido preso por assustar Vicky Donavan.

Pera aí, quem é Vicky? E eu achando que eram só duas.

— Você é impossível sabia?

Se por impossível você quis dizer incrível? Então você está certíssimo!

— Por acaso eu já disse que você é muito modesta? — ela riu mais uma vez, fazendo-me rir com ela.

Hoje ainda não. Mas chega de falar de mim! Quem é Vicky Donavan e por que está defendendo Elena quando está claramente interessado na Caroline?

Ri mais uma vez maneando a cabeça com o quanto ela me conhecia.

— É uma longa historia Lexi.

Não tem problema, eu tenho a eternidade para ouvir seus problemas e olhar para os meus e me achar à filha da mãe mais sortuda do mundo.

Fechei os olhos respirei fundo contando como minha vida parecia ter virado de cabeça para baixo desde acidente na ponte.